Bush x Ali Baba

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O Congresso Americano deu a George
Bush, filho do outro sem “W”, quarenta bilhões de dólares para retribuir a
satânica destruição do “World Trade
Center”. O povo americano exige o “talião”. Olho por
olho, dente por dente. O Presidente, movido por santa indignação, justificável
até, prepara navios, aviões, bombas e mísseis, dirigindo as baterias a alguma
escura caverna que abriga “Ali-Baba”, mais conhecido por Osama
Bin Laden. Lembro-me, a
propósito, de um guerrilheiro terrorista caído em desgraça nos conflitos com
Israel. O “Mossad” localizou o bruto num buraco
qualquer cavado no meio do deserto, esperou que ele fizesse uma ligação pelo
celular e mandou uma seta de fogo dirigida exatamente à abertura daquela senda
aberta na areia. Bem em cima do motorola. O problema
é que o guerrilheiro tinha o celular no ouvido. Não houve nem enterro.

Bush deve estar querendo fazer o mesmo.
Quarenta bilhões de dólares são suficientes para explodir o
“Ali-Baba”, com barba e tudo. O saudita tenebroso fez como se faz na
escola: traça-se uma linha no chão e os meninos ficam de um lado e de outro.
Aí, um diz: não cospe do meu lado. O outro cospe. Rolam os dois no terreiro.

É mais ou menos assim, só que a cuspida do chefe geral do
terrorismo vinha envenenada. Esfacelou dois símbolos da nação americana,
destruiu quatro aviões e matou cinco mil pessoas, além de abrir infernal
clareira no coração de Nova York. Doeu muito a cusparada. Agora, o americano
aspira fundo e vai devolver, mas não se sabe da certeza do cuspe também
virulento. Acerta o “Ali-Baba” recolhido na moringa
secreta ou mata milhares de civis, suas cabras, suas galinhas, suas crianças
enfim? Alguém acredita que o Afeganistão há de entregar o saudita maluco,
envolvendo-o na bandeira nacional como se fosse o sudário de satã? Isso não é
briga do arcanjo São Gabriel com Mefistófeles. Aqui, nenhum dos dois vai ter
razão. O primeiro, fundamentalista, fez ou não fez. Se não fez, é como se
tivesse feito essa maldade ou outra qualquer. Paga de qualquer jeito. O outro
carrega nas costas a raiva, o pavor e a indignação de um império. Vai trucidar
inocentes, com certeza. Não tem a precisão judaica. Israel mandou um só míssil
contra o ouvido do terrorista. A América do Norte tem quarenta bilhões de
dólares para acertar a aurícula de Bin Ladem. Esquerda ou direita, pouco importa, mas com quarenta
bilhões para gastar não se precisa ter muita paciência nem fazer economia.
Dentro disso tudo, a tragédia é monstruosa. Os dois guris cospem e jogam
bolinhas de gude de lá pra cá. O preço do conflito é
pago pelo universo.

 


 

Informações Sobre o Autor

 

Paulo Sérgio Leite Fernandes

 

Advogado criminalista em São Paulo e presidente, no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas do Advogado.

 


 

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