Por: Rodrigo Gonzalez – Diretor Jurídico Âmbito Jurídico
Muito mais que um evento de tecnologia, o SXSW segue abrindo linhas de conhecimento e cada vez mais traz programações sobre arte e criatividade para sua programação. Tudo isso juntamente com nomes de muito peso na programação.
O 5º dia foi o momento de ouvir algumas “celebridades”. Na agenda, nomes como Mark Zuckerberg e Maria Ressa, prêmio Nobel da Paz em 2021. Outro tema muito importante foi sobre jogos eletrônicos, que, hoje, representam uma indústria que movimenta bilhões de dólares anualmente, inclusive já superando (em muito) a indústria do cinema, mas com uma perspectiva enorme de crescimento com a chegada do metaverso.
Merece destaque a palestra da Maria Ressa, que foi obrigada a fazer sua apresentação de forma online, pois o governo das Filipinas não autorizou a viagem. Ela discutiu o modelo que as informações estão circulando na internet e nas redes sociais, o papel do jornalismo e como isso tem contribuído para levar governos “ditatoriais” ao poder e como as pessoas reagem a eles.
Já o Mark Zuckerberg, fundador do Facebook (recentemente rebatizado Meta) apresentou sua visão do que ele entende que será o metaverso e como as pessoas poderão se beneficiar dessas soluções. Uma colocação importante foi a definição trazida do metaverso, que para ele seria um ambiente digital que proporcionasse a sensação da pessoa estar presente fisicamente. Interessante, não?!
Para estudiosos do direito, o evento tem muitos momentos onde a inovação e a mudança de hábitos gera conflitos com o direito que está posto, mas também gera desafios para a atualização daquilo que vemos como certo e errado.
Um importante painel ontem deu força ao debate do uso de substâncias psicoativas em tratamentos psiquiátricos ou psicológicos. No painel estavam presentes professores de grandes instituições de ensino, como a Universidade de Nova York, Instituto John Hopkins, Imperial College de Londres. Todos apontaram os resultados positivos de suas pesquisas com o uso de substâncias psicoativas que hoje são proibidas, como a psilocibina (que também é usada na produção de LSD), mas menos entorpecentes e com menos efeitos adversos que medicamentos que hoje são aprovados para uso medicinal.
Junto com todo esse conhecimento, pesquisa e inovação, o número de apresentações artísticas impressiona. Culturas dos mais diversos países são expostas aqui nas expressões de músicos e cinegrafistas, gerando uma conexão única entre a inovação e o conhecimento.