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Negligência e recusa em cumprir ordem judicial levou paciente a óbito em hospital em São Paulo

Apesar de ordem judicial paciente luta pela própria vida e tem sua morte antecipada por negligência do hospital. O Advogado Dr. Anselmo Ferreira Melo Costa pede indenização à família da vítima.

Jheison da Silva Feliciano, de 33 anos, foi vítima da violência que assola o país, levando tiros que o deixaram paraplégico aos 17 anos de idade. Desde então começou sua luta para ter uma vida normal.

Além disso, há três anos Jheison lutava contra um câncer em estado grave e tinha uma determinação judicial em seu favor para receber todo o tratamento no hospital de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. No entanto segundo relatos do próprio e de familiares e amigos do paciente, a instituição agiu de forma desumana e afrontosa para com o enfermo, em um caso que segue na justiça, onde há indícios de má fé e recusa ao atendimento por parte do hospital, que teriam levado o paciente a óbito no domingo, 28 de junho, após uma extenuante luta contra a doença.

O paciente tinha seu plano de saúde pela Unimed em dia justamente para ter um tratamento digno, já que o estado não dava. No entanto, mesmo pagando o plano, teve a recusa do seu tratamento, o que o levou a buscar seus direitos na justiça através do advogado e consultor jurídico Dr. Anselmo Ferreira Melo Costa, que empreendeu uma verdadeira batalha jurídica para garantir os direitos de um tratamento humano e digno ao paciente.
Negligência médica levou paciente à óbito

O advogado à frente do caso aponta os erros cometidos pelo hospital e responsabiliza a instituição pela morte de Jheison da Silva: “Ocorre que por reiteradas vezes o hospital e seus funcionários envolvidos no tratamento do paciente deixaram de efetuar com lisura sua missão de salvar vidas, tendo a instituição viés simples e claro de cunho financeiro. Apesar da decisão judicial que obrigava a ré a fornecer o tratamento, por inúmeras vezes o meu cliente foi deixado sem alimentação na enfermaria, sem cuidados médicos, sem que fosse efetuada sequer a troca de curativos, apesar de seu gravíssimo estado de saúde. A única coisa que a parte autora do processo queria era viver com o mínimo de dignidade os restantes de dias de vida, motivo pelo qual contratou a ré para proceder com seu tratamento. A ré agiu de forma leviana, seja de forma pessoal ou motivos ainda desconhecidos, centralizando unicamente em seus gastos com o tratamento, demonstra total falta de empatia para as condições do autor, o que o levou a óbito prematuro”, ressalta o Dr. Anselmo Ferreira Melo Costa.

Humilhações e descaso do hospital com o paciente

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Segundo familiares e amigos de Jheison, as humilhações eram uma constante durante o tratamento no hospital de Guarulhos: “Uma vez que já é sabido que a ré é réu em vários outros processos relacionados pela má prestação de serviços, nota-se que há um padrão na forma como trata pacientes desfavorecidos, que se repetiu com o meu cliente. Além das recusas ao tratamento por diversas vezes, ele era tratado com desdém, chegando a ouvir de um médico que deveria ir para casa porque ali não era nenhum hotel. Houve uma situação em que os funcionários do hospital chamaram a polícia para conter o meu cliente que estava apenas em seu estado psíquico elevado devido a doença, expondo-o ao vexatório em público. O paciente estava sangrando, cheirava mal, com dificuldade motora por estar paraplégico, e além de tudo a ré se recusou totalmente a prover o serviço de Home Care, para que o mesmo pudesse ter seus últimos dias com dignidade.”

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