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A geração Y ou geração Net – Os novos donos da Web


Com a ampliação das Tecnologias da Informação a sociedade está cada vez mais “plugada” na grande rede. E diante dessa nova realidade, uma geração têm-se destacado por sua conectividade à Web, a Geração Y. Esta geração é composta por aqueles jovens nascidos nos meados dos anos 80 até o ano de 1996, e é também conhecida como a Geração Net sendo agora sucedida pela geração Z, a clouding generation.


A geração Y se desenvolveu em meio ao turbilhão de inovações tecnológicas e revoluções comportamentais da sociedade. A massificação dos produtos eletrônicos e a superproteção dos pais, permitiu a eles uma interação imediata aos computadores, aos videogames, aos celulares e às redes sociais. A geração da internet, não sabe e nem tao pouco consegue imaginar a vida sem tais inovações tecnológicas. Esses jovens foram educados multiplexando as tarefas, realizando um infinidade de atividades ao mesmo tempo, são e vivem em um mundo realmente acelerado e em constante busca e contato com a informação. E por terem o acesso a informação e estarem perfeitamente antenados aos fatos e acontecimentos globais, suas opiniões geralmente são divergentes aos seus pais ou responsáveis e até mesmo seus professores, causando uma gama de conflitos o que se observa em respeito, de que não se subordinam facilmente, contestam os fatos e estão em constante luta por suas metas e objetivos.


Por seu grande interesse em novos serviços e nas inovações tecnológicas, a Geração Y é alvo das empresas que lançam no mercado uma gama de aplicativos, softwares e hardwares, que que tem como objetivo atender os anseios dessa massa, extremamente, voltada a conectividade digital.


A executiva e pesquisadora Diana Saldanha realizou uma pesquisa recentemente sobre os hábitos de vida e consumo da geração Y na qual aponta que essas pessoas não esperam permanecer em emprego ou construir uma carreira. “Eles viram grandes corporações serem detonadas por escândalos e têm dúvidas se devem mesmo alguma lealdade aos empregadores. E tem mais, eles não gostam de ficar muito tempo em qualquer compromisso, fazem coisas ao mesmo tempo como navegar na internet, falar ao celular e entrar em uma conversa online” e ainda completa que “entretanto, se a geração Y conseguir trabalhar seus pontos desfavoráveis, criando elos mais fortes com suas carreiras, sem descuidar de suas vidas pessoais, porque isso também não é mais aceitável, essa será uma geração imbatível no mundo corporativo”.


Em pesquisa realizada pela Ateliê Pesquisa Organizacional, evidenciou uma série de conflitos gerados nas empresas em todo o mundo. Denotando que os dirigentes de empresas (com idades entre 45 e 60 anos) tendem a ter pensamentos em comum com os da Geração Y. Para eles, os problemas que essa geração tem a trabalhar são: falta de compromisso (98% dos entrevistados); organização (83%): agressividade maior que gerações anteriores (74%). Entretanto a pesquisa aponta alguns prós, como a habilidade com novas tecnologias (89%); aspiração em ganhar muito dinheiro (79%) e disposição de aprender (75%).


 O fato é que possuindo uma grande disposição de aprendizagem e uma alta disponibilidade de conexão a Internet, eles escolhem como obter a sua informação ou entretenimento, não se importando com algumas conseqüências jurídicas que possam advir.


O curioso é que ao mesmo tempo em que cresce o número de jovens conectados à Web e às redes sociais, aumenta proporcionalmente os riscos que eles correm ao se expor no mundo virtual. Em um estudo recente da McAfee, foi constatado que quase metade dos adolescentes brasileiros entre 13 e 17 anos publica sua localização em perfis de redes sociais. E com isso, muitas ações danosas são cometidas e derivam em ciberdelitos ou cibercrimes…


Da agressão à propriedade, à segurança dos hardwares, redes de computadores e softwares, das injúrias e ofensas nas redes sociais, são condutas praticadas por jovens, que por vezes não imaginam as conseqüências e as responsabilidades que suas ações impensadas causaram no dia-a-dia da sociedade. A dimensão das repercussões da TI sobre o Direito é imensa, incidindo na esfera civil e criminal, pois inúmeras são as formas de ofensa aos bens tutelados pelos ordenamentos jurídicos.


 Assim, visando fomentar uma mentalidade e hábitos voltados às boas práticas, à ética e principalmente, à segurança na Internet. A Geração Y deve navegar na Web sempre pautando-se nas normas vigentes, nos conceitos técnicos, na ética e na segurança de sistemas de Tecnologia da Informação. Buscando assim, salvaguardar, o internauta, protegendo os bens jurídicos tradicionais ou seja para tutelar os ativos tangíveis e intangíveis, como também, a própria liberdade cibernética, o comércio eletrônico, a vida privada, a intimidade e o direito dos autores na Internet.


Dessa forma, o ambiente digital se tornará cada vez mais segura, confiável para que a sociedade conviva de maneira harmoniosa e pacífica no mundo virtual.


“Se a sociedade migrou virtualmente para o ciberespaço, para lá também deve caminhar o Direito. Ubi societas, ibi jus.”



Informações Sobre o Autor

Alessandro Anilton Maia Nonato

Especialista em Direito Digital e Segurança das Direito Digital Informações


Equipe Âmbito Jurídico

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