A clareza na hora de se comunicar é uma das características mais importantes da boa oratória. Uma fala bem organizada inspira, informa, convence, persuade.
É preciso, portanto, encontrar recursos para ordenar o seu conteúdo, criar uma ordem lógica entre as informações e transmitir uma mensagem assertiva e impactante.
O mapa mental é uma das técnicas de organização de conteúdo mais eficientes. É um guia prático para ser usado nas etapas de preparação e importante aliado em situações de exposição de fala, como entrevistas, apresentações e reuniões.
Siga a leitura até o final e veja como usar o mapa mental em 5 passos práticos!
O mapa mental é uma técnica que pode ser utilizada para diferentes finalidades e com aplicações também distintas entre si. É, por exemplo, muito usado por estudantes como um método de memorização de conteúdo.
Na oratória, o mapa mental também é aplicado de formas diferentes. Na The Speaker, nós utilizados um método de Mapa Mental diferenciado, com a intenção de unir dois aspectos centrais de uma boa expressão:
– A organização do raciocínio
– A capacidade de improvisação
Engana-se, então, quem pensa que o Mapa Mental é um método para decorar a fala: não é. É, sim, um guia para que o comunicador se familiarize com o seu conteúdo e possa, a partir disso, ter uma comunicação de alto impacto e uma boa performance.
Há 5 passos que considero essenciais para utilizar a estratégia do Mapa Mental, direcionando-a para situações de exposição fala. Veja cada um deles a seguir!
Priorizar informações é uma das decisões mais difíceis na hora de planejar o conteúdo da sua apresentação. Ao mesmo tempo, é um passo determinante para que a sua mensagem tenha clareza e seja assertiva.
Dividir o conteúdo em 3 ideias/tópicos centrais é uma maneira de enfocar o que há de mais determinante em sua fala e de organizar essa mensagem de um modo atrativo e compreensível para a audiência.
Já é comprovado que as pessoas tendem a assimilar melhor um conteúdo se ele está dividido em até 3 informações. Pense, por exemplo, em uma simples indicação de localização: se as orientações forem muitas, a pessoa se perderá. Se forem 3, ela chegará com mais facilidade ao local que deseja.
Este passo está relacionado à familiarização com o seu conteúdo, que é o que permitirá uma fala espontânea e bem planejada ao mesmo tempo. Nossa mente assimila melhor imagens, fotografias e é essa a razão desse segundo passo.
Atribuir imagens ou desenhar algo para cada um dos três tópicos que você definiu no passo anterior é mais eficiente do que utilizar bullet points, por exemplo. É mais fácil ver a conexão entre os tópicos e criar uma ordem lógica para a fala como um todo.
Essas imagens serão fundamentais para as etapas de prática e treinamento. Também podem ser muito úteis na apresentação em si, já que não demandam leituras e não influenciam tanto no contato visual, caso você tenha que fazer uma consulta a elas.
Depois de definir o “miolo” da sua fala, isto é, o desenvolvimento do seu conteúdo, é o momento de pensar em dois trechos determinantes: a introdução e a conclusão para a sua mensagem.
Lembre-se que a introdução é um dos momentos mais importantes, afinal, é aí que o público decide prestar ou não atenção no que virá depois. A conclusão, por sua vez, é determinante para apresentar o seu CTA: a chamada para ação.
Praticar a fala é indispensável para uma boa apresentação (entrevista, reunião ou outras situações). O mapa mental servirá, então, como um guia para que você saiba qual caminho seguir, garantindo o fluxo de informações.
Pense no mapa mental como um GPS que você utiliza em seu carro: na hora de praticar, siga aquilo que foi planejado, desde a introdução até a conclusão, passando pelas 3 informações centrais definidas no passo 1.
O último passo é planejar os recursos que você decidir usar na sua apresentação, como slides, por exemplo. Essa deve ser a última ação, isto é, realizada quando você já estiver familiarizado com o tema e com a sua fala bem planejada e organizada.
É importante ressaltar que slides ou recursos similares não devem ser os pilares que sustentam a sua fala. Eles são um complemento, algo do qual você não depende diretamente para ter uma boa comunicação.
Para desenvolver uma comunicação assertiva e de alto impacto, conhecer e aplicar técnicas como o mapa mental é essencial. Da mesma forma, é preciso desenvolver os outros dois pilares da oratória: a expressão vocal e corporal.
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