Elaborado pela ROIT, levantamento inclui potencial de receita do mercado, perfil e orientações para o setor
“Mercado Contábil no Brasil” é o título de um estudo exclusivo elaborado pela ROIT Consultoria e Contabilidade, e que apresenta diagnóstico e projeções para o setor. O levantamento, feito a partir de dados públicos da Receita Federal, está disponível para ser baixado gratuitamente pelo site da empresa, que tem sede em Curitiba, com unidades em São Paulo e Brasília.
O estudo traz, por exemplo, informações sobre o potencial de receita para profissionais e escritórios de contabilidade do país. Com base no total de empresas que demandam por serviços contábeis – um total de 18 milhões em todo o território nacional – e no preço médio cobrado no mercado, o levantamento da ROIT calcula que o potencial de receita anual é de R$ 158,3 bilhões.
Desse total, R$ 100 bilhões vêm de um nicho bem específico: as empresas enquadradas no regime tributário do Lucro Real. De acordo com o sócio-fundador e CEO da ROIT, Lucas Ribeiro, embora as organizações nesse enquadramento representem apenas 3% do total de 18 milhões de empresas apuradas pelo estudo, elas respondem, portanto, por incríveis 62% do potencial de receita para o mercado contábil.
“Engana-se quem pensa que aí [nas empresas enquadradas em Lucro Real] não há mercado para contabilidade”, frisa Lucas Ribeiro, lembrando que, se hoje o percentual dessas organizações em relação ao total seja pequeno, existem perspectivas concretas de que, com a reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional, muitas empresas do Simples Nacional ou do regime Lucro Presumido migrem para o Lucro Real. Além disso, é um nicho com preço médio superior, pela complexidade do serviço prestado e que tem grande demanda de empresas com contabilidade interna, que pretendem terceirizar nos próximos anos.
De acordo com o estudo, 23% das 18 milhões de empresas apuradas estão hoje no Simples Nacional, e 19% no Lucro Presumido. Há ainda 55% que se referem a Microempreendedores Individuais (MEIs). “Há um mar de oportunidades. Há muitas grandes e gigantes empresas que contratam escritórios, terceirizando o serviço. Há muito tempo isso tem mudado, de 15, 20 anos para cá. E, na base da pirâmide, entre os MEIs existem pessoais físicas informais que caminham para a formalização. Então, temos que olhar o mercado com atenção”, ressalta o CEO da ROIT.
MERCADO DE ESPECIALISTAS
Lucas Ribeiro explica que, tanto empreendedores MEIs e como informais, geralmente têm pouca “familiaridade” com aspectos contábeis, uma vez que costumam se preocupar com a atividade fim do negócio. “É por isso que precisam muito do auxílio do especialista, ainda que de forma online”, frisa o executivo. Da mesma forma, empresas do Simples Nacional e do Lucro Presumido, cuja área contábil é menos complexa, ao migrarem para o Lucro Real (tendência no cenário pós-reforma tributária) necessitarão de um trabalho mais profundo e especializado.
“O profissional ou o escritório de contabilidade terá que comprovar a vantagem da migração de regime com números, com estratégia e planejamento. É um trabalho mais complexo, que exige muita dedicação, conhecimento e tecnologia. Porém, a remuneração do serviço aumenta significativamente”, expõe Lucas Ribeiro, sublinhando que a ROIT optou por se especializar em atender o nicho de empresas do Lucro Real.
PERFIL DOS ESCRITÓRIOS
O levantamento da ROIT apresenta ainda um perfil dos escritórios de contabilidade no Brasil. Segundo o estudo, são mais de 70,4 mil registrados no Conselho Federal de Contabilidade (CFC). A maior parte (60%) tem mais de cinco anos de existência. Outra característica é a forte concentração em quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, onde estão 57,5% do total de escritórios brasileiros.
“Os dados mostram que os escritórios permanecem abertos por muito tempo. Há um número representativo de escritórios com mais de 50 anos, por exemplo. Ou seja, é um mercado duradouro. Muitas vezes não com crescimento, mas com estabilização. Os profissionais montam uma carteira e conseguem mantê-la”, observa Lucas Ribeiro.
NOMES MAIS COMUNS
O estudo traz uma curiosidade: os nomes de escritórios mais recorrentes. “Real Contabilidade” lidera a lista: são 239 escritórios de contabilidade, em 24 estados, com esse nome. Chama a atenção também a quantidade de nomes que agregam a palavra “online”, reafirmando o processo de automatização do setor: são 53, com idade média de existência de 4 anos. Dos 70,4 mil escritórios de contabilidade brasileiros, 26% são MEIs e 59% estão no Simples Nacional, “indicando que são pequenos, mas com grande potencial de crescimento”, conforme assinala o CEO da ROIT.
ORIENTAÇÕES PARA O SETOR
Por fim, a publicação lista orientações para o setor. Automatizar, profissionalizar a gestão, capacitar os profissionais para serem analistas e estrategistas e investir na difusão da marca (em marketing, por exemplo) estão entre as recomendações. A formação de redes, fusões, aquisições e outras providências de concentração são apontadas por Lucas Ribeiro como um processo já em curso.
MAIS INFORMAÇÕES
• O estudo completo pode ser acessado e baixado gratuitamente por meio deste link: https://mundo.roit.ai/
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