Por Voltaire Marensi, Advogado e Professor
Antes de adentrar no tema propriamente dito, gostaria de contextualizar nomes de dois filósofos um deles, Michel Foucault, de nacionalidade francesa, falecido em 1984 e outro espanhol, José Ortega y Gasset, falecido em 1955.
O primeiro na anunciada obra As Palavras e as Coisas se preconizou a “morte do homem”. O segundo filósofo, Ortega y Gasset, já antevia mudanças profundas com a era digital e seus ambientes pós-massivos na internet. Ele já bradava, naquela época, por volta dos anos 30, que “vivemos sob o brutal império das massas”.
Isto significa, literalmente, que o homem cada dia mais está se rendendo à tecnologia.
Com o lançamento do “PIX” (Sistema de Pagamentos Instantâneos), se permitirá que transferências e pagamentos sejam feitos em tempo real, que segundo se anuncia começará a funcionar a partir de 5 de outubro. Também outro método tecnológico, da nova era, é o “Open Banking” (Sistema que prevê o compartilhamento dos dados bancários do cliente entre as diferentes instituições).
Nestes novos negócios tecnológicos não só haverá desafios de segurança, bem como gestão de conflitos. Aí, é que entra o seguro como um verdadeiro aliado para através de um mercado criativo, se desenvolver lato senso um novo seguro no qual a responsabilidade civil, a meu sentir, é alçada como uma “pedra de toque”, objetivando dar segurança e proteção, quer aos milhões de usuários desses sistemas, quer às instituições financeiras que deverão criar métodos modernos para oferecer aos seus clientes.
Enfim, a nova era tecnológica não chega a extinguir o homem, ou colocá-lo num patamar de massificação, desde que todos estejam atentos ao desenvolvimento tecnológico que deve ser implementado para bem servir todos aqueles que estarão envolvidos nestes “novos nichos” mercadológicos.
Referi-me ao seguro de responsabilidade civil por abarcar uma gama enorme de coberturas securitárias, que, certamente, estarão presentes neste novo mundo que se apresenta aos nossos olhos.
A proteção deve já ser pensada para que os fatos sociais não atropelem de vez um mercado que, inquestionavelmente, há de surgir e permear nossas atividades negociais.
A “revolução tecnológica” cria desafios, que devem ser amparados dentro de normas técnicas de segurança para que a forte inovação e a continuidade da era digital não surpreendam o mercado e todos aqueles que lidam com o desenvolvimento de produtos e serviços postos à disposição do homem.
Creio que assim não haverá nem a morte do homem, nem tampouco o homem-massa preconizado pelos filósofos acima citados.
Com estas atitudes todos ganham, notadamente o mercado segurador.
Desafios são colocados para que o ser humano nunca se degrade e nem pereça diante de uma nova era tecnológica que já é realidade.
Portanto, mãos à obra!
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