Como recorrer de indeferimento de benefícios do INSS

O indeferimento de benefícios pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma situação frustrante para muitos segurados que dependem desse suporte financeiro.

Apesar de ser um obstáculo, o indeferimento não significa o fim do processo. É possível recorrer administrativa ou judicialmente para reverter a decisão e garantir o recebimento do benefício.

Neste artigo, você encontrará informações completas sobre como proceder em caso de negativa do INSS, quais são os direitos dos segurados e como aumentar as chances de sucesso no recurso.

Motivos mais comuns para o indeferimento de benefícios

O INSS pode negar um pedido de benefício por diversos motivos, sendo os mais comuns:

  • Falta de comprovação do tempo de contribuição
  • Ausência de documentos exigidos no processo
  • Erros no cadastro do segurado no sistema do INSS
  • Dados inconsistentes no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)
  • Avaliação médica desfavorável em casos de incapacidade temporária ou permanente
  • Renda familiar superior ao limite permitido para benefícios assistenciais

Compreender o motivo do indeferimento é o primeiro passo para elaborar um recurso eficiente e corrigir as falhas apontadas pelo INSS.

Como verificar o motivo da negativa

O segurado pode consultar o motivo do indeferimento diretamente pelo site ou aplicativo Meu INSS.

Após fazer login, é necessário acessar o histórico do pedido e verificar o detalhamento da decisão.

Também é possível entrar em contato com a Central de Atendimento pelo telefone 135 ou comparecer presencialmente a uma agência do INSS para solicitar o acesso ao processo.

Essa etapa é fundamental para entender o que precisa ser corrigido ou complementado antes de apresentar o recurso.

Recursos administrativos no próprio INSS

Se o benefício foi negado, o segurado pode apresentar um recurso administrativo diretamente ao INSS.

O recurso deve ser feito no prazo de 30 dias a partir da notificação do indeferimento.

O processo pode ser iniciado pelo portal Meu INSS, pelo telefone 135 ou presencialmente em uma agência do INSS.

É essencial anexar novos documentos que comprovem o direito ao benefício, corrigindo eventuais falhas apontadas na análise inicial.

Após o protocolo, o recurso será analisado pela Junta de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), um órgão independente do INSS responsável por revisar a decisão.

Documentos necessários para recorrer

A elaboração do recurso exige a apresentação de documentos que sustentem o direito ao benefício solicitado.

Entre os documentos mais comuns estão:

  • Identidade e CPF do segurado
  • Cópia do indeferimento do benefício
  • Carteira de trabalho e extrato do CNIS
  • Carnês de contribuição e guias de recolhimento
  • Laudos médicos atualizados, em casos de incapacidade
  • Declarações de dependência econômica para pensão por morte
  • Certidões e registros de atividade rural ou especial, se aplicável

Esses documentos devem ser organizados de forma clara para facilitar a análise do recurso.

Prazo para análise do recurso administrativo

Após a apresentação do recurso, o INSS tem o prazo de 85 dias para analisá-lo e emitir uma nova decisão.

Se houver atraso na resposta ou nova negativa sem justificativa plausível, o segurado pode ingressar com uma ação judicial para acelerar o processo.

Quando buscar a via judicial

Se o recurso administrativo não for suficiente para reverter a decisão ou houver demora na análise, o segurado pode recorrer à Justiça.

A ação judicial é especialmente indicada nos seguintes casos:

  • Indeferimento por erro no cálculo do tempo de contribuição
  • Negativa baseada em laudos médicos divergentes
  • Benefícios assistenciais negados por problemas no CadÚnico
  • Revisões de valores não reconhecidas administrativamente

O processo judicial deve ser acompanhado por um advogado especializado em direito previdenciário, que poderá apresentar as provas necessárias e argumentar a favor do segurado.

Vantagens da ação judicial

Recorrer à Justiça pode trazer benefícios importantes, como:

  • Análise detalhada das provas e documentos apresentados
  • Possibilidade de perícia judicial imparcial em casos de incapacidade
  • Reconhecimento de períodos de contribuição não computados pelo INSS
  • Garantia de pagamento retroativo dos valores devidos desde a data do requerimento

Embora o processo judicial possa ser mais demorado, ele oferece maior segurança jurídica para o segurado.

Dicas para aumentar as chances de sucesso

Algumas medidas podem fazer a diferença no resultado do recurso:

  • Revisar os documentos antes de protocolar o pedido
  • Atualizar os dados cadastrais no sistema do INSS
  • Consultar o histórico de contribuições no CNIS e corrigir inconsistências
  • Solicitar laudos médicos mais detalhados e recentes
  • Contar com o suporte de um advogado previdenciário para revisar os argumentos e preparar o recurso

Essas ações aumentam as chances de aprovação e evitam novos indeferimentos.

O papel do advogado previdenciário no recurso

Embora o recurso administrativo possa ser feito diretamente pelo segurado, contar com um advogado especializado em direito previdenciário traz mais segurança ao processo.

O advogado é responsável por:

  • Identificar as falhas na análise do INSS
  • Orientar sobre documentos adicionais que devem ser apresentados
  • Elaborar um recurso bem fundamentado, com base na legislação
  • Representar o segurado em ações judiciais, se necessário
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Esse acompanhamento é essencial, principalmente em casos mais complexos, como benefícios assistenciais e aposentadorias especiais.

Conclusão

O indeferimento de benefícios do INSS não é o fim do processo. Os segurados têm o direito de recorrer administrativamente ou judicialmente para buscar a concessão do benefício solicitado.

Entender os motivos da negativa, reunir a documentação adequada e contar com o apoio de um advogado previdenciário são passos fundamentais para aumentar as chances de aprovação.

Com preparação e estratégia, é possível reverter a decisão e garantir o acesso aos benefícios previdenciários, assegurando a proteção financeira em momentos de necessidade.

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