Desde que a Reforma Trabalhista foi sancionada, em 13 de julho de 2017, empresas e empregados se viram desobrigados a contribuir com os sindicatos, o que levou muitos deles a se reinventarem. E vemos agora, quase três anos depois, uma nova etapa de transformação, acelerada de forma nunca imaginada por um vírus. Embora ainda se tenha resquícios de uma certa reserva por parte da sociedade em relação aos sindicatos, creio que o momento é de recomeçar e rever muitos conceitos. Um deles, diz respeito ao papel de um sindicato e sua missão. Há entidades sérias que estão buscando realizar um trabalho competente e que traga benefícios não apenas aos seus representados mas também à sociedade em geral.
Aonde quero chegar com tudo isso? Estávamos falando da reinvenção dos sindicatos. Bem, a entidade que presido há nove anos, o SINOG (Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo) não passou exatamente por uma reinvenção porque é um sindicato patronal criado em 1996 com o propósito de garantir a perenidade da odontologia de grupo, defendendo, representando e informando seus associados, com foco nas melhores práticas em saúde suplementar. E assim temos trabalhado desde então.
Dessa forma, o Sinog é hoje a entidade mais atuante junto às operadoras de planos odontológicos, promovendo o intercâmbio de informações entre os associados e incentivando o debate entre operadoras, agência reguladora, prestadores de serviço e população em geral. Mas, isso não significa que não precisamos evoluir. Cada vez mais, um sindicato precisa se profissionalizar. Afinal, como ser um agente que conversa com diversas esferas se não estiver preparado e munido de profissionais técnicos capacitados?
O ato de se profissionalizar implica em ter uma visão em 360º graus, a fim de melhorar a gestão da instituição e promover a administração mais eficiente de diversos processos internos e, consequentemente, trazer um impacto positivo a seus associados com benefícios e oferta de serviços de qualidade e de relevância.
Os dias atuais vislumbram um cenário futuro de maior cooperação, digitalização e conexão, ultrapassando as barreiras físicas para uma sociedade mais justa e saudável no sentido mais holístico da palavra. E é assim que vejo todos os sindicatos trabalhando. É dessa forma que acredito que faremos a diferença para um mundo melhor.
Por Geraldo Almeida Lima, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (SINOG)