O skiplagging, também conhecido como “destino oculto” ou “hidden city ticketing”, é uma prática que tem gerado debates no setor aéreo. Essa estratégia, utilizada por alguns passageiros para economizar em passagens aéreas, consiste em comprar um bilhete para um destino final mais barato que inclua uma escala na cidade desejada, desembarcando no local da conexão ao invés de seguir até o destino final. Embora pareça uma solução inteligente, o skiplagging é amplamente desaprovado pelas companhias aéreas e pode levar a sérias consequências para os passageiros que o utilizam.
Neste artigo, exploraremos como o skiplagging funciona, suas implicações legais e contratuais, e os riscos associados à prática.
O skiplagging aproveita a lógica dos preços das passagens aéreas, que nem sempre seguem padrões intuitivos. Em algumas situações, voos com conexões para destinos mais distantes podem ser mais baratos do que voos diretos para uma cidade intermediária. O passageiro utiliza essa discrepância a seu favor, adquirindo uma passagem com escala no destino desejado e simplesmente não embarcando no segundo trecho do voo.
Essa prática é mais comum em rotas internacionais e, geralmente, só pode ser utilizada por passageiros que viajam com bagagem de mão, já que as bagagens despachadas são enviadas diretamente ao destino final.
Embora a prática pareça inofensiva, abandonar o voo na conexão pode acarretar uma série de consequências para o passageiro, dependendo da companhia aérea e das circunstâncias envolvidas.
Se o bilhete adquirido incluir voos subsequentes (como trechos de ida e volta), a companhia aérea pode cancelar automaticamente os trechos restantes do itinerário assim que o passageiro não comparecer ao embarque do próximo voo.
Companhias aéreas podem penalizar passageiros que utilizam o skiplagging com a anulação de milhas acumuladas ou a suspensão de benefícios em programas de fidelidade.
Algumas empresas podem alegar descumprimento do contrato de transporte e exigir o pagamento de multas ou diferenças tarifárias com base na tarifa de um voo direto para o destino onde o passageiro desembarcou.
Embora incomum, há relatos de companhias aéreas que ingressaram com ações judiciais contra passageiros ou empresas que promovem o skiplagging, alegando perdas financeiras e violação contratual.
Passageiros identificados como praticantes de skiplagging podem ser colocados em listas de alerta interno das companhias aéreas, enfrentando restrições ou dificuldades para realizar novas compras de passagens.
Embora o skiplagging não seja explicitamente considerado crime no Brasil, a prática é terminantemente proibida pelos contratos de transporte das companhias aéreas. Esses contratos, aceitos pelos passageiros no momento da compra da passagem, estabelecem regras claras sobre o uso dos bilhetes e a obrigatoriedade de cumprir todas as etapas do itinerário adquirido.
No Brasil, a Resolução nº 400/2016 da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) regula os direitos e deveres dos passageiros e companhias aéreas. A norma não aborda diretamente o skiplagging, mas reforça que as companhias têm autonomia para criar regras contratuais desde que não prejudiquem os direitos básicos dos consumidores.
Os contratos de transporte aéreo estabelecem que o passageiro deve cumprir todas as etapas do itinerário. Abandonar o voo na conexão pode ser interpretado como quebra contratual, permitindo que a companhia aérea adote medidas punitivas.
Embora não seja comum, algumas companhias já buscaram a Justiça para responsabilizar passageiros ou plataformas que incentivam o skiplagging. Essas ações geralmente se baseiam em alegações de prejuízos financeiros causados à empresa.
O termo skiplagged se refere a uma prática associada ao skiplagging e também é o nome de uma plataforma online que facilita a busca por passagens aéreas utilizando a estratégia de “destino oculto”. O site Skiplagged.com ganhou notoriedade por ajudar passageiros a encontrar itinerários mais baratos com escalas no destino desejado.
Embora o uso do site em si não seja ilegal, as companhias aéreas consideram a prática uma violação contratual. Isso significa que o passageiro que utiliza o Skiplagged pode enfrentar as mesmas consequências descritas anteriormente, como cancelamento de trechos restantes e perda de benefícios de fidelidade.
Skiplagging é uma estratégia para economizar em passagens aéreas, que consiste em comprar um bilhete para um destino mais barato com escala no local desejado. O passageiro desembarca na conexão e abandona o restante do itinerário.
Ao abandonar o voo na conexão, o passageiro pode enfrentar as seguintes consequências:
Sim, o skiplagging é proibido pelos contratos de transporte das companhias aéreas, que exigem que o passageiro cumpra todas as etapas do itinerário. Apesar de não ser crime, a prática pode levar a sanções contratuais e processuais.
Skiplagged é uma plataforma que ajuda passageiros a encontrar passagens com “destino oculto” utilizando a estratégia de skiplagging. Embora o uso do site não seja ilegal, as companhias aéreas consideram a prática uma violação de contrato.
Não. O skiplagging é viável apenas para passageiros que viajam com bagagem de mão, já que as bagagens despachadas são enviadas diretamente ao destino final.
O skiplagging pode parecer uma forma inteligente de economizar em passagens aéreas, mas apresenta riscos significativos. Embora não seja considerado crime, a prática é proibida pelos contratos de transporte das companhias aéreas, podendo resultar em sanções contratuais e até ações judiciais. Antes de optar pelo skiplagging, é essencial que os passageiros considerem as possíveis consequências e avaliem alternativas legais para economizar em suas viagens.
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