A Assembleia Legislativa do estado brasileiro de Rio de Janeiro aprovou uma polêmica lei que procede ao lendário estádio Maracaná com o nome de Edson Arantes do Nascimento- Rei Pelé, considerado pela paixão do país como melhor futebolista de todos os tempos.
Pese a que os legisladores destacaram que se trata de um merecido homenagem em vida ao três vezes campeão mundial, a lei gerou uma intensa polêmica devido a que deixa no esquecimento ao jornalista Mário Filho, que lhe dá atualmente o nome ao estádio que tem sido cenário dos finais dos Mundiais de 1950 e 2014. A mudança de nome do estádio tem sido criticada pelos familiares de Mario Filho, por historiadores e por alguns setores da imprensa.
O autor da lei, o deputado esquerdista André Ceciliano alegou que o complexo esportivo que abriga o estádio Maracanã, que inclui o ginásio do Maracanãzinho, o parque aquático Júlio Delamare e a Pista de atletismo Célio de Barros, manteria o nome de Mario Filho homenageando ao jornalista.
Somente o estádio de futebol, que abrigou igualmente a final de futebol e a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Rio de Janeiro 2016, teria o nome de Pelé.
O projeto de lei foi avaliado pelo pleno do Legislativo Regional em regime de urgência e por votação simbólica, quer dizer na que somente intervieram os porta-vozes de cada partido.
O esquerdista do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) manifestou sua rejeição à iniciativa.
Ceciliano rejeitou as críticas de aqueles que consideram como proselitismo o uso de nomes de personalidades vivas para batizar espaços públicos. “Nesse caso, trata-se de um justo homenagem a uma pessoa reconhecida mundialmente por seu legado no futebol brasileiro e pela prestação de importantes serviços ao nosso país”, afirmou.
Melhor conhecido por Mário Filho, foi um jornalista e escritor brasileiro. Foi o principal impulsor da ideia de que Brasil crie o maior estádio do mundo para o Mundial que no país organizou em 1950 e defendeu que o mesmo fosse ereto no bairro Maracanã, próximo ao centro da cidade e não num bairro distante. É irmão do dramaturgo Nelson Rodrigues. É considerado o impulsor do jornalismo esportivo do Brasil. Mario Filho faleceu de um ataque cardíaco no dia 17 de setembro de 1966, aos 58 anos. Em seu honor o Estádio do Maracanã, foi renomeado Estádio Jornalista Mário Filho.
O Estádio Jornalista Mário Filho foi o maior do Brasil e foi o maior do mundo durante muito tempo. Foi sede das Copas do Mundo de Futebol em 1950 e 2014, E em ambas também foi sede dos encontros que definiram o título.
Somente faltava a opinião do governador interno do Rio, Carlos Castro, ele desistiu e pediu vetar o projeto, dando fim à polêmica.
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