Por: Giulliane Viêgas – Jornalista.
No terceiro e último capítulo da série de reportagens “Mulheres no Âmbito do Direito”, o Âmbito Jurídico conversa com a professora, advogada e presidente da OAB/SP, Patrícia Vanzolini sobre a representatividade feminina em espaços tradicionalmente ocupados por homens.
Doutora em Direito pela PUC-SP, Patrícia é a primeira mulher eleita como presidente da OAB-SP, em 90 anos de existência da entidade. Em 2018, as 27 seccionais da OAB não elegeram mulheres para a presidência. Em todas elas, homens ocuparam os cargos de liderança.
Com diversos seguidores e fãs espalhados pelo Brasil, Patrícia é referência entre os profissionais da área jurídica e estudantes de Direito. Além de ser a “queridinha” dos (as) alunos (as) da Faculdade Mackenzie e do Curso Damásio Educacional, ela, agora, comanda a maior seccional do país, com 350 mil advogados inscritos, durante o triênio 2022 a 2024.
Inspiração para as mulheres, Patrícia disse que, entre os desafios de sua gestão, um dos principais é a desconstrução do machismo estrutural dentro da OAB/SP. “A presidência, assim como outros cargos, são posições tradicionalmente ocupadas por homens. Pretendemos fazer uma gestão que desconserte o machismo. É uma alegria ter sido a primeira mulher eleita e saber que outras mulheres também foram escolhidas em outras seccionais do país. Isso representa um outro momento da advocacia, novos rumos e novas perspectivas”, contou. Patrícia explicou que além da quebra do machismo, a paridade de gênero e cotas raciais estão inclusas em sua gestão. “Queremos paridade. Queremos inclusão. Queremos que esses grupos estejam no Tribunal de Ética Disciplinas (TED), na Escola Superior da Advocacia (ESA) e em todos os lugares”, disse.
“Não existe Mulher Maravilha. Acreditar nisso e impôr esse para papel para nós, custa nossa saúde mental, nos leva à exaustão. Não somos obrigadas a dar conta de tudo. Mulheres, acreditem nas suas forças. Podemos ser o que quisermos e ocupar todos os espaços. Não aceite menos, nossas lutas são diárias”
No mês da Mulher, a advogada, mãe, professora e presidente da OAB-SP, enaltece o poder feminino, comemora as conquistas das mulheres mas reconhece que ainda há muitas lutas pela frente. “Não existe mulher maravilha. Acreditar nisso e impôr esse para papel para nós, custa nossa saúde mental, nos leva à exaustão. Não somos obrigadas a dar conta de tudo. Mulheres, acreditem nas suas forças. Podemos ser o que quisermos e ocupar todos os espaços. Não aceite menos, nossas lutas são diárias”, finalizou.
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