A ajuda de um urologista é fundamental para investigar a condição e iniciar um tratamento adequado para cada caso
Diversas questões podem afetar o desempenho sexual masculino, como os distúrbios da ejaculação. Esses problemas frequentemente impedem o alcance da plena satisfação e, consequentemente, podem impactar a qualidade de vida. A ajuda de um urologista é fundamental para investigar a condição e iniciar um tratamento adequado para cada caso. Além disso, suplementos naturais, como a maca peruana, têm sido considerados uma opção complementar no tratamento e na promoção da saúde sexual masculina.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), os distúrbios ejaculatórios são problemas médicos que impactam a capacidade normal de um homem ejacular durante o ato sexual ou masturbação. Essas condições podem abranger uma diversidade de aspectos associados ao processo de ejaculação, como ejaculação precoce, retardada, retrógrada e anejaculação (ausência de ejaculação).
As causas podem ser as mais diversas possíveis e incluem, por exemplo, questões emocionais e psicológicas, traumas físicos e cirúrgicos e problemas hormonais. Já o tratamento para esses distúrbios podem variar conforme o tipo de problema e as causas.
Algumas abordagens podem incluir terapia comportamental, medicamentos, suplementação, aconselhamento de casal e, até mesmo, a combinação de abordagens para um acompanhamento multifatorial. É importante consultar um profissional de saúde especializado para um diagnóstico correto e um plano de tratamento personalizado, inclusive quando a escolha envolver a suplementação com produtos como a maca peruana.
Ejaculação precoce
Dentre esses distúrbios, a ejaculação precoce ou rápida é a mais conhecida, tendo o maior número de queixas nos consultórios – 20% a 30% dos homens – segundo dados da SBU. A inibição diante do parceiro sexual, a falta de experiência ou o medo de obter um mau desempenho no momento do sexo podem gerar um intenso estado de ansiedade e prejudicar a satisfação dos envolvidos no ato.
Conforme o Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul, alguns estudiosos caracterizam essa disfunção também como a incapacidade de satisfazer a parceira ou parceiro em, pelo menos, 50% das relações sexuais, considerando que ela ou ele não apresente problemas que impeça o orgasmo.
Isso porque essa disfunção faz com que o homem ejacule mais rapidamente do que o esperado e desejado. Isso significa que a ejaculação acontece diante do menor estímulo sexual ou assim que ocorre a penetração. A condição, contudo, é reversível por meio de sessões de psicoterapia ou pelo uso de medicações, por exemplo.
Ejaculação retardada
Ao contrário da ejaculação precoce, a ejaculação retardada é caracterizada pela dificuldade extrema em ejacular, mesmo quando o homem está excitado sexualmente ou sente vontade em fazê-lo. Em determinadas situações, a ocorrência da ejaculação pode ser inexistente.
A incidência desse distúrbio é menos comum em comparação com a ejaculação precoce, de acordo com a SBU, atingindo aproximadamente 5% dos homens em algum ponto de suas vidas. Esse índice, no entanto, pode ser subestimado, pois muitos homens optam por não relatar tal condição.
Ejaculação retrógrada
No caso da ejaculação retrógrada, o líquido seminal vai para dentro da bexiga, percorrendo um trajeto inverso ao de saída pelo pênis. Essa é considerada uma falha do mecanismo fisiológico da ejaculação normal.
Após a relação sexual, o homem pode notar em sua urina uma presença mais densa e espumosa, devido à presença do sêmen. As causas são diversas, podendo incluir doenças neurológicas e degenerativas, diabetes, cirurgias abdominais ou da próstata, com método de tratamento e medicação específicos e traumas medulares.
Anejaculação
A anejaculação é a falta total de ejaculação e atinge aproximadamente 5% da população masculina. Ela é caracterizada pela ausência de ejaculação na hora “H” ou durante a masturbação. Nesse distúrbio ocorre um controle involuntário excessivo que faz com que o homem não consiga ejacular, mesmo tendo ereção e sensação de prazer.
De modo geral, os responsáveis por este problema são transtornos emocionais, lesões na medula espinhal, danos nos nervos que controlam a ejaculação e esclerose múltipla. Além disso, algumas doenças podem impactar os vasos sanguíneos e os nervos relacionados à função sexual.
Também são causas possíveis de anejaculação os efeitos colaterais de certos medicamentos ou de determinadas cirurgias na região geniturinária ou pélvica, por interferirem nos impulsos nervosos responsáveis pela ejaculação.