Indicadores para diagnóstico, medição de resultados obtidos pelas unidades e análise processual por amostragem são agora parte do dia a dia
Palmas, outubro de 2020 – Muitos sabem da demora e adiamentos que, em geral, envolvem o Judiciário do país. O que poucos sabem é que há ações concretas a fim de fazer com que esse poder ande mais rápido e resolva os processos com a maior celeridade possível.
Isto está acontecendo no Tribunal de Justiça de Tocantins, em que ações passam a ser implementadas após quatro meses de estudos guiados pelo Instituto AJA. A ideia dos professores Carlos Haddad, juiz federal e do consultor Luís Antonio Pedrosa foi unir este conhecimento do judiciário e de gestão para poder levar ao público uma administração judiciária mais eficiente.
Há uma mudança de paradigma segundo Graziely Nunes: “são mudanças efetivas para as unidades. O estudo das rotinas e a aplicação de questionários permitiram nos perguntar se esses fluxos eram os mais efetivos”. Ela relembra que muitos chefes de cartório não tinham conhecimento de ferramentas possíveis para ajudar em seu trabalho, como a possibilidade da videoconferência, por exemplo.
Fernanda Alcântara diz que o interessante é que “este trabalho correcional não se limitou a apenas apontar erros”. “A ideia foi justamente entender como servidores podem desenvolver um trabalho mais eficiente sem se esgotar e alguns dos pontos levantados foram a necessidade de acompanhamento assertivo da corregedoria e a análise processual mais abrangente”
Michele corrobora o entusiasmo da turma e acredita que o escalonamento de atividades, das mais simples às mais complicadas, e a busca da causa de problemas, vão ser práticas constantes. “Vamos construir juntos resultados melhores”.
Lilian relembra que o curso eliminou crenças limitantes: “o que se ouve é que sempre faltam servidores, mas na verdade a gestão é que precisava ser melhorada. Estamos empenhados na busca pela excelência”.
Haddad e Pedrosa do Instituto AJA notam esta nova percepção dos servidores com a justiça brasileira. “Até mesmo o vocabulário empregado mudou. Foi uma questão de oferecer conhecimento para resolução de problemas, que levavam mais tempo para serem solucionados pelo uso de ferramentas erradas. Nossa previsão é de que a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Tocantins inaugure novo patamar de monitoramento e orientação das atividades judiciais, produzindo resultados que vão beneficiar, em última análise, a população que recorre à Justiça.”
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