Estação digital: o acesso à informação é fundamental para a construção do conhecimento e para a participação em sociedade

Resumo: A evolução tecnológica é como uma bola de neve, isto é, cresce a cada dia, e a ausência desse conhecimento faz-nos distanciar gradativamente do mundo real. Os pais, alunos e profissionais da área acadêmica e outros profissionais pela educação de nossas crianças, vivem hoje uma grande preocupação: a necessidade de preparo técnico devido à presença marcante da tecnologia em nossas vidas seja nos shopping centers, nos bancos, nas residências e principalmente nas escolas. Imprescindível nos dias atuais o uso da informática no processo ensino-aprendizagem nas escolas e nas comunidades, não se concebe em pleno Século XXI que não possamos formar alunos sem os conhecimentos mínimos sobre as tecnologias da informática.

Palavras-chave: Estação Digital. Acesso a Informação. Construção do Conhecimento.

Abstract: Technological evolution is like a snowball, that is, it grows every day, and the absence of this knowledge causes us to gradually distance ourselves from the real world. Parents, students and professionals in the academic field and other professionals for the education of our children, are today a major concern: the need for technical preparation due to the marked presence of technology in our lives, whether in shopping centers, banks, residences and mainly at Schools. The current use of computer technology in the teaching-learning process in schools and in the communities is not considered in the 21st century, since we can not train students without the minimum knowledge of information technology.

Keywords: Digital Station. Access to information. Knowledge Building.

Resumen: La evolución tecnológica es como una bola de nieve, es decir, crece cada día, y la ausencia de ese conocimiento nos hace distanciar gradualmente del mundo real. Los padres, alumnos y profesionales del área académica y otros profesionales por la educación de nuestros niños, viven hoy una gran preocupación: la necesidad de preparación técnica debido a la presencia marcante de la tecnología en nuestras vidas sea en los centros comerciales, en los bancos, en las residencias y principalmente En las escuelas. Es imprescindible en los días actuales el uso de la informática en el proceso enseñanza-aprendizaje en las escuelas y en las comunidades, no se concibe en pleno Siglo XXI que no podamos formar alumnos sin los conocimientos mínimos sobre las tecnologías de la informática.

Palabras clave: Estación Digital. Acceso a la información. Construcción del conocimiento.

Sumário: 1. Introdução. 2. Desenvolvimento. 2.1. Inclusão digital. 2.2. O uso das tecnologias de informação e comunicação TIC. 3. Conclusão. Referências.

1 INTRODUÇÃO

O acesso à internet e o domínio das habilidades na utilização dos computadores são requisitos indispensáveis para o mundo do trabalho. Promover a inclusão digital é democratizar o acesso às tecnologias de informação e comunicação, principalmente às pessoas com baixa ou nenhuma renda.

Com a consolidação da internet e da informática como uma das principais vias de comunicação mundial, conhecer essas tecnologias deixou de ser opção e tornou-se uma necessidade. Por acreditar que o acesso à informação é fundamental para a construção do conhecimento, para a participação em sociedade e para a ampliação de oportunidades de trabalho.

A evolução tecnológica é como uma bola de neve, isto é, cresce a cada dia, e a ausência desse conhecimento faz-nos distanciar gradativamente do mundo real. Os pais, alunos e profissionais da área acadêmica e outros profissionais pela educação de nossas crianças, vivem hoje uma grande preocupação: a necessidade de preparo técnico devido a presença marcante da tecnologia em nossas vidas seja nos shopping centers, nos bancos, nas residências e principalmente nas escolas.

De que maneira o uso da tecnologia da informática influência o processo ensino-aprendizagem dos alunos da Rede Municipal de ensino da cidade de Bom Jesus?

Bom Jesus é um município brasileiro do Estado do Piauí, sua população estimada em 2013 é de 23.826 habitantes segundo o recente censo do IBGE. A cidade de Bom Jesus tem passado por um período de rápido crescimento populacional e econômico em função da expansão na área agrícola. Na década de 1990, produtores de soja do Rio Grande do Sul começaram a chegar e a cultivar soja no cerrado do Piauí, principalmente em Bom Jesus e Uruçuí. Hoje, aproximadamente 220 mil hectares são cultivados com soja, arroz e algodão nessa região, considerada a última fronteira agrícola do Brasil. Localizada na região do Vale do Rio Gurguéia, a cidade é muito rica em água subterrânea. Os poços jorrantes (a água sai sem precisar de bombeamento) são abundantes.

2 DESENVOLVIMENTO

No ano de 2005 através de um convênio firmado entre a Associação dos Filhos e Amigos de Bom Jesus (AFABJ) e a Fundação Banco do Brasil foi possível adquirir uma Estação Digital para a cidade de Bom Jesus, Estado do Piauí com objetivo de levar o acesso a informática e a internet como umas das principais vias de comunicação mundial para a comunidade e aos alunos da rede municipal de ensino por entendermos que essas tecnologias deixaram de ser opção e tornaram-se uma necessidade. Por acreditar que o acesso à informação é fundamental para a construção do conhecimento, para a participação em sociedade e para a ampliação de oportunidades de trabalho.

Os equipamentos e toda a estrutura, inclusive o treinamento dos monitores e coordenador foram todos custeados pela Fundação Banco do Brasil.

O ensino através da informática tem suas raízes no ensino através das máquinas. Esta ideia foi usada por Dr. Sidney Pressey em 1924 que inventou uma máquina para corrigir testes de múltipla escolha. Isso foi posteriormente elaborado por B.F. Skinner que no início de 1950, como professor de Harvard, propôs uma máquina para ensinar usando o conceito de instrução programada.

O computador pode ser usado também como ferramenta educacional. Segundo esta modalidade o computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo, e, portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador. Estas tarefas podem ser a elaboração de textos, usando os processadores de texto; pesquisa de banco de dados já existentes ou criação de um novo banco de dados; resolução de problemas de diversos domínios do conhecimento e representação desta resolução segundo uma linguagem de programação; controle de processos em tempo real, como objetos que se movem no espaço ou experimentos de um laboratório de física ou química; produção de música; comunicação e uso de rede de computadores; e controle administrativo da classe e dos alunos.

Hoje o computador manipula diferentes formas de informação com a mesma facilidade: som, imagens, textos, gráficos informações numéricas e tornou-se, como os livros, jornais e televisão, um meio de comunicação. O paradigma da multimídia colocou disponível para a área educacional novos ambientes de aprendizagem e novas ferramentas que podem ser usadas tanto por autores profissionais quanto por estudantes.

Vivemos numa época de ênfase na informação, tais como a presença das revistas, telejornais e internet, onde é preciso estarmos sempre informados. Mas é importante lembrar que informação não é conhecimento. O conhecimento envolve o estabelecimento de relações entre informações isoladas. Se pensarmos neste sentido, muito do que é chamado do conhecimento escolar é apenas informação, desconectada: conceitos vazios, para serem memorizados e esquecidos.

Mas devemos simplesmente nos esquecer dos computadores na educação em pleno século vinte e um? Não, acreditamos que devemos sim participar deste avanço tecnológico com a sociedade em geral e também em estar utilizando essas tecnologias com as crianças. É claro que a utilização deste equipamento (computador) não deve, em hipótese alguma, ser utilizado como um fim em si mesmo, mas sim como uma ferramenta auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, despertando desta maneira algum tipo de interesse maior na questão do conhecimento.

Aquisição de conhecimento: com a leitura, ampliamos nosso conhecimento sobre assuntos específicos e gerais. Estímulo à brincadeira: a leitura ajuda-nos a relaxar, levando-nos ao mundo do faz-de-conta, onde podemos projetar nossas emoções sem nenhum risco. Estímulo à criatividade: a leitura mexe com a nossa imaginação, estimulando-nos a desenvolver prazerosamente nosso potencial criativo. Desenvolvimento da capacidade de argumentar: a leitura estimula-nos a desenvolver argumentos consistentes e bem fundamentados. Ampliação do vocabulário: com a leitura, conhecemos novas palavras e aprendemos a usá-las em seus diferentes e ricos sentidos. Incentivo à reflexão e à formação de opinião: a leitura nos incentiva a pensar, a refletir, a formar uma opinião, a pôr em xeque nossas convicções e a chegar a uma conclusão. Ampliação do campo de visão: a leitura nos permite “ver” um assunto sob outras perspectivas, o que estimula nossa capacidade de aceitar o novo e o diferente. Confrontação de pontos de vista: a leitura nos leva a uma conversa com o autor, o que nos permite reforçar, esclarecer ou mudar nossos pontos de vista. Utilização dos recursos da linguagem: a leitura nos permite aprender, com os bons autores, a utilizar, inventivamente, os recursos oferecidos pela linguagem. Correção gramatical: com a leitura, aprendemos a escrever bem, de forma correta, pela observação, ou seja, naturalmente, sem esforço. Estímulo ao pensamento abstrato: a leitura nos permite perceber a realidade pelo ângulo da fantasia, o que amplia nossa capacidade de pensar sobre o abstrato. Estímulo à imaginação: quando lemos, vemos apenas palavras, mas logo formamos cenas na nossa tela mental, o que é muito estimulante para a imaginação.

A inclusão digital, para acontecer, precisa de três instrumentos básicos, que são: dispositivo para conexão, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas, pois não basta apenas o cidadão possuir um simples computador conectado à internet para que ele seja considerado um incluído digital. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas.

2. 1 INCLUSÃO DIGITAL

Inclusão Digital pode ser considerada como democratização das tecnologias. Esse assunto tem sido muito repercutido no Brasil pelas dificuldades encontradas para a implantação.

Incluir uma pessoa digitalmente não apenas “alfabetizá-la” em informática, mas sim fazer com que o conhecimento adquirido por ela sobre a informática seja útil para melhorar seu quadro social. Somente colocar um computador na mão das pessoas ou vendê-lo a um preço menor não é, definitivamente, inclusão digital.

Inclusão digital consiste em disponibilizar para todos os cidadãos, de modo igualitário, a oportunidade de ter acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC’s). Em outras palavras, a inclusão digital representa a democratização da tecnologia.

A inclusão digital serve para garantir que todas as pessoas, independente de classe social, etnia, religião ou poder econômico, tenham condições de usufruir as potencialidades das ferramentas tecnológicas de comunicação e informação. Quando exploradas corretamente, estas podem ajudar a melhorar as condições de vida desses indivíduos.

Para que haja a inclusão digital são necessários três requisitos básicos: um computador, acesso à internet e, principalmente, o domínio sobre as ferramentas da internet. Por este motivo, os programas de inclusão digital dos governos, por exemplo, devem visar essencialmente a formação e “alfabetização informática” das pessoas, para que sejam aptas a extrair os benefícios do universo digital.

Os programas de inclusão digital dão destaque aos âmbitos escolares, auxiliando crianças e jovens a aprenderem a usar a tecnologia em prol do seu desenvolvimento.

Analisando o crescimento da informatização dos serviços oferecidos à sociedade atual, cada vez mais se busca a necessidade da inclusão digital dos cidadãos nesse modo de vida. Ao acontecer o uso destes recursos tecnológicos, eles devem ser apropriados de meios onde a tecnologia da informação e comunicação (TIC) se direcione para fazer valer a inclusão dos indivíduos.

As Estações Digitais são equipadas com 10 a 12 microcomputadores, equipamentos de digitalização e impressão. Nelas são oferecidos cursos básicos de Informática e horários livres para pesquisa, cursos online e entretenimento social. Contribuindo para oportunizar cidadãos mais preparados para o mercado de trabalho. Com isso, visa propiciar condições de constante atualização de conhecimentos, incentivar a erradicação a exclusão social, promovendo a inclusão digital.

Em um cenário globalizado, as tecnologias da informação ganham cada vez mais prestígio e sua utilização está presente em vários segmentos sociais, integrando inclusive programas educacionais. Com o notável advento e modernização dos meios de comunicação, a tendência é uma progressiva inclusão digital, iniciada nos países desenvolvidos, e que está se disseminando para os países emergentes e subdesenvolvidos gradualmente. A inclusão digital é uma das metas a serem alcançadas no cenário brasileiro atualmente, e que possui um papel imprescindível no desenvolvimento da nação.

No aspecto de acesso às tecnologias e à internet, o Brasil apresenta um cenário heterogêneo, com regiões onde o índice de inclusão é extremamente elevado, contrastando com a deplorável situação de cidades que não apresentam sequer saneamento básico e fornecimento de energia elétrica. Nesse contexto, a inclusão digital de forma coesa no país é dificultada, sobretudo, pela falta de investimento em programas que solidifiquem a base da sociedade. Sem uma base sólida, como saúde e educação bem estruturadas, a implementação de novas tecnologias, que demandam maior nível de investimento, ficam mais defasadas. Apesar de todos os aspectos supracitados, a nação está em 72º no ranking global de taxa de acesso às tecnologias da informação, segundo o índice Integrado de Telefonia, Internet e Celular. Esse fato corrobora o fato de que há acesso às tecnologias da informação e à inclusão social, mesmo não sendo uma posição desejável para países de potencial econômico como o Brasil. Com o aumento da integração das tecnologias, as projeções futuras apontam para uma crescente digitalização da sociedade, que acarreta diretamente a integração digital da população.

Há várias vantagens em se concentrar o trabalho de Inclusão Digital na escola, evitando que quem conclua a sua escolaridade básica seja ainda considerado digitalmente excluído. Eis duas das principais:

1) A maior parte das escolas hoje já fornece a seus alunos acesso à tecnologia digital, pois possui computadores, softwares e acesso à Internet – o primeiro componente da Inclusão Digital estando, portanto, atendido nelas (embora o tempo de acesso à tecnologia pelos alunos seja terrivelmente restringido pela razão número de alunos / número de máquinas disponíveis, que precisa claramente ser melhorada – isto é, diminuída).

2) Para crianças e adolescentes nem é preciso dar muita ênfase ao segundo componente da Inclusão Digital, a capacitação no manejo técnico da tecnologia, pois eles têm notória facilidade para aprender a manejar a tecnologia sem necessidade de ensino formal, sendo, portanto, possível concentrar a atenção no terceiro componente, muito mais importante.

Assim sendo, a escola pode concentrar seu esforço naquilo que realmente importa na Inclusão Digital, a saber: capacitar seus alunos para integrar a tecnologia na sua vida e nos seus afazeres, desenvolvendo, com a ajuda da tecnologia, as competências necessárias para melhorar a qualidade de sua vida. (Registre-se que o uso da tecnologia para melhorar a “empregabilidade” dos alunos é apenas uma das muitas maneiras em que a tecnologia pode ajuda-los a melhorar a qualidade de sua vida).

Mas essa já é, na verdade, a função da escola! Nela (corretamente entendida) o principal afazer do aluno é se desenvolver como ser humano, aprendendo a traduzir seus potenciais em competências que lhe permitam definir seu projeto de vida e transformá-lo em realidade. Enfim, na escola o principal afazer do aluno é aprender o que é necessário aprender para que ele “dê certo na vida”, isto é, seja capaz de viver a vida que escolher para si mesmo.

Nesse sentido, vale notar que o vocabulário do mundo dos computadores, dos vídeos, foram se expandindo de maneira que ouvimos com a maior naturalidade hoje, palavras como “logar”, “chat”, “navegar na internet”, “website”, dentre tantas outras que fomos incorporando ao vocabulário.

Assim, inclusão digital pressupõe a possibilidade de produção e difusão do conhecimento e o acesso às ferramentas digitais, tal qual qualquer outro cidadão que possui direitos, ou seja, ela visa a democratização da tecnologia.

O Brasil aparece na 18º posição de um ranking de 75 países que identifica as condições de acesso à internet. O levantamento foi realizado pela The Economist Inteligence Unit em parceria com o Facebook e teve como base diversas fontes, entre elas, informações da União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês) e entrevistas com especialistas no tema realizadas durante o ano de 2016.

O Brasil está entre os dez países do mundo com maior número de população desconectada. Cerca de 70 milhões de brasileiros estão sem acesso à internet. Os países com melhor colocação são Cingapura, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul. O índice em que o Brasil se sai melhor é aquele que considera o custo, onde são analisados preços de serviços e equipamentos, neste quesito, o país teve nota 92,3.

Já quando o tema é disponibilidade, o Brasil aparece com nota 65,8, em termos de ambiente econômico favorável a nota do Brasil é 70,9. No atributo relevância, que considera a presença de conteúdo local para equipamentos, a nota do Brasil foi de 84,3. A pesquisa também mapeou o perfil dos usuários de internet e constatou que no Brasil os homens têm mais acesso à internet do que as mulheres. A recomendação para que o Brasil melhore seu posicionamento é a ampliação e o investimentos em banda larga e a necessidade de melhorias em infraestrutura.

Ainda segundo o estudo, quatro bilhões de pessoas possuem acesso à internet no mundo. O percentual de pessoas sem conexão varia. Na Europa, o índice é de 20% da população enquanto na África o índice chega a 75%. De acordo com os analistas responsáveis pelo estudo, altos níveis de desenvolvimento econômico e social permitem melhor acesso à rede. “Não só infraestrutura, mas conteúdo relevante que favorece o desenvolvimento das habilidades digitais”, diz os analistas.

À medida que as estatísticas crescem sobre a quantidade de pessoas que estão tendo acesso a um computador no país, cada dia nasce uma nova iniciativa governamental tentando promover a inclusividade. Contudo eles são insuficientes diante da dimensão socioeconômica que o Brasil está inserido.

Quanto mais computadores são colocados nas escolas, mais saltam e ficam evidentes as disparidades regionais em torno do acesso às tecnologias de informação e comunicação. Existe uma desigualdade evidente entre os estados da região sudeste e nordeste, no plano da cultura e inclusão digital que nada mais são que reflexos da desigualdade social e regional que o país continua mantendo.

Falta disposição política para criar cidades inteligentes no Brasil. Depender de políticas públicas do Estado e do Governo Federal significa ter um avanço muito lento. Significa que cidades inteligentes só vão acontecer quando o gestor estiver ligado à evolução. Não se consegue viver bem hoje sem acesso à tecnologia.

A inclusão digital tem papel importantíssimo no desenvolvimento econômico do Brasil e na melhoria das condições de vida da população. Com a revolução da internet, qualquer um que não souber trabalhar com tecnologia poderá ser facilmente prejudicado. É preocupante saber que o governo comemora que a quantidade de internautas no Brasil seja maior que a população de países como Itália e França, quando o necessário é comparar os números e perguntar qual o índice de acesso a sistemas digitais lá, em países de primeiro mundo.

Exclusão social é consequência de exclusão digital, porque quem não tem oportunidade de sequer ter contato com tecnologia, não poderá competir com quem vive com isso diariamente. Para combater a desigualdade, seja regional ou social, é preciso inclusão. Também se tem ciência de que o avanço socioeconômico do país só se concretizará quando obtiver-se igualdade.

O Brasil é um dos dez países do mundo com maior número de pessoas desconectadas, de acordo com um novo estudo encomendado pela Internet.org – iniciativa do Facebook para levar conexão de internet a populações de baixa renda e áreas isoladas – à unidade de inteligência da revista britânica The Economist. No total, 70,5 milhões de brasileiros estão “offline”, isto é, não possuem acesso à internet, seja por meio de banda larga fixa ou móvel.

A pesquisa se baseia em dados de diversas fontes, como a União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês) e entrevistas com especialistas no tema.

No décimo lugar do ranking, o Brasil está em melhor posição do que países muito populosos que aparecem no topo do ranking de desconectados, como Índia e China. Essas nações têm 864,7 milhões e 660,9 milhões de pessoas sem conexão de internet, respectivamente. Outros países com maior população offline do que o Brasil inclui Indonésia, Paquistão, Nigéria e México.

De acordo com o estudo, 4 bilhões de pessoas – mais da metade da população global – não tem nenhuma forma de acesso à internet. A porcentagem de pessoas offline, porém, varia bastante conforme o continente: enquanto em países da Europa, só 20% das pessoas estão desconectadas, 75% das pessoas que vivem na África não tem qualquer acesso à web.

O estudo também avaliou os países segundo as condições que eles oferecem para que as pessoas usem a internet e percebam seus benefícios. Os analistas avaliaram parâmetros como disponibilidade e qualidade de conexão, preço e ambiente competitivo, políticas para internet e educação dos usuários em relação à web, além da relevância do conteúdo local. Com base nessa análise, eles criaram o ranking de internet inclusiva, que considerou 75 países em todo o mundo.

Na liderança do ranking, Suécia e Cingapura apareceram com o melhor desempenho, empatados em primeiro lugar. Os Estados Unidos ficaram com o terceiro lugar, seguidos por Reino Unido e Japão. “Claramente, altos níveis de desenvolvimento econômico e social permitem o acesso a infraestrutura de rede de alta qualidade, serviços de internet com preços acessíveis, conteúdo relevante, além de favorecer o desenvolvimento das habilidades digitais”, afirmam os responsáveis pelo estudo, no relatório.

O Brasil aparece em 18º lugar no ranking de internet inclusiva, atrás de nações como Rússia, Espanha, Canadá, Coreia do Sul, entre outros. O País é citado diversas vezes no relatório de 40 páginas.

Entre os fatores positivos citados está a abundância de conteúdo em português o que estimula as pessoas a usarem a internet. Outro ponto de destaque é a competição entre as operadoras de telecomunicações no mercado. A tendência é que a disputa faça o preço da conexão de internet cair e a qualidade melhorar ao longo do tempo.

A pontuação do Brasil é baixa, porém, em relação ao nível de educação sobre internet.

2.2 O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)

A UNESCO acredita que as TIC podem contribuir com o acesso universal da educação, a equidade na educação, a qualidade de ensino e aprendizagem, o desenvolvimento profissional de professores, bem como melhorar a gestão, a governança e a administração educacional ao fornecer a mistura certa e organizada de políticas, tecnologias e capacidades. A UNESCO aborda as TIC para a educação de forma abrangente por meio de uma plataforma intersetorial própria, focada no trabalho conjunto dos setores de Comunicação e informação, Educação, e Ciências, onde as questões sobre acesso, inclusão, equidade e qualidade na educação são tratadas.

O Brasil precisa melhorar a competência dos professores em utilizar as tecnologias de comunicação e informação na educação. A forma como o sistema educacional incorpora as TIC afeta diretamente a diminuição da exclusão digital existente no país.

Vários pontos devem ser levados em conta quando se procura responder a questões como: Como as TIC podem ser utilizadas para acelerar o desenvolvimento em direção à meta de “educação para todos e ao longo da vida”? Como elas podem propiciar melhor equilíbrio entre ampla cobertura e excelência na educação? Como ela podem contribuir para reconciliar universalidade e especificidade local do conhecimento? Como pode a educação preparar os indivíduos e a sociedade de forma a que eles dominem as tecnologias que permeiam crescentemente todos os setores da vida e possam tirar proveito delas?

Primeiro, as TICs são apenas uma parte de um contínuo desenvolvimento de tecnologias, a começar pelo giz e os livros, todos podendo apoiar e enriquecer a aprendizagem.

Segundo, as TIC, como qualquer ferramenta, devem ser usadas e adaptadas para servir a fins educacionais.

Terceiro, várias questões éticas e legais, como as vinculadas à propriedade do conhecimento, ao crescente tratamento da educação como uma mercadoria, à globalização da educação face à diversidade cultural, interferem no amplo uso das TIC na educação.

3 CONCLUSÃO

A implantação de Estações Digitais propicia à inclusão digital dando acesso as tecnologias da informática as comunidades e aos alunos por acreditar que o acesso à informação é fundamental para a construção do conhecimento, para a participação em sociedade e para a ampliação de oportunidades de trabalho.

O Poder Público, as associações e demais entidades elaborando um projeto e demonstrando a necessidade podem ser contempladas com Estações Digitais para a comunidade.

O objetivo da Fundação Banco do Brasil é implantar essas estações nas comunidades que não têm acesso a essas tecnologias em parceria com entidades locais.

Uma única Estação Digital não atende as demandas e as necessidades de toda a comunidade bonjesuense.

A ampliação da carga horária, a contratação e o treinamento de mais monitores e coordenadores possibilitaria que mais alunos tivessem acesso a Estação Digital. A implantação destas Estações Digitais em comunidades sem acesso a essas tecnologias é de fundamental importância para que se tenha acesso à informática e a internet.

Em Bom Jesus diversas escolas municipais e comunidades da zona rural não dispõem de um único computador, se faz necessário que as associações e entidades elaborem projetos e enviem para a Fundação Banco do Brasil para que sejam contempladas com Estações Digitais que poderão ser implantadas nas escolas rurais e em algumas escolas da zona urbana que não possuam computadores e rede de internet.

As estações digitais buscam contribuir para a inclusão digital das comunidades atendidas por meio do acesso às tecnologias de informação e de comunicação, observando-se as dimensões sociais, econômica e ambiental. E, a partir disso, propiciar formação e qualificação profissional, permitir acesso aos serviços públicos, incentivar o uso de softwares livres e fortalecer as redes comunitárias de inclusão digital.

Imprescindível nos dias atuais o uso da informática no processo ensino-aprendizagem nas escolas e nas comunidades, não se concebe em pleno Século XXI que não possamos formar alunos sem os conhecimentos mínimos sobre as tecnologias da informática.

As parcerias que envolvam o governo, instituições privadas, escolas e universidades são de suma importância para desenvolver ou estimular ações de inclusão digital desde disponibilizar computadores, acesso à internet, reduzir custos, ampliar a oferta de cursos na área e melhoria ou adaptação de infraestrutura.

 

Referências
CHAVES, Eduardo O. C.; SETZER, Valdemar. O uso de computadores em escolas: fundamentos e críticas. São Paulo: Scipione, 1988.
DEMO, Pedro. Questões para teleducação. Petrópolis: Vozes, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
LASMAR, Tereza Jorge. Usos educacionais da Internet: A contribuição das redes eletrônicas para o desenvolvimento de programas educacionais. Brasília, Faculdade de Educação, 1995. Dissertação de mestrado.         [ Links ]
LEITE, Lígia Silva; SAMPAIO, Marisa Narciso. Alfabetização tecnológica do professor. Rio de Janeiro: Vozes 2000.
LEITE, Lígia Silva (Coord.). Tecnologia educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1998.
MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 2000.
ROCHA, A. R. C. & SANTOS, N. A Formação de Recursos Humanos em Informática na Educação. ANAIS II Encontro da Informática com a Educação, outrubro/1993. Faculdade Carioca, Rio de Janeiro, março/1994.
http://www.fbb.org.br/estacaodigital/action/publico/sobreOPrograma.fbb
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia/2017/03/01/interna_tecnologia,577294/brasil-tem-mais-de-70-milhoes-de-pessoas-fora-da-internet.shtml
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-and-information/access-to-knowledge/ict-in-education/

 


 

Informações Sobre o Autor

 

Benigno Nuñez Novo

 

graduado em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba 1999 especialista em educação: Área de Concentração: Ensino – Faculdade Piauiense 2005 mestre em Ciências da Educação – Universidad Autónoma de Asunción 2009 e doutor em Direito Internacional – Universidad Autónoma de Asunción 2011

 


 

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