Para que o cidadão mude sua concepção de confiabilidade quanto aos órgãos públicos, é necessária a adoção de uma nova abordagem por parte das empresas
*Por Eduardo Nistal
Nos últimos anos, o brasileiro acostumou-se a observar instituições públicas com certo receio e desconfiança, considerando o cenário político desfavorável em termos de proximidade e identificação relacional. No entanto, recuperar a confiança do cidadão não é uma missão que deve ser encarada somente sob o punho administrativo de governos e prefeituras; as empresas podem e devem compartilhar desse protagonismo em prol de mais transparência e acesso à informação.
Logo, se usuários e consumidores estão cada vez mais exigentes quanto à utilização de suas informações pessoais pelas marcas, é impossível desconectar essa mudança de mentalidade aos órgãos públicos. E assim como companhias privadas, as autoridades deparam-se com a urgência de corresponder aos anseios da população, que se encontra gradualmente conectada às redes e meios digitais.
Para ilustrar a expectativa dos brasileiros nesse contexto, em um levantamento recente realizado pela Pesquisa Percepção Pública da C&T no Brasil, identificou-se que cerca de 73% da população repousa esperanças nas possibilidades oferecidas pela ciência e tecnologia. O espaço para o aprimoramento geral nunca foi tão propício, e para demonstrar a importância do tema, preparei um artigo completo sobre o assunto. Acompanhe!
Informação é objeto de valor imensurável
Subestimar o acesso democrático à informação é um erro que impossibilita qualquer incentivo à confiabilidade pública. Quando paramos para analisar o quadro, nos deparamos com uma evolução limitada à lentidão de passos incompatíveis com os dias atuais. No ano passado, ao menos 256 órgãos federais descumpriram as exigências impostas pela Lei de Acesso à Informação, segundo dados da Controladoria-Geral da União.
Afinal, para que se espere transparência e segurança informacional, é necessário partir do ponto de partida de que as informações serão disponibilizadas a todos, de forma fluída e simplificada. Os desafios são variados, claro, a quantidade exorbitante de dados dificulta o atendimento efetivo de demandas e serviços prestados, assim como prestações de contas. Mais uma vez, a tecnologia entra no jogo como uma aliada valiosa.
Soluções inovadoras: uma realidade obrigatória
A Transformação Digital revolucionou a forma como enxergamos preceitos de comunicação, isso é fato unânime. Empresas de diversos segmentos têm como combustível para gestões eficientes o uso de ferramentas e softwares simplificadores e essa ideia sistêmica precisa disseminar-se entre os órgãos públicos. Os efeitos práticos para unidades provedoras de informações são variados e capazes de atender esferas Municipais, Estaduais e Federais, por exemplo, a integração e padronização de processos em uma só plataforma digital. Além de reduzir custos e potencializar a produtividade como um todo, fomenta uma política de dados em harmonia com as expectativas nacionais.
Nesse sentido, todos os setores operacionais que envolvem a gestão terão impacto positivo dessa implementação inovadora. Com a automatização vigente, os servidores públicos serão direcionados para atividades mais complexas, que necessitam de uma atenção subjetiva e estratégica. As vantagens são igualmente perceptíveis entre as partes.
O êxito do Business Intelligence
Entre as alternativas tecnológicas encontradas no mercado, projetos baseados em Business Intelligence (BI) destacam-se como meios assertivos de estruturação de dados e visualização facilitada de relatórios e estudos projecionais. Erradicar a dificuldade de se lidar com o armazenamento, repasse e concessão de informações numerosas e diversificadas é imprescindível quanto à ingressão em um futuro seguro e transparente.
Outro fator preponderante é a integração proporcionada por uma cultura interna orientada por dados, com a aplicação do BI. O aumento de recursos colaborativos e de comunicação não só representarão um novo estigma público para o cidadão comum, como reduzirão exponencialmente os custos de infraestrutura, trazendo mais autonomia e flexibilidade ao ambiente de TI. Isso se reflete ao usuário, que terá dados acessíveis e objetivos à disposição, podendo, cada vez mais, promover a transparência.
Assim, as iniciativas digitais têm conquistado cada vez mais espaço no setor público, demonstrando que é possível equilibrar agilidade do emissor da informação e conforto para o receptor, que é o maior interessado. Tendo em mente que o exercício de um órgão público é extremamente complicado, torna-se evidente a contribuição de uma gestão dinâmica e modernizada.
No sentido de confiança e relação com a população, o BI atua no monitoramento e assimilação da percepção individual e coletiva. Os resultados são observados no âmbito interno e externo, sustentando um novo panorama comunicacional entre instituição e população.
Em resumo, a tecnologia chegou para modificar a forma como enxergamos o mundo à nossa volta, e a parceria entre empresas privadas e órgãos públicos representam uma das tendências mais favoráveis à sociedade e sua relação com as autoridades.
* Eduardo Nistal é CEO do Grupo Toccato, excelência em estratégia de dados, com mais de 19 anos de experiência executiva na estruturação, liderança e inovação das áreas Comerciais, Marketing, Canais, Parcerias, Modelos de Negócio e Desenvolvimento de Produtos.
Sobre o Grupo Toccato
O Grupo Toccato é referência em Analytics e soluções para transformação digital, posicionando-se no mercado de tecnologia como Excelência em Estratégia de Dados. Fundado em 2006, é um parceiro importante de seus clientes, acompanhando-os e orientando-os em cada fase da jornada de dados, desde a coleta e tratamento até a análise, implementando com eficiência soluções de dados de ponta a ponta para tomadas de decisão mais assertivas. Detentor das empresas Toccato, AnalisaBR e Toccato Serviços Compartilhados, o Grupo foi premiado quatro vezes como Master Reseller do Ano, prêmio mundial concedido pela Qlik. Além da sede em Florianópolis, possui filiais nas principais capitais do país.
Como reverter um indeferimento do INSS? Para reverter um indeferimento do INSS, o segurado pode…
O auxílio-doença é um benefício pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a trabalhadores…
A cirurgia bariátrica é um procedimento indicado para pessoas com obesidade grave que não obtiveram…
A recusa da seguradora em pagar a indenização prevista em contrato pode trazer uma série…
Entrar com uma ação judicial contra uma seguradora pode ser um processo necessário quando há…
Quando uma seguradora se nega a pagar a indenização que o segurado acredita ter direito,…