Monumentos, paisagens e cidades integram a lista que está em constante atualização.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) atualizou a lista de Patrimônios Mundiais da Humanidade com 14 novos locais, em setembro. A categorização busca reconhecer o valor cultural e garantir a preservação desses lugares. Para quem gosta de viajar, também serve como uma referência para a escolha de destinos atrativos.
Monumentos, edifícios, paisagens e cidades podem entrar na lista, que se divide em Patrimônios da Humanidade Cultural, Natural e Misto. São mais de 1.200 lugares, localizados em mais de 160 países. A relação é constantemente atualizada e, por isso, considerada como um norteador para os turistas.
Com a nova atualização, entraram para a lista da Unesco o sítio arqueológico de Tell es-Sultan (antiga Jericó), na Palestina; o monumento do caravançarai persa, no Irã; as paisagens culturais de Khinaliq, no Azerbaijão, e das antigas florestas de chá da Montanha Jingmai, na China.
A lista tem sequência com as estradas da seda no corredor Zarafshan-Karakum, entre Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão; o patrimônio judaico-medieval de Erfurt, na Alemanha; as Fortalezas do Anel da Idade Viking, na Dinamarca; a região de Tr’ondëk-Klondike, no Canadá; os cemitérios de Gaya Tumuli, na Coreia; os monumentos das pedras de cervo, na Mongólia; o complexo de Koh Ker, no Camboja; a região de Gedeo, na Etiópia; e o centro de artes Santiniketan, na Índia.
De acordo com informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a categorização feita pela Unesco reúne propriedades com valor universal em termos de história, estética, arqueologia, geologia, ecologia e antropologia. A definição inclui desde as pirâmides do Egito até a cidade brasileira de Ouro Preto, em Minas Gerais.
No Brasil, também são listados pela Unesco: os centros históricos de Olinda (PE), Salvador (BA), São Luís (MA), Diamantina (MG) e Goiás (GO); as cidades de Brasília, Rio de Janeiro e Paraty; as ruínas de São Miguel das Missões (RS); o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (MG); o Parque Nacional da Serra da Capivara (PI); as reservas da Mata Atlântica; o Complexo de Conservação da Amazônia Central; o arquipélago de Fernando de Noronha; o Complexo das Áreas Protegidas do Pantanal, entre outros lugares.
A lista de Patrimônios Mundiais da Humanidade da Unesco é abrangente e, por isso, decidir o destino da próxima viagem exige uma pesquisa aprofundada sobre os locais que despertaram o interesse inicialmente. A seguir, conheça mais sobre quatro destinos imperdíveis.
Apesar de parecer um palácio, o Taj-Mahal é, na verdade, um mausoléu (monumento funerário construído para alguém considerado importante). Mas além de toda a sua beleza arquitetônica, o local se destaca por ser considerado a maior prova de amor do mundo.
Foi construído entre 1632 e 1653, a mando do imperador Shah Jahan, em homenagem à sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, que faleceu enquanto dava à luz o 14º filho. O imperador mandou construir o Taj-Mahal sobre o túmulo da mulher – chamada por ele de Mumtaz Mahal (“A joia do palácio”) -, ao lado do rio Yamuna.
Vinte mil homens foram convocados para a construção, que demorou 20 anos para ficar pronta. O Taj-Mahal tem uma estrutura feita de mármore branco, fios de ouro na cúpula, pedras preciosas e inscrições retiradas do Alcorão.
Além de ser Patrimônio da Humanidade, desde 2007, o monumento é considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
Também chamadas de montanhas pálidas, as Dolomitas na Itália formam uma cadeia de montanhas dos Alpes orientais do país. Recebem esse nome porque são constituídas, majoritariamente, por dolomitas, um tipo de rocha branca que proporciona uma coloração única à cordilheira.
Apesar de permanecerem brancas no inverno, é no outono que a luz solar faz com que as montanhas se destaquem, criando tonalidades avermelhadas. O fenômeno, chamado Burning Dolomites, ocorre entre meados de setembro e início de novembro.
Há milhões de anos, a região-base das Dolomitas era localizada no leito oceânico. Com a movimentação tectônica, a placa africana empurrou a europeia, fazendo com que essas camadas rochosas emergissem. Boa parte dos fósseis encontrados na região é de animais marinhos.
A cadeia montanhosa é bastante extensa, passando pelas províncias de Belluno, Bolzano, Trento, Údine e Pordenone. A região foi declarada Patrimônio Mundial em 26 de agosto de 2009.
Para quem procura por dicas de Dubai e deseja conhecer um pouco da história da humanidade, dá para aproveitar a viagem até a cidade e conhecer outros lugares nos Emirados Árabes Unidos. Al Ain (ou Alaine) é uma cidade localizada em Abu Dhabi.
A Unesco classificou os sítios culturais do local – Hafit, Hili, Bidaa Bint Saud – e os oásis como patrimônios da humanidade por constituírem “uma propriedade serial que testemunha a ocupação humana sedentária de uma região desértica desde o período Neolítico, com vestígios de muitas culturas pré-históricas”, conforme a entidade.
Alguns dos destaques da região são os túmulos circulares de pedra, construídos por volta de 2500 a.C., os poços e as construções em argila. Além disso, Hili apresenta um dos exemplos mais antigos do sofisticado sistema de irrigação de Aflaj, que remonta à Idade do Ferro e foi responsável pelo desenvolvimento social da comunidade ali estabelecida.
A histórica cidade de Ouro Preto (MG) foi a primeira do país a ser listada como Patrimônio Mundial pela Unesco, em 1980. Antes disso, em 1938, foi tombada como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Iphan.
Ouro Preto tem um grande peso histórico para o Brasil. É localizada em uma das principais áreas do ciclo do ouro, por isso, chegou a ser uma das cidades mais populosas da América.
Um dos destaques da cidade é a arquitetura barroca/rococó presente, principalmente, nas igrejas. Boa parte de sua arquitetura colonial se mantém preservada em construções históricas.
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