World Trade Center e Pentágono. Um, o coração do poder econômico, o
outro, o coração do poder de defesa estratégica e militar norte-americana. Os
Estados Unidos sofreram um golpe profundo em suas instituições. Entretanto,
seria errado pensar que somente os Estados Unidos sofreram um golpe. Além dos
americanos, o mundo sofreu com a brutalidade dos criminosos atentados
terroristas monstruosos deste 11 de setembro. Além de
coração financeiro norte-americano, o complexo do WTC, é o centro financeiro
mundial. As duas torres de 110 andares, onde trabalhavam 50.000 pessoas de 28
nacionalidades diversas foi o triste palco de um assassinato em massa.
Se os ataques foram
uma declaração de guerra, esta não se resume somente aos Estados Unidos,
mas a todo mundo. Os principais líderes mundiais condenaram veementemente as
brutais agressões ocorridas nas duas principais cidades dos Estados Unidos.
Jacques Chirac, presidente francês, classificou os atentados com um ato
monstruoso, Vladimir Putin, presidente de outra
potência de força atômica, a Rússia, afirmou que os atos bárbaros não podem
ficar sem castigo e Gehard Schöreder,
chanceler alemão, afirmou que estes atentados criminosos são
uma declaração de guerra contra a comunidade internacional.
Mas quem poderia ser o mentor destes
atos hediondos contra os americanos e contra a humanidade em extensão?
Analisemos os fatos: atentados deste porte somente poderiam ser orquestrados
por um grupo grande e organizado, com muito dinheiro e com membros dispostos a
dar sua vida por uma suposta causa. Ora, estas não são características das
milícias norte-americanas, ao contrário, tudo indica uma outra conclusão, ou
seja, o da organização realizada por grupo ligado ao mundo muçulmano. Dentro
desta linha de raciocínio, não há dúvidas quanto ao principal suspeito: o
terrorista Osama bin Laden, abrigado no Afeganistão e inimigo número um dos
Estados Unidos.
Os Estados Unidos estiveram sob ataque
como nunca se havia presenciado. Contudo, é equivocado classificar o sistema
americano de defesa como falho. Ora, qualquer nação aberta, democrática e
baseada em princípios de liberdade, que tem os EUA como sua principal
expressão, está sujeita a este tipo de ataque. Não existe sistema de defesa que
possa impedir um terrorista kamikaze fundamentalista tomar o manche de um avião
e joga-lo em um alvo pré-determinado. Temos que
concordar que é possível prevenir, mas uma prevenção deste tipo nunca chegará a
ser 100% segura. De outro lado, os tristes fatos ocorridos nos EUA corroboram a
tese do governo americano republicano de construir um escudo
antimísseis, pois se não é possível erradicar de forma completa com a
possibilidade de atentados, devemos ao menos diminuir a possibilidade de os
mesmos acontecerem. Já sabemos que a ousadia faz parte da cartilha inimiga.
O seqüestro de quatro aviões que
viajavam da costa leste para a oeste, cheios de
combustível, em início de vôo (o que potencializou as explosões) que resultou
no desabamento das torres do WTC e de um prédio vizinho de quarenta e sete
andares, além da colisão criminosa de outro avião contra o Pentágono, não pode
ficar sem resposta, como afirmou o presidente russo Vladimir Putin. Posiciono-me com a minoria dos articulistas que
acredita no potencial do presidente Bush e sua equipe desde as eleições. Pessoas
preparadas, como Condolezza Rice,
Donald Rumsfeld, Dick Cheney e Collin Powell formam o centro nervoso de toda a operação que já se
encontra em curso.
Não tenho dúvidas de que os culpados receberão a resposta
firme merecida.
De todas as análises que escutei, não ouvi nada mais estúpido do
que comentários no sentido que os Estados Unidos mereciam este ataque em função
de sua arrogância. Ora, os Estados Unidos são livres, como qualquer nação, para
tomar as atitudes que achar melhor para seu povo e nem os mais enfadonhos
sentimentos antiamericanos justificam o cometimento
de crimes contra humanidade de característica anticivilizatória
como os do dia 11 de setembro. Não me abstenho de criticar os EUA quando
necessário, mas não tenho vergonha alguma de apoiar os americanos quando é
prudente e sensato. Por fim, não são somente os EUA que necessitam de apoio,
somos todos nós. O mundo deve vencer o terrorismo.
advogado, sócio da Governale – Políticas Públicas e Relações Institucionais (www.governale.com.br). Habilitado em Direito Mercantil pela Unisinos. Professor de Direito Constitucional e Internacional do UniCEUB – Centro Universitário de Brasília. PIL pela Harvard Law School. MBA em Direito Econômico pela Fundação Getúlio Vargas. Especialista em Direito Internacional pela UFRGS. Mestrando em Relações Internacionais pela UnB.
Vice-Presidente do Conil-Conselho Nacional dos Institutos Liberais pelo Distrito Federal. Sócio do IEE – Instituto de Estudos Empresariais. É editor do site Parlata (www.parlata.com.br) articulista semanal do site www.diegocasagrande.com.br e www.direito.com.br. Tem artigos e entrevistas publicadas em diversos sites nacionais e estrangeiros (www.urgente24.tv) e jornais brasileiros como Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Zero Hora, Jornal de Brasília, Correio Braziliense, O Estado do Maranhão, Diário Catarinense, Gazeta do Paraná, O Tempo (MG), Hoje em Dia, Jornal do Tocantins, Correio da Paraíba e A Gazeta do Acre. É autor do livro “A Recuperação da Empresa: Regimes Jurídicos brasileiro e norte-americano”, Ed. Síntese – IOB Thomson (www.sintese.com).
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