O Barack Obama assumiu a Presidência dos Estados Unidos da América (EUA) em meio à maior crise da atual geração. Ele e sua equipe econômica, já considera diversas saídas desesperadas para tirar o país da rota de uma possível depressão como ocorreu na década de 1930. Além disto, não apenas nos EUA, mas na totalidade das economias avançadas e na maioria dos mercados emergentes, a crise ainda está pra evoluir, pois ocorre o efeito dominó nestas crises econômicas. Por todos os lados, o mesmo problema: o congelamento do crédito.
As três grandes empresas (General Eletric, Hertz e Circuit City), a economia norte-americana perdeu 50 mil empregos, o equivalente a quase 10% de todas as vagas de trabalho decepadas em dezembro. Este mês foi aquele que o desemprego saltou para 7,2%, o maior em dezeseis anos.
A crise já formou um ciclo vicioso, e ele se autoalimenta: os bancos deixaram de emprestar ou não têm mais condições de fazê-lo, os consumidores reduziram os gastos e as empresas estão vendendo menos. Por isto, elas também demitem funcionários, e assim acabam levando as pessoas a gastar cada vez menos e a ter dificuldades para consumir e pagar dívidas, e por fim acabam aumentando as dívidas nos bancos.
Importante comentar que os membros da equipe de Barack Obama já fizeram conhecer alguns detalhes de um pacote de US$ 825 bilhões que o novo presidente quer aprovar rapidamente no Congresso para ajudar o país neste momento de crise econômica. Entre as principais medidas há US$ 90 bilhões para investimentos em infraestrutura, US$ 106 bilhões para seguro-desemprego e ajuda alimentar (food stamps) e US$ 275 bilhões para um pacote de redução de impostos.
A ação de criação de uma ou diversas instituições estatais que absorveriam todos os ativos tóxicos dos bancos em apuros nos EUA. Tais instituições seriam uma espécie de lata de lixo financeira, onde os bancos jogariam seus ativos podres em troca de mais ajuda estatal, limpando a área para poder voltar a emprestar, e assim fazendo entrar capital na economia.
Não podemos esquecer, os títulos quase sem valor, estes representam as garantias igualmente sem valor tomadas pelos bancos para sustentar a farra de empréstimos dos últimos cinco anos. Tal período em que os EUA cresceram com força embalados pela onda irresponsável de expansão do crédito.
Por fim, os bancos norte-americanos reconheceram ativos tóxicos em suas carteiras equivalentes a US$ 1 trilhão. Entretanto, o problema é que muitos estão mentindo deliberadamente sobre sua real situação para não piorar ainda mais o quadro de desconfiança sobre eles é a desvalorização de suas ações.
Referências
CANZIAN, Fernando. Obama e o lixo da crise. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/fernandocanzian/ult1470u491582.shtml>. Acesso em: 31 jan. 2009.
CUCOLO, Eduardo. Em meio a crise internacional, BC muda compulsório e libera mais dinheiro na economia. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u448413.shtml>. Acesso em: 31 jan. 2009.
Bacharel em Relações Internacionais e Especialista em Direito Ambiental pela Univali. Aluno especial do mestrado em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
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