ESG e diversidade: como o RH pode impulsionar essa agenda?

Por Thiago Xavier

Incorporar a agenda ESG, voltada ao desenvolvimento dos pilares ambientais, sociais e de governança corporativa, é uma decisão muito importante, uma vez que assumir esse compromisso demonstra intensa responsabilidade em fazê-los valer internamente, moldando a cultura da empresa e assegurando práticas que atinjam esse resultado permanentemente. Neste processo, o RH desempenha um papel fundamental em criar essas conexões, promovendo esse novo mindset em sua relação com os movimentos de pessoas internamente para que este propósito da empresa possa existir.

A agenda de ESG engloba todo o ecossistema da empresa, tanto internamente como externamente. Contudo, toda essa abrangência é um dos fatores que pode dificultar sua implementação para aquelas que não tiverem uma clara compreensão do que significa iniciar este processo.

Como o RH pode colocar em prática a agenda ESG?

Por isso, o departamento de recursos humanos precisa ser incluído nessa jornada, sendo uma área ativa por promover uma reflexão sobre o tema e integração com a área de times para que seu propósito seja atingido. Seja através de treinamentos, palestras, processo de onboarding, ou o conjunto dessas e de outras ações, incorporar os pilares ambientais, sociais e de governança internamente dependerá de uma transformação da cultura organizacional, e da forma pela qual esse tema será tratado e trazido para o dia a dia de cada um dos setores da companhia.

Tal compromisso (metas de ESG), ao se tornar público, demonstra que a empresa em questão se posiciona e assume seu papel dentro desse grande ecossistema. Com isso, é natural que a companhia irá se associar com consumidores, clientes e fornecedores que estejam em alinhamento com esse posicionamento.

Da perspectiva de atração de talentos, as companhias tenderão a atrair mais profissionais aderentes a estes ideais, e que desejarão enxergar como eles são aplicados no dia a dia da empresa.

Todos esses compromissos precisam ser traduzidos em metas e ações ao longo do tempo. Como prova disso, em dados divulgados pela pesquisa “Futuro do Trabalho”, 60% dos millennials (nascidos entre 1981 e 1996) confirmaram que se sentiriam mais inspirados a trabalhar em empreendimentos que adotem essa política internamente.

Todos os profissionais – até mesmo, aqueles que cogitam ingressar na companhia – precisam enxergar claramente este tema, contando com o apoio do RH para levar estes valores aos funcionários, como forma de conscientização sobre a importância para a marca.

A “tradução” de tais compromissos públicos de ESG passarão por pequenas metas/tarefas do dia a dia, até chegarmos a mudanças mais estruturais com indicadores de sucesso mensuráveis e palpáveis, sendo algo notório para todos os diferentes stakeholders da empresa – até porque, tais stakeholders deverão também ser medidos e cobrados por tais ações, uma vez que estes estão na cadeira de fornecimento da companhia.

Portanto, defina quais serão os resultados a serem conquistados dentro da realidade da empresa, se são coerentes, e nunca se acomode. Essas metas devem ser revisitadas periodicamente, para que estejam sempre alinhadas ao propósito maior do negócio. Estes acordos, moldados ao comportamento dos times, darão todo o suporte necessário para que o ESG se torne uma realidade eficaz na empresa e em seus membros.

 

Thiago XavierThiago Xavier é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

Sobre a Wide:

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Com mais de 50 anos somados de recrutamento especializado o propósito da Wide, empresa de recrutamento e seleção de alta gerência, é construir legados, seja o das empresas contratantes, o dos candidatos e o seu próprio.

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