O cálculo do vesting é uma parte essencial para empresas e colaboradores que firmam um contrato desse tipo. Ele determina o cronograma pelo qual o colaborador adquire ações da empresa gradualmente, com base em critérios de tempo ou metas de desempenho. O cálculo correto do vesting é importante para assegurar que o colaborador entenda os requisitos necessários para receber a participação societária e para que a empresa defina claramente suas expectativas e compromissos. Neste artigo, vamos entender como o vesting é calculado, os diferentes tipos de vesting e as variáveis que afetam esse processo.
O vesting é um mecanismo contratual que permite ao colaborador adquirir ações da empresa ao longo do tempo, mediante cumprimento de requisitos específicos, geralmente relacionados a um período mínimo de permanência ou ao alcance de metas. Ele é bastante utilizado em startups e empresas de tecnologia, onde a retenção de talentos é fundamental para o sucesso do negócio.
Em termos práticos, o vesting é uma maneira de incentivar os colaboradores a permanecerem na empresa e a se empenharem pelo seu crescimento. Ao longo de um determinado período, o colaborador adquire gradualmente o direito de propriedade sobre as ações da empresa, em um processo denominado vesting schedule.
Existem diferentes formas de vesting, e o cálculo varia conforme o tipo adotado. Abaixo, detalhamos os tipos mais comuns.
No vesting com cliff, existe um período inicial durante o qual o colaborador ainda não adquire direito a nenhuma ação. Esse período é chamado de “cliff”. Após o término do cliff, o colaborador passa a adquirir ações de forma gradual. Por exemplo, em um contrato com cliff de 12 meses e duração total de quatro anos, o colaborador só começa a adquirir as ações após o primeiro ano. A partir daí, ele ganha um percentual das ações restantes, distribuídas ao longo dos três anos seguintes.
O vesting gradual distribui as ações de forma contínua e progressiva durante o período de contrato. Nesse modelo, o colaborador adquire uma pequena porcentagem de ações mensal ou anualmente, de acordo com o cronograma estabelecido. Um exemplo comum é o vesting de quatro anos, onde o colaborador ganha 25% das ações a cada ano.
O vesting invertido, também conhecido como reverse vesting, é menos comum e funciona de maneira oposta ao vesting tradicional. Nesse caso, o colaborador começa com uma participação plena e, caso não cumpra as metas ou decida sair da empresa antes do período acordado, a empresa tem o direito de recomprar suas ações. Esse modelo é adotado para garantir que o colaborador permaneça na empresa e contribua para o sucesso dela, sob risco de perder sua participação.
Para calcular o vesting corretamente, é importante entender as variáveis envolvidas no processo. O cálculo pode ser feito seguindo algumas etapas e considerando fatores que variam de contrato para contrato.
O primeiro passo é definir o total de ações que será oferecido ao colaborador. Esse número representa a participação máxima que ele poderá adquirir caso cumpra todos os requisitos do contrato. Geralmente, o total de ações oferecidas é um percentual da empresa, como 1% a 5%, dependendo da política interna e da fase de crescimento da organização.
O período total do vesting corresponde ao prazo pelo qual o colaborador deverá permanecer na empresa para adquirir a totalidade das ações oferecidas. Na prática, esse período costuma variar de 3 a 5 anos, mas pode ser ajustado conforme a necessidade da empresa e o tipo de contrato de vesting.
Se o contrato inclui um cliff, é preciso definir o período exato em que ele será aplicado. O cliff é o prazo mínimo de permanência que o colaborador deve cumprir antes de começar a adquirir ações. Um cliff comum em contratos de vesting é de 12 meses, mas esse período pode variar. Após o término do cliff, o colaborador começa a adquirir ações de acordo com o cronograma de vesting.
Após o cliff, o vesting gradual determina o percentual de ações que o colaborador receberá a cada intervalo de tempo (mês ou ano) até que ele complete o período total de vesting. Esse cálculo é feito dividindo o total de ações pelo número de períodos restantes após o cliff. Por exemplo, em um vesting de 4 anos com cliff de 1 ano e 100 ações oferecidas, o colaborador começará a adquirir 33,3 ações por ano após o primeiro ano, completando a totalidade das ações ao fim do contrato.
Em alguns casos, o vesting está vinculado ao cumprimento de metas específicas de desempenho. Nesse modelo, o colaborador adquire ações apenas quando atinge determinados objetivos, como metas de vendas, performance de projetos ou marcos de crescimento da empresa. O cálculo do vesting, nesse caso, está condicionado ao alcance das metas, que podem ser avaliadas anualmente ou em intervalos definidos pelo contrato.
Suponha um contrato com as seguintes condições:
Após o primeiro ano, o colaborador começa a adquirir ações de forma proporcional, dividindo as ações restantes pelo tempo restante. No exemplo, ele ganharia 33,3 ações por ano até atingir as 100 ações ao final dos quatro anos.
O que é cliff em um contrato de vesting?
Cliff é o período inicial durante o qual o colaborador ainda não possui direito sobre nenhuma ação. Após o término do cliff, o vesting começa a ser efetivado, permitindo ao colaborador ganhar gradualmente as ações.
Quais são os tipos mais comuns de vesting?
Os tipos mais comuns de vesting são o vesting com cliff, o vesting gradual e o vesting invertido. Cada tipo tem particularidades que podem ser aplicadas conforme as necessidades da empresa e do colaborador.
Como o vesting é calculado em contratos com metas de desempenho?
Nos contratos com metas de desempenho, o vesting é calculado com base no cumprimento dos objetivos específicos, e o colaborador só adquire ações à medida que atinge essas metas, conforme definido no contrato.
Como o vesting afeta a retenção de talentos?
O vesting é uma estratégia eficaz de retenção de talentos, pois incentiva o colaborador a permanecer na empresa por um longo período para garantir sua participação nas ações.
Calcular o vesting corretamente é essencial para garantir que o contrato atenda às expectativas tanto da empresa quanto do colaborador. Com uma metodologia clara, tanto o período de cliff quanto os marcos de vesting são definidos de forma a estabelecer uma relação de confiança e compromisso mútuo. Ao entender os fatores que influenciam o cálculo, empresas e colaboradores podem estruturar acordos de vesting que incentivem o crescimento e a continuidade da parceria.
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