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Paliativos tributários escondem a ferocidade do governo contra o contribuinte

Impressionante a tática de “jogar para ver se vai dar certo” do executivo. Após as inúmeras repercussões da MP 232, agora o sr. Ministro da Fazenda Palocci finalmente admite “negociar”, acenando com a possibilidade das empresas tributadas pelo Lucro Presumido deduzir os valores da folha de pagamento do recente “arrastão tributário” a que foram submetidas. 

Lamentável, em todos os sentidos, a postura do executivo. Implacavelmente, persegue o aumento da carga tributária sobre o pequeno contribuinte. Joga-se “verde” para colher “maduro”. 

É evidente que o objetivo final da MP 232 é esmagar o contribuinte, tanto financeiramente (elevação de tributos) quanto moralmente (redução dos direitos de defesa administrativa). 

“Negociar” com uma parte fraca (o pequeno contribuinte) é moralmente inaceitável. Quem mente repetidamente (como faz Palocci e outras autoridades fazendárias – afirmando que estão “ajustando a carga fiscal” do pequeno profissional liberal – veja meu artigo “Profissional Liberal paga Muito Imposto, Sim Senhor!”) não tem qualquer credibilidade! 

O que se observa é que o governo quer se apresentar, depois da enorme gafe da MP 232, como “bonzinho” e “camarada”, acenando com um “incentivo” aos empresários. 

O empresário não precisa de esmola (“bolsa-imposto”?), precisamos é de menos tributos e com mais justiça fiscal! 

Jamais os contribuintes foram tão humilhado neste país, chamado de “sonegadores”, insultados repetidamente, recebendo descaradas mentiras e mais mentiras, e agora … temos a proposta de receber uma “redução” para nos conformar! 

Prezado executivo: nós não somos bobos, estamos cientes dos seus objetivos, das suas táticas e consideramos anti-democrático tal jogo totalitário (pelo jeito, Stalin e Lênin ainda encontram adeptos nesta região tropical…). É impossível "negociar" qualquer aumento de impostos!

Ou nossos congressistas tomam a iniciativa e param com as barbaridades cometidas pelo executivo, ou nós vamos deixar de votar (e também de empregar, investir, produzir…)! 


Informações Sobre o Autor

Júlio César Zanluca

Contabilista em Curitiba/PR


Equipe Âmbito Jurídico

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