A tendinopatia do supraespinhal é uma lesão ou inflamação do tendão supraespinhal, que liga o músculo supraespinhal ao osso do ombro. Essa condição é comum e pode causar dor significativa, limitando os movimentos e comprometendo a qualidade de vida do paciente. Em casos mais graves, pode se tornar incapacitante e afetar a capacidade laboral.
Causas da tendinopatia do supraespinhal
As principais causas da tendinopatia do supraespinhal incluem:
- Uso excessivo do tendão, como em atividades esportivas ou no trabalho.
- Má execução de exercícios físicos, causando sobrecarga na região do ombro.
- Esforço exagerado, especialmente em atividades repetitivas ou levantamento de peso.
- Trauma, como quedas ou impactos diretos no ombro.
- Envelhecimento, que pode levar ao desgaste progressivo do tendão.
Sintomas da tendinopatia do supraespinhal
Os sintomas da tendinopatia do supraespinhal variam de acordo com a gravidade da condição e incluem:
- Dor na parte frontal do ombro, que pode se estender para o braço.
- Dor e rigidez ao levantar ou abaixar o braço.
- Dificuldade em utilizar a força do ombro para realizar atividades cotidianas.
- Dificuldade para segurar objetos, especialmente acima da cabeça.
Tratamento da tendinopatia do supraespinhal
O tratamento da tendinopatia do supraespinhal pode variar conforme a gravidade da lesão e a resposta do paciente aos métodos terapêuticos. As abordagens mais comuns incluem:
- Repouso para evitar o agravamento da inflamação.
- Fisioterapia, com exercícios específicos para fortalecer a musculatura do ombro.
- Uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para alívio da dor e redução da inflamação.
- Injeções subacromiais para casos mais graves de dor e inflamação.
- Lavagem bursal para remoção de calcificações que possam estar exacerbando os sintomas.
- Terapia extracorpórea por ondas de choque (ESWT) para estimular a recuperação do tendão.
Como prevenir a tendinopatia do supraespinhal
Algumas medidas preventivas podem ajudar a evitar o desenvolvimento da tendinopatia do supraespinhal, incluindo:
- Alongamento dos músculos do ombro antes e depois de atividades físicas.
- Evitar movimentos repetitivos que sobrecarreguem a articulação do ombro.
- Fazer pausas frequentes durante atividades que exigem o uso contínuo dos ombros.
- Manter um bom condicionamento físico para fortalecer a região do ombro e reduzir o risco de lesões.
Tendinopatia do supraespinhal e direitos previdenciários
A tendinopatia do supraespinhal pode dar direito a benefícios previdenciários caso a incapacidade para o trabalho seja comprovada. Entre os benefícios possíveis estão:
Auxílio-doença
Se a tendinopatia do supraespinhal causar incapacidade temporária para o trabalho, o trabalhador pode solicitar o auxílio-doença. Para isso, é necessário:
- Passar por uma avaliação médica no INSS.
- Apresentar laudos e exames que comprovem a tendinopatia.
- Demonstrar que a incapacidade temporária impede o exercício das funções laborais.
Auxílio-doença acidentário (B91)
Caso a tendinopatia do supraespinhal seja decorrente do trabalho, ela pode ser reconhecida como doença ocupacional, garantindo ao trabalhador o auxílio-doença acidentário (B91). Isso também garante estabilidade no emprego por 12 meses após o retorno ao trabalho.
Auxílio-acidente
Se o trabalhador recuperar-se parcialmente da tendinopatia, mas continuar com sequelas que reduzam sua capacidade laboral, ele pode solicitar o auxílio-acidente. Esse benefício é pago como uma indenização mensal e pode ser acumulado com o retorno ao trabalho.
Aposentadoria por invalidez
Nos casos em que a tendinopatia do supraespinhal resulta em incapacidade permanente, impossibilitando o trabalhador de exercer qualquer atividade laborativa, pode ser concedida a aposentadoria por invalidez. Para isso, é necessário:
- Comprovar que a incapacidade é permanente.
- Demonstrar que não há possibilidade de reabilitação profissional para outra função.
Perguntas e respostas
A tendinopatia do supraespinhal pode dar direito ao INSS?
Sim, dependendo da gravidade do caso, a tendinopatia pode garantir benefícios como auxílio-doença, auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente e até aposentadoria por invalidez.
Como comprovar que a tendinopatia foi causada pelo trabalho?
Para ser considerada doença ocupacional, é necessário apresentar laudos médicos, exames, histórico profissional e, se possível, relatórios de ergonomia do ambiente de trabalho.
O trabalhador com tendinopatia tem estabilidade no emprego?
Se a tendinopatia for reconhecida como doença ocupacional e o trabalhador receber auxílio-doença acidentário (B91), ele tem direito à estabilidade de 12 meses após o retorno ao trabalho.
Quanto tempo dura o afastamento por tendinopatia do supraespinhal?
O tempo de afastamento varia conforme a gravidade do caso e a resposta ao tratamento. O INSS avalia a duração do benefício com base na perícia médica.
Conclusão
A tendinopatia do supraespinhal pode afetar significativamente a capacidade laboral do trabalhador. Dependendo da gravidade do caso, o segurado pode ter direito a diferentes benefícios previdenciários. É essencial buscar acompanhamento médico e orientação jurídica para garantir seus direitos.