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Luz no fim do túnel

De fato, cada povo merece o governo que tem e tem o governo que merece! Aqui, é comum dizer-se que o povo brasileiro é bom. Porém, bom é povo esclarecido, que se não deixa iludir. A “época Lula”, não se há como negar, nos impôs e impõe conseqüências de uma dura ilusão. Na sua “santa ignorância”, a população buscou novos rumos, que lhe melhorassem a vida. Enganada, encontrou pela frente o despudor de uma corrupção desenfreada, a ferir de morte os brios do homem de bem. Todavia, na indiferença moral de quem se acostumou ao jugo doentio da falta de vergonha, se acomodou. E, sem se dar conta do buraco em que dia-a-dia se afunda, nessa acomodação se deixou ficar. Muitos, daqueles já capazes de refletir conscientemente Num país carente do ato de pensar, discernir e agir Têm perdido o sono, agitados por pesadelos medonhos Temerosos de que a “ilusão Lulista” perdure. Destes, há os que sabem que a imoralidade tem seus seguidores No seio mesmo de um povo que, devendo reagir, se deixa levar. É que os semelhantes se atraem, no bem e no mal. E as bacanais se sucedem, ante olhos atônitos sedentos do despertar. Num País em que o nível cultural é baixíssimo Em que os princípios inda cedem passo ao compasso de conveniências vis Em que o “nada sei” arregimenta prosélitos E em que a cara-de-pau alimenta a ilusão da ignorância Passou do tempo de as pessoas de caráter reto Na integridade que as diferencia da vala comum Tragam à cena o exemplo viril de ações transparentes efetivas Aptas a despertar, quanto possível, consciências que prazerosamente dormem. Nessa situação, o voto é instrumento da hora Que a todos nos deve alegrar Resgatando-nos da paralisia de almas que choram Lágrimas frias que não se deixam secar. Ontem foi dia de voto Na foto, perspectiva de dia melhor Hoje é dia de esperança De que no Brasil a luz torne a brilhar. Para tanto, é preciso querer Fazer valer a pena e realmente crescer Na consistência de uma consciência mais forte Quanto à necessidade de que de nós se afaste o embuste que teima em ficar. A impostura aí está, posta à vista geral Mas a grita de um povo sufocado Ante o enfado discursivo do “nada sei” Enfim, principia a soltar sua voz. A reação que ora nos cabe Se de fato pretendemos vencer É despertar uma nova emoção Na opção por uma via melhor. A melhoria do nível moral Na ética que não murcha jamais É imperativo da hora presente Limpeza definitiva do que já ficou pra trás. Esta é a chance Renovada aos olhos do povo De que no Brasil se volte a respirar Ares de decência de novo. Digamos, de vez, “nós sabemos” Como contraponto ao “não sei” sistemático E deixemos de lado a prisão Da ilusão que nos consome qual fogo. Sim, inda há luz no fim do túnel Para esta grande Nação Basta ao povo crie coragem E se disponha ao voto luzidio da razão.

 


 

Informações Sobre o Autor

 

Edison Vicentini Barroso

 

Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Mestre em Direito Processual Civil pela PUC-SP

 


 

Equipe Âmbito Jurídico

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