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Combinação de altas do IOF, Selic e da inflação encarece crédito, trava economia e finanças de empresas

Mercado corre em busca de saídas. Fintech ROIT BANK, por exemplo, cria linha de antecipação de recebíveis com R$ 100 milhões à disposição de fornecedores.

Setembro termina com uma combinação de fatores que tornam ainda mais caro o acesso ao crédito – ferramenta fundamental para a retomada de investimentos e o crescimento econômico. Primeiro, foi o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em seguida, a elevação da taxa básica de juros da economia (a Selic). Por fim, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) chegando aos dois dígitos.

O alerta parte de entidades de classe, de economistas e analistas de mercado de diversas correntes e de empresários das mais variadas atividades econômicas. O consultor tributarista Lucas Ribeiro, fundador e CEO do ROIT BANK, afirma que a combinação dessas altas ocorre justamente em um momento que, passada a fase mais aguda da pandemia de Covid-19, o setor produtivo esperava recuperar fôlego. Movimento que, agora, fica comprometido.

O IOF subiu, desde 20 de setembro, de 1,5% para 2,4%, para operações de crédito feitas por pessoas jurídicas, e de 3% para 4,08%, para pessoas físicas. A Selic foi reajustada em um ponto percentual – de 5,25% ao ano, para 6,25%, também a partir de setembro. É uma taxa três vezes superior à do início de 2021. Já o IPCA-15, divulgado na sexta-feira, dia 24, ficou em 10,05% no acumulado em 12 meses. Só em setembro, o índice foi de 1,14%, o maior para o mês, desde o Plano Real, há 27 anos.

“Com essa combinação temos, de um lado, uma retração do consumo, já que o encarecimento dos produtos e do crédito para pessoa física afugentam os consumidores, impactando o setor produtivo. De outro lado, temos as empresas, com fluxo de caixa comprometido e que encontrariam no crédito uma saída para a viabilidade financeira e investimentos”, explica Ribeiro. “Tudo isso, sem dúvida, trava o processo de recuperação da economia.”

Para o executivo do setor de finanças, mais do que apontar os efeitos colaterais e lamentar, o momento pede ação. Neste sentido, por meio de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios – modalidade conhecida pela sigla FIDC e que pela legislação é isenta de IOF –, o ROIT BANK decidiu por aportar R$ 100 milhões no mercado, para crédito a fornecedores. “Essa modalidade já era e continua sem incidência de IOF. Assim, não há o custo desse imposto nas operações de empréstimo”, assinala Ribeiro.

O montante é oferecido pelo ROIT BANK como antecipação de recebíveis. A linha especial é voltada aos fornecedores das empresas que são clientes do ROIT BANK na solução de gestão contábil e fiscal fornecida pela instituição, baseada em robotização e inteligência artificial. Recentemente, essa solução recebeu um aprimoramento tecnológico que viabilizou incluir os fornecedores de tais clientes nos trâmites e processos contábeis objetos de gestão da fintech e accountech.

Denominada “Portal do Fornecedor”, a plataforma foi desenvolvida pelo ROIT BANK e conta com a parceria da Quasar Flash, também uma fintech, especializada em concessão de crédito. “Ela integra os processos automatizados de gestão contábil das empresas clientes do ROIT BANK e dos fornecedores dessas empresas. Assim, conseguimos oferecer linhas de antecipação de recebíveis que atendam às especificidades de cada situação. Isso diminui custos e, portanto, nos permite oferecer crédito em condições melhores que a do mercado”, sublinha Ribeiro.

Dessa forma, além da isenção do IOF inerente à modalidade FIDC, a linha de antecipação de recebíveis do ROIT BANK consegue aplicar taxas de juros abaixo das praticadas pelas instituições que adotam os modelos convencionais de análise e concessão de crédito. “A solução estabelece um canal único, automatizado, de relacionamento completo das empresas com seus fornecedores. Fazemos essa ponte, disponibilizando recursos fundamentais para a geração saudável de caixa de nossos clientes e seus fornecedores”, acrescenta Ribeiro.

Lucas Ribeiro, CEO do ROIT BANK

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