Mais do que cumprir uma função de suporte imediato para lojas virtuais, setores de TI devem assumir o protagonismo na execução de projetos que aprimorem essa relação à distância com o público consumidor
A consolidação do e-commerce no Brasil não é uma novidade. Afinal, trata-se de uma tendência potencializada pela transformação digital e a própria globalização, fenômeno responsável por conceder novas possibilidades de comunicação e relações interpessoais. O grande desafio repousa na forma que a empresa recebe essa inovação no processo de vendas. Não basta oferecer um serviço ou produto de qualidade, a complexidade imposta às jornadas de compra é crescente e acompanha as exigências de uma população cada vez mais atenta às novidades do mercado.
É justamente visando preencher essa lacuna que a adoção tecnológica surge como uma alternativa imprescindível. Investir na estruturação do departamento de TI é o mesmo que se mostrar preparado para otimizar procedimentos e conceder uma abordagem estratégica inovadora, totalmente embasada na análise de dados. Em outras palavras, o gestor ganha a seu favor os benefícios de uma visão tecnológica ampla, sobre o comportamento dos consumidores, tendências no segmento e melhores decisões para o andamento do negócio.
Resposta eficaz à pandemia e realidade para o futuro
Com as adversidades impostas pelo período de pandemia, muito antes de se pensar na normalização das atividades, a utilização do e-commerce tornou-se a única opção para assegurar que os resultados não decaíssem drasticamente. Diversos levantamentos comprovaram essa afirmação, a exemplo de um estudo publicado pela Compre e Confie, que só no início do mês de março, indicou um crescimento de 40% no setor.
Não há como negar o papel emergencial do e-commerce no contexto de coronavírus. A política sanitária de distanciamento social escancarou a importância de se imaginar modelos operacionais capazes de sustentar um serviço virtual de qualidade técnica e estrutural. Hoje, olhando para o futuro, a presença das empresas no ambiente digital não é uma vertente secundária ou de mera contenção responsiva a problemas externos, mas uma sinalização positiva à implementação tecnológica e suas contribuições indispensáveis nos dias atuais. Uma organização que ignora esse braço comercial flerta com um ostracismo perigoso em um mercado cuja competitividade acompanha a evolução dos métodos.
Flexibilidade e rapidez para a área de vendas
É através de uma equipe de TI capacitada que se pode almejar um departamento de vendas mais assertivo e agilizado. Fica a cargo do gestor proporcionar as ferramentas necessárias para que o profissional continue ciente às atualizações do meio, assim como às práticas mais indicadas na área de atuação. Soluções automatizadas, softwares de gestão, são outras possibilidades de se elevar a produtividade dos envolvidos nos procedimentos por trás do e-commerce.
Como conceber que os serviços online sejam empregados com excelência se não existe qualquer sustentação por trás da plataforma de produtos? O respaldo tecnológico não é um mero capricho interno ou uma espécie de despesa desnecessária, é através de sua influência sentida no cotidiano operacional que se torna plausível a consolidação de pilares fundamentais para qualquer sistema de comercialização digital.
Porta de entrada ao Customer Experience
No início do artigo, destaquei a relevância de se pensar além do produto oferecido, ainda que o mesmo tenha a qualidade desejada. Atentar-se a cada etapa do processo de compra pode ser determinante para fidelização do usuário e consequentemente, a conquista de um novo cliente. Ao trazermos essa noção ao espaço da web, o grau de dificuldade é impulsionado por uma quantidade elevada de informações lançadas de forma incessante ao internauta, que já não possui tempo e disposição para se aprofundar em todas as oportunidades identificadas.
Qual é o caminho para se diferenciar entre tantas empresas? O conceito de Customer Experience é uma resposta factível para esse questionamento, pois atribui a devida complexidade à jornada de aquisição por parte de cada usuário, considerando aspectos comportamentais, dados relacionados à persona, público-alvo, regionalidade, bem como outras características facilitadas pela presença da tecnologia. No fim, o investimento na construção de um ecossistema de TI corresponde às melhores práticas de e-commerce, mantendo a empresa em uma estabilidade operacional suportada pela precisão da máquina. O resultado é uma competitividade evolutiva em um mercado extremamente caótico e rigoroso.
Qual é a sua opinião sobre a transição ao digital e o impacto para o e-commerce? Participe do debate e faça essa reflexão!
*Everton Moreira é CEO da Avanter. Tecnologia aliada ao crescimento das companhias, a Avanter é mais que um parceiro tecnológico. Com sólidos conhecimentos e experiência em operações de missão crítica, a empresa participa tanto do lado da sustentação tecnológica quanto do planejamento estratégico de seus clientes, levando a tecnologia como ferramenta de evolução. Atua com quatro frentes: Infraestrutura, Telecom, E-commerce e Aplicativos, além disso mantém uma matriz em São Paulo e filial em Florianópolis, um dos polos tecnológicos do Brasil.