Conhecer é poder desconhecer é suportar

Quer participar de um evento 100% gratuito para escritórios de advocacia no digital? Clique aqui e inscreva-se grátis no evento Advocacia Milionária!

Resumo:No Brasil, a produção das leis que regem as relações humanas, está a cargo do poder legislativo brasileiro, aqui tratadas por espécies normativas.Para que produza seus efeitos inovando faticamente o ordenamento jurídico, é preciso que a norma em questão cumpra todas as fases do processo legislativo bem como atenda aos elementos constantes da escada pontiana, quais sejam, existência, validade, eficácia e efetividade.Desta forma pode o Presidente da República, autoridade máxima do poder executivo federal, sancionar e publicar uma nova lei, todavia, se os brasileiros tiverem conhecimentos suficientes para compreender a importância da lei e criticá-la, poderá sim, recusar seu cumprimento, vez que o poder estará de fato nas mãos do povo. A corrupção e as injustiças das mais diversas ordens aqui existentes, contribuem muito para essa alienação em que vive a população brasileira frente as leis que limitam seus direitos e impõem obrigações.Contudo existe a longo e meio prazo soluções para as questões apontadas neste artigo cientifico, desde que a população compreenda as leis a que estão submetidos.

Palavras-chave: Poder legislativo, espécies normativas, povo, corrupção, constituição.

Abstract: To produce its effects innovating faticamente the legal system, the rule in question complies with all phases of the legislative process as well as meet the elements contained in the pontiana ladder, namely, existence, validity, efficacy and effectiveness.In this way can the President of the Republic, the highest decision-making authority of the federal executive branch, penalize and publish a new law, however, if the Brazilians have enough knowledge to understand the importance of law and criticize it, you can Yes, refuse compliance, time that the power will be in fact in the hands of the people.The corruption and injustice of the most diverse orders exist, contribute a lot to this sale in living the Brazilian population front the laws that limit their rights and impose obligations.However there is a long and medium-term solutions to the issues identified in this scientific article, provided that the population understands the laws to which they are subjected.

Keywords: legislative, normative species, people, Constitution, corruption.

Sumario:1. Introdução histórica das espécies normativas. 2. Das funções do poder legislativo. 3. Da proteção ecompreensão das leis. 4. Da aceitação das leis. 5. Da alienação do povo frente as leis. 6. Conclusão

Introdução:

O presente artigo cientifico, trata da importância de se conhecer asespécies normativas constantes da constituição da república federativa do Brasil de 1988 e do poder que representa este conhecimento bem como suas. Tal obra foi desenvolvida a partir de estudos acadêmicos, leitura e analise de livros especializados no tema, assim como nasexperiências de vida eopinião doautor, considerados oexercício profissional eatividadesacadêmicas por este desenvolvidas.

1. Introduçãohistórica das espéciesnormativas

A República Federativa do Brasil, influenciada pela experiência norte-americana, de onde se extraiu a noção de “pacto federativo”, adota em seu modelo constitucional o que se denomina federalismo assimétrico, pois cada ente da federação possui características próprias, tais como a existência dos poderes executivo, legislativo e judiciário em cada um dos entes federados, ressalvada aqui a hipótese de os municípios brasileiros não possuírem poder judiciário, o que não retira a sua qualidade de ente federativo, observada em todos os casos a regra constitucional do art. 2°, onde se verifica que os entes federativos gozam de independência política, administrativa e financeira e são harmônicos entre si, harmonia esta extraída da teoria de Aristóteles e aplicada pelo Barão de Montesquieu, compreendida na tripartição dos poderes já citada.

2. Das funções do poderlegislativo

Uma das funções de maior relevância do citadomodelo constitucional, édentre outras a do poder legislativo brasileiro, que tem por função típica, elaborar as leis atendendo a evolução da sociedade bem como fiscalizar e exercer o controle dos atos dos poderes executivos tanto no âmbito da União quanto no âmbito dos Estados, Municípios e Distrito Federal, representado este respectivamente pelo congresso nacional, assembleias legislativas, câmaras legislativas e câmara de vereadores, regulando as relações humanas com vistas à proteção dos bens, direitos e valores do ser humano, dentre os quais podemos citar, a vida, bem estar, dignidade, direitos sociais e individuais, segurança, a igualdade a justiça e consequentemente o Estado Democrático de Direito.

3. Da proteção e compreensão das leis

Essa proteção se dá por meio da criação de leis, compreendidas no devido processo legislativo, aqui tratadas por espécies normativas, tais como Emendas Constitucionais, Leis Complementares, Leis Ordinárias, Medidas Provisórias, Leis Delegadas, Decretos Legislativos e Resoluções.

Vale também ressaltar, a importância da compreensão destes instrumentos regulatórios das relações humanas, pela população brasileira, pois as espécies normativas se fazem presentes em todos os lugares e todos os momentos.

Deste entendimento, podemos extrair queas normas exercem influência direta na vida das pessoas, seja na majoração dos impostos e demais questões tributárias, criação ou extinção de tipos penais, relações civis das mais diversas, relações de trabalho, relações empresariais, de consumo, no esporte e principalmente nas relações políticas.

4. Da aceitação das leis

No Brasil para que a lei seja realmente eficaz deve estar apta a cumprir sua função social, ou seja uma lei que está apta a ser cumprida, não é necessariamente seguida, está é a diferença básica entre o ser e o dever ser.

Assim para que produza seus efeitos inovando taticamente o ordenamento jurídico, é preciso que a norma em questão cumpra todas as fases do processo legislativo bem como atenda aos elementos constantes da escada pontiana, de Pontes de Miranda, quais sejam, existência, validade, eficácia e efetividade.

Pelo exposto depreende-se que ainda que a lei ou ato normativo seja produzido sobre as regras constitucionais é preciso que os jurisdicionados (população) o aceite, pois se de fato não o aceitarem a norma padecerá de efetividade.

Estranho falar em aceitação, pois a Constituição Federal Brasileira é rígida, nosso sistema normativo é coercitivo, onde para o descumprimento da legislação há uma proporcional sanção aplicável, o que nos remete a pensar que nosso sistema normativo não é perfeito, pois em um processo de produção legislativo tão complexo e tão amarrado como o brasileiro, em alguns casos não possuir efetividade pela não aceitação dos jurisdicionados é no mínimo estranho.

Para entender essa questão que parece tão complexa, basta que nos reportemos ao preceito constitucional abarcado pela constituição federal como princípio fundamental em seu art. 1° parágrafo único, que diz o poder emanar do povo exercido por seus representantes eleitos democraticamente.

O poder é do povo, assim de nada adianta todos os procedimentos de alta complexidade para produzir uma norma se a população brasileira não concordar com ela.

Mas para tanto, é preciso conhecer o processo legislativo, a função da lei, suas consequências, quem pode produzi-las e por que, sobre tudo o que se modifica na esfera política com a edição de nova lei.

Esse e o ponto principal deste artigo cientifico, demonstrar com o máximo de clareza possível o funcionamento e os responsáveis pela produção das leis que regulam as relações humanas e jurídicas dos brasileiros, pois somente conhecendo o funcionamento e seus responsáveis e que poderemos criticar com fundamento, cobrar das pessoas certas, ou mesmo recusar o cumprimento de uma lei queque julgarmos injusta, aliás como muitas hoje vigentes.

Assim pode o Presidente da República, autoridade máxima do poder executivo federal, sancionar e publicar uma nova lei, todavia, se os brasileiros tiverem conhecimentos suficientes para compreender a importância da lei e criticá-la, poderá sim, recusar seu cumprimento, vez que o poder estará de fato nas mãos do povo.  

5. Da alienação do povofrente as leis

Tenho convicção de que esse é um fato que se aplica ao Brasil como um todo, pois não há interesse algum da população em entender o funcionamento político do país bem como das leis que o regem, obviamente em função da baixa capacidade de compreensão que se abarca na verdadeira ruína que se encontra a educação brasileira, que mais parece estacionada no período em que o Brasil ainda era colônia de Portugal.

Essa pratica atribui-se principalmente a corrupção e as injustiças das mais diversas ordens aqui existentes. É claro que não é de interesse dos políticos ao menos em sua maioria, que se crie uma geração pensante pronta a criticar e lutar por um país melhor mais justo e igualitário, pois se assim fosse não haveria espaço para corrupção.

6. Conclusão

Ha também que se relevar a importância da questão econômica, pois sabendo que o Brasil não possui um sistema educacional adequado para formar um cidadão crítico, ou mesmo um cidadão consciente do país em que vive, é obvio que aqueles que detêm maior poder econômico, representada pela minoria da população, proporcionará a seus filhos uma educação de qualidade, encontrada no Brasil nas redes privadas de ensino, ficando os economicamente desfavorecidos a mercê do poder público.

A solução de longo prazo para essa questão obviamente está na educação, como por exemplo, a revisão da grade escolar de ensino fundamental e médio, incluindo nas aulas a exemplo, noções básicas de direito constitucional, direito do consumidor, normas de transito, direito ambiental, política etc., levando em consideração a idade adequada e maneira de inserção destas disciplinas. O aperfeiçoamento dos professores e condições de trabalho condignas com o valor da profissão que exercem.

Já a solução “prática”, está na reforma política, na extinção de tantos privilégios parlamentares, na inserção de requisitos mínimos plausíveis para o exercício de função de direção do país, no fim da impunidade, em fazer valer verdadeiramente os valores e princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, probidade, eficiência, proporcionalidade etc. 

Acredito que essas são condições mínimas para que um dia tenhamos uma população capaz de compreender e criticar as leis os políticos e os rumos de nosso país.

O brasileiro precisa acordar para a realidade, o poder sempre esteve em nossas mãos com uma condicionante para utilizá-lo, conhecê-lo.  

Referências:
ALVES, José Carlos Moreira. A evolução do controle de constitucionalidade no Brasil. In Documentação e Direito Comparado. Lisboa: Procuradoria Geral da República, 1997.
ARISTÓTELES. A política. 1ª ed. Brasileira. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
ÁVILA, Humberto Bergmann. Medida provisória na constituição de 1988. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1997.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional. 18a. ed., São Paulo: Ed. Saraiva, 1997. Elementos de direito constitucional. 2ª. Ed., São Paulo: EDUC, 1976.
BONAVIDES, Paulo.  Curso de direito constitucional. 7ª ed., São Paulo: Malheiros, 1998. 
CAGGIANO, Mônica Herman Salem. Emendas em medidas provisórias. Revista de Direito Público. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, nº 93, 1990.
CAMPANHOLE, Adriano; CAMPANHOLE, Hamilton Lobo. Atos Institucionais Atos Complementares Leis Complementares. 1ª ed., São Paulo: Editora Atlas S.A., 1971.
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da    constituição. 3ª ed. , Lisboa: Livraria Almedina, 1999.
CANTIZANO, Dagoberto Liberato.  O processo legislativo nas Constituições Brasileira e no direito comparado. Rio de Janeiro: Forense, 1985.
CAPPELLETTI, Mauro.  O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. 2ª ed. Trad. Aroaldo Plínio Gonçalves. Porto Alegre:SérgioAntonio Fabris, 1992.
COELHO, Fábio Ulhoa. Direito e poder: ensaio de epistemologia jurídica. São Paulo: Ed. Saraiva, 1992.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da teoria geral do Estado. 6ª ed., São Paulo: Saraiva, 1979.
FERRAZ, Ana Cândida da Cunha. Conflito entre poderes: o poder congressual de sustar atos normativos do poder executivo. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1994. __________.  Poder constituinte do Estado-Membro. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1979.
FERREIRA, Pinto. Curso de direito constitucional. 10a. ed., São Paulo: Ed. Saraiva, 1999.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves.  Curso de Direito Constitucional. 26ª ed., São Paulo: Ed. Saraiva, 1999.
COCUZZA, Franco Oliveira. O Controle de Constitucionalidade das Medidas Provisórias como Garantia dos Direitos Fundamentais, Dissertação de Mestrado, Centro Universitário Fieo – UNIFIEO, 2005.
GEBRAN NETO, João Pedro. A aplicação imediata dos direitos e garantias individuais: a busca de uma exegese emancipatória. São Paulo: RT, 2002.
MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. O Ordenamento jurídico brasileiro. Regras de Elaboração, Redação, Alteração e Consolidação das Leis. São Paulo: Ed. Saraiva, 2000.
MELLO. José Luiz de Anhaia. Da separação de poderes à guarda da Constituição. São Paulo: RT, 1968.
MELLO FILHO, José Celso de. Constituição Federal anotada. 2a. ed. ampliada, São Paulo: Ed. Saraiva, 1986.
MENDES, Gilmar Ferreira.  Controle de constitucionalidade: aspectos jurídicos e  políticos. São Paulo: Saraiva, 1990.
MONTESQUIEU, Charles de Secondant. O espírito das leis. 4ª ed. Melhorada, Trad. Pedro Vieira Mota, São Paulo: Saraiva, 1996.
MONTORO, André Franco.  Introdução à ciência do direito. 12ª ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 11a. ed., São Paulo: Ed. Atlas, 2002.
NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Manual da monografia jurídica. São Paulo: Saraiva, 2003.
PINHEIRO, Carla. Direito internacional e direitos fundamentais. São Paulo: Atlas, 2001.
QUEIROZ FILHO, Gilvan Correia de. O controle judicial de atos do poder legislativo. Brasília: Brasília Jurídica, 2001.
REALE, Miguel. Aplicações da constituição de 1988. Rio de Janeiro: Forense, 1991.
SAMPAIO, Nelson de Souza.  O processo legislativo. 2ª ed., Belo Horizonte: Del Rey, 1996.
SOARES, A. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2000.
SOUZA JUNIOR, Cezar Saldanha. O tribunal constitucional como poder. Porto Alegre: Memória Jurídica, 2002.
TEMER, Michel.  Elementos de direito constitucional. 7a ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 1990.

Informações Sobre o Autor

Filipe Ferreira da Silva

Advogado militante na advocacia generalista a mais de três anos pós-graduando em direito público pela UNIASSELVI – Centro de Estudo Leonardo da Vinci


Quer participar de um evento 100% gratuito para escritórios de advocacia no digital? Clique aqui e inscreva-se grátis no evento Advocacia Milionária!

A legalidade dos atos praticado pelo MST

Quer participar de um evento 100% gratuito para escritórios de advocacia no digital? Clique aqui e inscreva-se grátis no evento Advocacia Milionária! Ricardo Russell...
Equipe Âmbito
18 min read

A regulamentação do direito à privacidade na era da…

Quer participar de um evento 100% gratuito para escritórios de advocacia no digital? Clique aqui e inscreva-se grátis no evento Advocacia Milionária! Autora: Dardivânia...
Equipe Âmbito
27 min read

Grandes Demais Para Falir: Concentração Bancária e Violação ao…

Quer participar de um evento 100% gratuito para escritórios de advocacia no digital? Clique aqui e inscreva-se grátis no evento Advocacia Milionária! Roberta Webber...
Equipe Âmbito
35 min read

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *