Fonte – Cleinaldo Simões Assessoria
Num contexto político, social e econômico que permitiram série de reformas legais que flexibilizam direitos nas relações do trabalho, chega às livrarias do país A Doutrina Trabalhista Brasileira, do historiador e advogado Nelson Câmara (Editora Brasil Multicultural, 664 páginas, R$ 70,00. Jornalista que migrou jovem para a advocacia, há mais de quarenta anos Nelson Câmara advoga para entidades sindicais como ferroviários, eletricitários, propagandistas e representantes da indústria
farmacêutica, dentre tantas outras categorias. Autor de dezenas de obras, realizou desde os anos 80 extensa pesquisa com entrevistas para expor como e quais contextos sociais, econômicos e políticos foram determinantes para a formação do pensamento das relações entre capital e trabalho no país e sua disposição na legislação. As íntegras de entrevistas adicionam valor inestimável ao material publicado. O leitor encontra depoimentos de algumas das figuras mais relevantes na estrutura do pensamento trabalhistas como Alceu de Deus Collares, Almino Monteiro Álvares Afonso, Anselmo Farabulini Júnior, Carlos Alberto Gomes Chiarelli, Jânio
da Silva Quadros, João Pinheiro da Silva Neto, Joaquim Canuto Mendes de Almeida, Joaquim dos Santos Andrade (Joaquinzão), José Antônio Fonseca Rogê Ferreira, Mario Alberto Nobre Lopes Soares, Rômulo Barreto de Almeida, Theotônio dos Santos Junior e Willy Brandt.
Pedro Paulo Teixeira Manus, Ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho, Professor Titular e Diretor da Faculdade de Direito da PUC-SP, escreve na apresentação que a obra mostra magnífico panorama do nosso mundo do trabalho, ao longo da história. “Afirma o autor que os pilares básicos do trabalhismo como
doutrina política se constituem na ideia do primado do trabalho sobre o capital. Daí o corolário lógico sobre qual o processo produtivo deve ajustar-se, no sentido de produzir, em benefício da população, combinando eficiência, produtividade, crescimento econômico com distribuição de benefícios (aumentando salários e indiretamente distribuindo os mais diversos serviços públicos).
– A obra está dividida em seis grandes blocos de informações e reflexões, norteado pela cronologia dos fatos ao longo dos quais o autor, de forma suave a convidativa, sem perder a firmeza de suas colocações, reflete sobre o conceito do Trabalhismo como doutrina socializante, mas que vai muito além das doutrinas políticas, tendo como objetivo o ser humano, que é o agente do trabalho, e que merece o papel de destaque na nossa sociedade, expôs o professor o Pedro Paulo Teixeira Manus
A obra inclui apresentação também no Senador da República Paulo Paim, para quem “não podemos perder o horizonte da liberdade, da democracia, da perseverança de que dias melhores virão e do entendimento de que “o fácil fizemos ontem, o difícil realizaremos hoje, o impossível alcançaremos amanhã”. Tudo está em nossas mãos. Somos todos livres, como livres são os ventos e as águas que nascem nas alturas das montanhas e nos picos celestiais. Por isso, é preciso cada vez mais lapidar a pedra da sabedoria, ajustar os ângulos, buscar o equilíbrio para encontrar o caminho da felicidade. Só o amor e tão somente o amor irá transformar o nosso
Brasil em uma nação soberana, justa e solidária”.
Saiba mais
Nelson Câmara tem marcante trabalho sobre a história do ambiente e personagens do cenário brasileiro, notadamente a trilogia “O Advogado dos Escravos”, “Escravidão Nunca Mais”, “A Camélia Branca 1882”. Preside ainda a Academia Mackenzista de Letras é autor de John Theron Mackenzie, Vida e Legado, que conta a história da Universidade Presbiteriana Mackenzie.