Burnout: aposentadoria integral é possível?

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A síndrome de burnout é um transtorno ocupacional reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Caracteriza-se pelo esgotamento físico e emocional causado por estresse crônico no trabalho. Os sintomas incluem fadiga extrema, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e apatia.

Quando o burnout pode levar à aposentadoria?

Para que um trabalhador com burnout obtenha aposentadoria, é necessário comprovar a incapacidade permanente para o trabalho. Essa comprovação se dá por meio de laudos médicos e da avaliação pericial do INSS. O trabalhador pode inicialmente solicitar o auxílio-doença e, caso a incapacidade se torne definitiva, requerer a aposentadoria por invalidez.

A aposentadoria por burnout pode ser integral?

A concessão de aposentadoria integral depende de alguns fatores, incluindo o tipo de aposentadoria e a forma como a doença é classificada:

  • Se o burnout for reconhecido como doença ocupacional, o trabalhador pode ter direito à aposentadoria integral, com base na média de todas as suas contribuições.
  • Se o burnout for considerado doença comum, a aposentadoria será calculada conforme a Reforma da Previdência, com um percentual inicial de 60% da média das contribuições, acrescido de 2% ao ano que ultrapassar 20 anos de contribuição para homens e 15 anos para mulheres.

Como solicitar a aposentadoria por burnout?

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O trabalhador que busca a aposentadoria por invalidez devido ao burnout deve seguir os seguintes passos:

  1. Obter laudos médicos detalhados, emitidos por psiquiatras e psicólogos.
  2. Realizar exames complementares que comprovem a gravidade do transtorno.
  3. Solicitar o auxílio-doença junto ao INSS e passar por uma perícia médica.
  4. Caso a incapacidade se torne definitiva, solicitar a conversão do benefício para aposentadoria por invalidez.

Se o pedido for negado, o trabalhador pode recorrer administrativamente ou ingressar com uma ação judicial.

Perguntas e respostas

Quem tem burnout pode se aposentar com valor integral?

Depende. Se o burnout for reconhecido como doença ocupacional, a aposentadoria pode ser integral. Caso seja tratado como doença comum, o cálculo seguirá as regras da Previdência Social.

Como comprovar que o burnout é decorrente do trabalho?

Por meio de laudos médicos, relatórios psicológicos, depoimentos de colegas e registros que demonstrem excesso de cobranças e condições inadequadas de trabalho.

O que fazer se o INSS negar a aposentadoria por burnout?

O trabalhador pode recorrer administrativamente no INSS e, se necessário, ingressar com uma ação judicial para comprovar a incapacidade.

Existe estabilidade no emprego para quem tem burnout?

Se o burnout for reconhecido como doença ocupacional, o trabalhador pode ter direito a estabilidade de 12 meses após o retorno ao trabalho.

Conclusão

A possibilidade de aposentadoria integral por burnout depende da classificação da doença como ocupacional ou comum. A comprovação da incapacidade é fundamental para garantir o benefício, e o trabalhador pode recorrer caso tenha seu pedido negado. O suporte médico e jurídico adequado é essencial para assegurar os direitos do segurado.

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