A interdisciplinaridade na educação ambiental e sua aplicação no ensino superior

Resumo: O presente estudo aborda a questão ambiental e sua aplicação de forma interdisciplinar em uma Instituição de Ensino Superior, com foco na formação do aluno cidadão. A pesquisa teve como campo de estudo a Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí/MG – FACTU, utilizado como metodologia uma pesquisa de campo, por amostragem com todos os cursos em funcionamento na instituição em questão, sendo entrevistados 02 (dois) alunos de cada disciplina ligada à questão ambiental e/ou o desenvolvimento sustentável. Ressaltando que, em virtude da ausência de oferta das disciplinas em todos os semestres também foram pesquisados alunos que já cursaram as disciplinas em outros semestres. Adotou-se uma abordagem quantitativa para identificar se essas disciplinas fizeram diferença ou não no comportamento dos alunos em relação aos problemas ambientais. Na revisão bibliográfica esboçou-se de maneira clara e objetiva a visão de diversos autores diante os temas Educação Ambiental e suas formas de ensino, Contribuição da sustentabilidade para a educação ambiental, Conceito de interdisciplinaridade e sua aplicação na educação ambiental e a Educação Ambiental no ensino superior e sua importância na formação do aluno cidadão. Temas esses escolhidos para auxiliar na compreensão da eficácia dessas disciplinas disponíveis na instituição para a formação do profissional como cidadão consciente.

Palavras Chave: Educação Ambiental; Desenvolvimento Sustentável; Cidadania.

Abstract: This study addresses the environmental issue and its application in an interdisciplinary way in a Higher Education Institution, focusing on training the student citizen. The field research was to study the Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí / MG – invoicing, used as a field research methodology, sample all the courses running in the institution in question, being interviewed two (02) students in each discipline related to the environmental and / or sustainable development. Noting that, because of the lack of supply of disciplines in all semesters were also surveyed students who have attended the courses in other semesters. We adopted a quantitative approach to identify whether these disciplines have made a difference or not in the students’ behavior in relation to environmental problems. In the literature review lays out clearly and objectively the view of several authors on topics Environmental Education and their ways of teaching, contribution to sustainable environmental education, interdisciplinary concept and its application in environmental education and environmental education in higher education and its importance in shaping the student citizen. These topics chosen to aid in understanding the effectiveness of these disciplines available in the institution for the training of professional and conscientious citizen.

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Keywords: Corporate Environmental Education for Sustainable Development; Citizenship.

Sumário: Introdução; 1 Intróito Ao Estudo Da Educação Ambiental; 1.1 Conceito de Educação Ambiental E Sua Percepção Histórica; 1.2 Formas de Educação Ambiental: Ensino Informal E Na Educação Regular; 2 O Desenvolvimento Sustentável e sua Contribuição Para A Educação Ambiental; 2.1 Desenvolvimento Sustentável: Conceito e Aspectos Importante; 2.2 Contribuições Do Desenvolvimento sustentável para o Ensino da Educação Ambiental; 3 Interdisciplinaridade: Uma Analise Crítica Do Conceito e Aplicação na Educação Ambiental; 4 Educação Ambiental No Ensino Superior e a Importância Para A Formação Do Aluno Cidadão; 5 Metodologia. 6 Resultados: Discussão e Análise; Considerações Finais; Referências.

Introdução

O presente trabalho enfatiza a questão ambiental no Ensino Superior, tendo como problemática a seguinte questão: qual a importância da sustentabilidade e da educação ambiental apresentada de forma interdisciplinar no Ensino Superior para a formação do aluno cidadão?

Assim, o objetivo geral do presente trabalho está em verificar a importância da sustentabilidade e da Educação Ambiental na formação do aluno cidadão, enquanto este está ingresso no Ensino Superior, tendo em vista a atuação de forma interdisciplinar do referido instituto.

Para atingir uma solução a problemática apresentada, definiu-se os seguintes assuntos a serem relatados: conceito de educação ambiental e como a mesma pode ser ensinada, a contribuição da sustentabilidade para a Educação Ambiental, o que é realmente a interdisciplinaridade e sua função na Educação Ambiental e por fim, como ocorre a Educação no Ensino Superior e sua importância na formação de cidadãos conscientes capazes de modificar a sociedade atual, visando o bem esta das gerações futuras.

Este trabalho justifica-se pelo fato de que a humanidade ainda acredita que a Educação Ambiental é apenas apresentada no ensino formal, principalmente direcionados as crianças e aos adolescentes, como elementos de formação inicial, considerando ainda que, a educação ambiental não pode ser aproveitada no ensino não formal, utilizando de experiências do dia-a-dia como forma de conhecimento e conscientização. Surge assim, o presente trabalho que busca verificar se a educação ambiental aplicada também no Ensino Superior pode ser considerada uma oportunidade para atuar na formação do aluno, além de atuar também na formação da capacidade do aluno como cidadão e como profissional.

Este tema é de extrema relevância para a sociedade já que o mesmo irá contribuir para o entendimento de vários aspectos ligados à Educação Ambiental no Ensino Superior e sua importância para a formação de cidadãos  cientes e com capacidade crítica em relação as questões que envolvem a destruição do meio ambiente, que ainda eram desconhecidos por muitos.

Além de abordar assuntos que contribuem para o entendimento do sentido do desenvolvimento sustentável, os benefícios que ele pode trazer para o Ensino Superior e para os futuros profissionais, além de contribuir para os aspectos que envolvem as esferas social, político, tecnológico, diretamente ligadas aos alunos.

Assim, o presente trabalho traz em seu capítulo primeiro os principais aspectos em relação à educação ambiental, apresentando seu conceito, suas formas de atuação, como ela pode ser aplicada de maneira formal e informal.

Já o segundo capítulo ressalta a importância do desenvolvimento sustentável para a educação ambiental, o conceito desse desenvolvimento e suas implicações na educação.

O terceiro capítulo trata-se de conceituar a interdisciplinaridade e identificar sua forma de aplicação na educação ambiental.

Por fim, no terceiro capítulo traz a educação ambiental no ensino superior e sua importância no desenvolver de alunos cidadãos.

1 Intróito ao Estudo da Educação Ambiental

1.1 Conceito de Educação Ambiental e sua Percepção Histórica

Iniciando o presente estudo, é importante ressaltar que segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1997) o ato de se relacionar a educação com a vida do aluno não é algo novo, existem indícios no Brasil desde a década de 60, mas a partir da década de 70, houve o aumento dos movimentos relacionados ao meio ambiente, quando se passou a ter a existência da expressão Educação Ambiental, que tem como foco qualificar iniciativas das universidades, escolas que buscam a conscientização da sociedade em geral.

Tozoni-Reis (2003) diz que na década de 60 os problemas relacionados ao meio ambiente começam a ser discutido em diversos lugares, marcado por eventos internacionais, dai surgiu à necessidade da Educação Ambiental como estratégia para sanar alguns problemas que tomavam força. Para ela a Educação Ambiental não se restringe ao ensino de ciências e sim a construção de uma boa relação do ser humano com o meio, onde haja responsabilidade, autonomia.

Para Catalão (2009) a Educação Ambiental surge da preocupação da sociedade com a qualidade de vida dos seres já existentes e com as gerações futuras que irão habitar o planeta. A educação ambiental é definida pelo autor como sendo uma forma de transição entre o ser individual e o coletivo e tem como finalidade formar cidadãos conscientes. Sobre o mesmo assunto Pedrini & Paula (2002, p. 89) apontam que:

“A base conceitual da EA nacional tem sido muito abordada em paralelo à sua prática pelos próprios educadores ambientais, face ao caráter interdisciplinar da área. […] muitos autores tratam das questões da EA, mas raramente essas reflexões são emanadas de suas práticas”.

Na visão dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) a Educação Ambiental deve ser desenvolvida com o intuito de auxiliar os estudantes a desenvolverem uma consciência do meio em que vivem, para que possam adquirir uma posição que tragam melhoria e preservação ao meio. É necessário que conheçam através da perspectiva ambiental os problemas que afetam desde sua vida até o planeta em sua totalidade.

Segundo a Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999, compreendem-se por educação ambiental tudo que se diz respeito à individualidade e coletividade, onde o individuo consegue adquirir valores, atitudes sempre voltadas para a preservação do meio ambiente visando uma vida sustentável.

A Lei supracitada ainda reforça em seu art. 2º que “a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal” (BRASIL, 1999).

Segundo Milaré (2009) a Educação Ambiental tem como função integrar disciplinas, saberes, ensinamentos, aprendizado e práticas, faz com que o “Ser” seja menos individualista e bem ordenado com o mundo e a sociedade, ela não consegue remediar todos os problemas existentes, mas é o inicio para a formação de cidadãos conscientes.

Já Medina e Santos (2001) acreditam que, a Educação Ambiental permitirá a redefinição do tipo de pessoa que se quer formar e como será o futuro da sociedade em função de um novo modo de ver o meio ambiente.

Para Tozoni- Reis (2003), no entanto, a Educação Ambiental no sentido de se formar seres humanos busca a construção de uma prática social e uma ética ambiental que mostrem as relações dos homens com o ambiente em que vivem e as relações que estabelecem entre si.

Catalão (2009) concorda com o autor acima citado quando diz que a Educação Ambiental fica entre o individual e o coletivo e tem como principal objetivo formar cidadãos consciente, capaz de preservar e cuidar visando o bem estar das gerações futuras, vindo do simples ato de reciclar economizar, preservar.

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Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs (1997) a Educação Ambiental deve ser desenvolvida com o intuito de conciliar o que aprende com a realidade que se vive, encontrar significado perante o que se estuda, bem como relacionar o que se aprende com o que já se conhece sobre o Meio Ambiente dando a oportunidade de o mesmo compreender a realidade.

Os princípios da Educação Ambiental que devem ser desenvolvidos nas instituições devem levar em conta o meio ambiente de forma totalizada, natural, tecnológico e social, além de construir uma linha de ensino que abranja da educação infantil até o fim da educação formal. Deve ainda, aplicar de forma interdisciplinar para que haja o aproveitamento de conteúdos de cada área, analisando a perspectiva ambiental conforme a visão local, regional. Ademais, não pode deixar de verificar as situações ambientais atuais e as que podem ocorrer de acordo com o contexto histórico, devendo sempre mostrar que é importante a cooperação da população local, nacional e internacional perante os problemas ambientais, e, por fim, deve promover a participação dos alunos de forma ativa onde os mesmos possam tomar suas próprias decisões e assumir as consequências. (PCNS apud CONFERÊNCIA INTERGOVERNAMENTAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE TBILISI 1997).

Assim, segundo a Lei de nº 9.795/1999 existem oito princípios da Educação Ambiental que são os seguintes: o enfoque seria humanista, de forma participativa; a concepção do meio ambiente seria de forma total levando em conta a ligação meio natural, o socioeconômico e o cultural, com o objetivo a sustentabilidade; haveria a junção de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; o garantia de continuidade e permanência do processo educativo; a permanente avaliação crítica do processo educativo; a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural (BRASIL, 1999).

Já Carvalho (2001) aponta que os objetivos de uma Educação Ambiental são: promover a compreensão dos problemas socioambientais considerando a relação entre o mundo natural e social; contribuir para melhor utilização dos recursos naturais buscando meios sustentáveis; formar uma atitude ecológica que consiga identificar problemas que afetam o meio ambiente; através do ensino formal e não formal criar cidadãos capaz de solucionar ou amenizar tais problemas; atuar no cotidiano escolar e situar o educador para que ele seja mediador e possibilite um processo de aprendizagem social.

Portanto, com base nos autores acima a educação ambiental está sendo discutida desde quando houve a necessidade de se da atenção aos acontecimentos no meio ambiente ao de correr dos anos, com o intuito de amenizar os efeitos produzidos pelo ser humano, criando cidadãos conscientes e capazes de desenvolverem atitudes para o melhoramento dos efeitos no meio. Ela é uma educação que pode ser adquirida na convivência com a sociedade em geral e nas instituições de ensino.

Como visto acima, a educação ambiental é vista como mecanismo de atuação para modificação da pessoa, com o objetivo de construção uma prática social para a manutenção da vida humana. Contudo, é primordial apontar verificar como essa educação deve ser realizada, não devendo ficar somente a cargo das instituições de ensino, cabe sua atuação em todos os momentos. É o que será abordado a seguir:

1.2 Formas de Educação Ambiental: Ensino Informal e na Educação Regular

Primeiramente, cabe registrar que, segundo Antunes (2008) a Educação Ambiental de forma formal ocorre na escola de acordo com o currículo seja nas instituições publicas ou privadas em todas as modalidades de ensino, a educação ambiental não será uma disciplina única, mas sim um componente que deverá ser trabalhada em diferentes assuntos em diferentes disciplinas, deve acompanhar todo o processo educacional. Para ele a Educação Ambiental deverá ser uma disciplina própria no ensino superior.

O autor supracitado ainda ressalta que a Educação Ambiental não formal é aquela que constitui um conjunto de práticas e ações perante o Meio que tem como finalidade a sensibilização, conscientização, para que haja a participação do homem na qualidade do meio ambiente, ocorrem através dos meios de comunicação, conversas (ANTUNES, 2008).

No art. 9º da Lei nº 9.795/1999 define-se que, a educação ambiental deverá ser desenvolvida em toda e qualquer tipo de instituição seja publica ou privada, desde as séries iniciais até o Ensino Superior, incluindo também a educação especial e a Educação Jovens e Adultos (EJA) (BRASIL, 1999).

Seguindo o entendimento da presente lei, Carvalho (2001) relata que a educação ambiental está no ensino formal e abarca grande conjuntos de práticas sociais e educativas que acontecem fora das instituições, e inclui não só crianças e jovens, mas também adultos que utilizam o mesmo espaço, essas prática educativas não formais são chamadas Educação Ambiental comunitária ou ainda Educação Ambiental popular.

Assim, a educação ambiental não possui um caminho único ela passou por um processo de começo e desenvolvimento no ensino formal e não formal. Serve como auxilio para que o leitor pense criticamente sobre atitudes tomadas na sociedade atual. (PEDRINI, 2002).

Para Milaré (2009) a Educação Ambiental em relação ao aspecto formal é todo aquele que se refere ao ensino em escolas em todos os graus, de forma interdisciplinar e não como uma disciplina única, sob a forma não-formal, é a educação que ocorre fora do meio escolar, o que se aprende com a convivência, a sociedade, apresentado por sindicatos, entidades ambientalistas, há também a Educação Ambiental chamada de informal que uma educação realizadas nas instituições governamentais.

Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999), em seu artigo 8º § 3o I define que a educação ambiental deverá ser desenvolvida através de diferentes metodologias, de maneira interdisciplinar, em todos os níveis e modalidade de ensino.

Medina e Santos (2001) afirmam, no entanto que, a educação ambiental afeta a pessoa na educação formal e deveria continuar afetando por toda vida, que a educação ambiental não é o mero ato de ensinar sobre a natureza e sim o papel que o ser humano exerce sobre ela de forma a adotar a comparação entre os grupos sociais existentes no mundo.

Cabe registrar que, no art. 10 da Lei nº 9.795 de 1999 está definido que, a educação ambiental não deve ser disciplina especifica no currículo, no curso de pós-graduação deve ter a educação ambiental, mas é facultativo a criação de uma disciplina específica podendo ser trabalhada de forma interdisciplinar com outras disciplinas, em cursos técnicos devem ser trabalhados aspectos da ética ambiental em todas as atividades desenvolvidas.   

Assim, a universidade, que é o meio formal para a aprendizagem de nível superior, deve se mover para a capacitação de educadores socioambientais. A capacitação de professores tanto nos cursos regulares quanto os de extensão deveria perseguir a construção de referenciais teórico-práticos em educação ambiental e outras áreas. E na prática a disponibilização de cursos multidisciplinares, buscando a maneira interdisciplinar, ainda na graduação. (PEDRINI; DE-PAULA, 2002).

Por tanto, com base nos autores citados ao longo deste trabalho, a Educação Ambiental pode ser trabalhada dentro e fora do âmbito escolar, seja nas escolas, faculdades (formal), ou simplesmente pelo convívio social e familiar. Quando refere-se à abordagem formal em Instituição de Ensino Superior, a educação ambiental pode ser ensinada em uma disciplina única, autônoma ou simplesmente ser trabalhada em conjunto com as demais disciplinas através da interdisciplinaridade.

Assim, umas das melhores formas de atuação da educação ambiental atualmente é o estudo do conceito da sustentabilidade, também conhecido como desenvolvimento sustentável. Surge assim, o próximo tema a ser abordado neste trabalho, que visa apresentar a contribuição do desenvolvimento ambiental para a educação ambiental como um todo.

2 O Desenvolvimento Sustentável e sua Contribuição para a Educação Ambiental

2.1 Desenvolvimento Sustentável: Conceito E Aspectos Importantes

Gro Harlem Brundtland (1991) acreditava que a população e a expectativa de vida aumentando, a sociedade em que muitos sabem ler e escrever está no auge, à produção de alimentos crescem mais que a própria população em si, mas com tudo isso veio problemas que o meio ambiente e os habitantes do mesmo, não podem suportar por muitos anos. No que diz respeito ao desenvolvimento há mais famintos no mundo que nunca, além de poucos possuírem água e moradia de boa qualidade. Há também questões ambientais que podem causar a extinção de varias espécies como a própria espécie humana, A questão do desenvolvimento econômico não pode se separar das questões relacionadas ao meio ambiente, pois da mesma forma que varias formas de desenvolvimento pode prejudicar os recursos ambientais, a destruição ambiental pode prejudicar o desenvolvimento econômico.

Percebe-se então que há a necessidade de um novo desenvolvimento no qual possa manter o progresso humano em poucos lugares e por pouco tempo, mas sim por todo o planeta durante muito tempo, foi então que surgiu o desenvolvimento sustentável. Que nas palavras do doutrinador abaixo é visto com um conceito “poderoso”, veja:

“[…] sustentabilidade é um conceito poderoso, uma oportunidade para que a educação renove seus velhos sistemas, fundados em princípios e valores competitivos. Introduzir uma cultura da sustentabilidade e da paz nas comunidades escolares é essencial para que elas sejam mais cooperativas e menos competitivas”. (GADOTTI, 2008, p.77).

Conhecer-se a natureza e seus recursos é o início para se conseguir utilizar tais recursos, que pode ser de forma abusiva ou de forma sustentável. Contudo, o que se posiciona contra o desenvolvimento sustentável é a ignorância do ser humano que traz consigo um modo de vida que causa mudanças negativas no meio ambiente e na sociedade. (RIBEIRO, 2009)

O conceito de desenvolvimento sustentável possui limites que são referentes ao meio tecnológico, organização da sociedade, no que diz respeito a recursos ambientais e a própria capacidade de o meio ambiente absorver as consequências das atividades humanas (BRUNDTLAND, 1991).

Assim, o desenvolvimento sustentável está inteiramente ligado à continuação, à estabilidade da qualidade de vida e às oportunidades da sociedade ao longo do tempo. É visto como um processo amplo e envolve mudanças sociais e aumento das alternativas de escolhas da sociedade, de forma a compatibilizar, no tempo, a igualdade social e a preservação do meio ambiente (MIRANDA; MATOS, 2002).

Portanto, o desenvolvimento sustentável não é algo fixo, mas sim um processo que se encontra em constante mudança, nas quais a utilização de recursos, investimentos, desenvolvimento tecnológico estão de forma interligada com as necessidades da sociedade atual e a futura. (BRUNDTLAND, 1991).

A problemática do desenvolvimento sustentável adquire nesse século um papel de reflexão no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável, que não se refere a um simples problema limitado, mas uma estratégia que deve levar em conta a viabilidade econômica e ecológica. (JACOBI, 2003).

Em se tratando de vida sustentável, entende-se como um modo de vida de bem-estar em que todos vivem bem, em harmonia com o meio ambiente, um modo de vida justo, produtivo e sustentável, o conceito de desenvolvimento sustentável, analisado de maneira crítica tem um elemento educativo de relevância à preservação do meio ambiente depende de uma consciência ecológica e essa consciência é formada, dependente da educação. (GADOTTI, 2008).

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Sobre este aspecto, Irina Mikhailova (2004, p. 25) aponta que:

“Em seu sentido lógico sustentabilidade é a capacidade de se sustentar, de se manter. Uma atividade sustentável é aquela que pode ser mantida para sempre. Em outras palavras: uma exploração de um recurso natural exercida de forma sustentável durará para sempre, não se esgotará nunca”.

Para Carlos Miranda & Areliano Matos (2002) o conceito de sustentabilidade se apoia em três bases interligadas entre si, o crescimento, através da eficiência econômica, o acesso da qualidade de vida, com igualdade social e a preservação do meio ambiente que é o componente decisivo da sustentabilidade do desenvolvimento e da sua conservação ao longo prazo.

Recentemente, a divisão tripartida da sustentabilidade está sendo considerada em uma perspectiva maior, que de forma prática possui a aplicação desse conceito desdobra-se nas dimensões ambiental, econômica, tecnológica, social, cultural e político – institucional.

Abaixo segue tabela definindo as dimensões da sustentabilidade, incorporando as ideias de Miranda & Matos (2002) e Sachs (2009):

Com base na tabela acima se pode observar que sustentabilidade está diretamente ligada a todas as dimensões existentes na sociedade desde as questões relacionadas diretamente com o meio ambiente, até as direcionadas à própria sociedade de forma geral, estando interligados entre si, o ser humano e seus atos perante o meio em que vive.

Assim, desenvolvimento sustentável está ligado ao futuro situações e escolhas que se faz hoje para melhorar as condições de vida para nós e para os nossos descendentes em situações que afetam o modo de viver futuro. (FREIRE, 2007).

Catalão (2009) concorda com isso quando diz que, a noção de sustentabilidade deve ser o desenvolvimento humano e solidariedade do se ser humano entre si e com os demais seres que habitam o ambiente, na atualidade e nas gerações futuras.

Neste mesmo aspecto, para Irina Mikhailova (2004, p.26) “Desenvolvimento sustentável é aquele que melhora a qualidade da vida do homem na Terra ao mesmo tempo em que respeita a capacidade de produção dos ecossistemas nos quais vivemos”.

Na visão de Milaré (2009), para ter uma vida sustentável é necessário uma sintonia entre o ser humano e a natureza, com aspecto positivo na construção de uma sociedade sustentável através dos princípios como: respeitar e cuidar da sociedade e dos seres vivos; melhorar a qualidade da vida humana; conservar e vitalidade e a diversidade do planeta; minimizar o esgotamento de recursos não renováveis, utilizarem menos esses recursos ou simplesmente fazer a reciclagem do que for possível; permitir, incentivar que as comunidades cuidem do seu próprio meio ambiente; dentre outros.

Moacir Gadotti (2008) diz que educar para a sustentabilidade é, basicamente, educar para uma vida sustentável, que significa educar para a simplicidade voluntária e para a paz. O conceito de sustentabilidade dentro da educação pode ter pontos positivos não só no que se refere aos indivíduos, mas também no que necessário que ocorra dentro do sistema educacional.

Portanto, com base no que foi abordado acima, viver de forma sustentável e utilizar os recursos naturais sem que haja o desperdício e abuso dos mesmos, é ter limites e respeitar os limites da natureza em si, e as instituições de ensino têm o dever de incentivar e promover formas de conscientização dos alunos. O desenvolvimento sustentável está diretamente ligado à educação ambiental o que será relatado a seguir.

2.2 Contribuições do Desenvolvimento Sustentável para o Ensino da Educação Ambiental

Segundo Reigota (2007) a metodologia de produzir conhecimentos, no aspecto da sustentabilidade e da educação ambiental, está condicionada aos impactos e as escolhas que dão a possibilidade de construção de uma sociedade democrática, justa e que se enquadra nos aspectos de uma sociedade ecologicamente sustentável.

“O tema da sustentabilidade confronta-se com o paradigma da “sociedade de risco”. Isso implica a necessidade de se multiplicarem as práticas sociais baseadas no fortalecimento do direito ao acesso à informação e à educação ambiental em uma perspectiva integradora”. (JACOBI, 2003, p.192)

Ao ver de Reigota (2007) a noção de sustentabilidade se refere a uma dimensão política, social, cultural e biológica e que exige um conhecimento e práticas voltadas para a ética nos espaços onde se vive diariamente. Dessa forma, é na produção de conhecimentos transdisciplinares relacionados com a sustentabilidade que se dá o primeiro embate político para a sua concretização.

Para Jacobi (2003) educação ambiental vem a cada dia se tornando uma ação que provoca transformações na qual a responsabilidade dos indivíduos tem como objetivo principal e essencial promover um novo tipo de desenvolvimento o qual se denomina desenvolvimento sustentável.

Reigota (2007) afirma que a educação ambiental brasileira expõe um movimento de migração de uma perspectiva surgida nos movimentos sociais e nas ciências biológicas, que busca fundamentação nas ciências humanas, principalmente na educação. Esse movimento não é irrelevante, considerando que as bases epistemológicas predominantes nas pesquisas dessas duas ciências são distintas.

É necessário que se criem condições que facilitem o acesso às informações pelas instituições com o objetivo de se criar uma sociedade sustentável, crescendo e espalhando indicadores e tornando transparentes os procedimentos por meio de práticas inclusas na educação ambiental que promovam as formas de criar novos estilos de vida e causem uma consciência embasada na ética (JACOBI, 2003)

Porém, Reigota (2007) ressalta que não há ciência neutra e a ciência que se constrói, na perspectiva da sustentabilidade, existe uma ciência que pode ser tocada, que busca que dúvida de seus resultados e forma de aplicação, mas está convencida de sua atribuição e compromisso político e da necessidade de se melhorar de forma técnica.

Jacobi (2003) acreditava que a relação entre meio ambiente e educação assume um papel cada vez mais desafiador, exigindo a emergência de novos saberes para apreender processos sociais que se tornam complexos e riscos ambientais que se intensificam. As políticas ambientais e os programas educativos que se referem à conscientização da crise ambiental pedem cada vez mais novos aspectos integradores de uma realidade contraditória e geradora de desigualdades. O desafio agora é formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora, trabalhada de duas formas no ensino formal e não formal. Assim, a educação ambiental deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social.

Com base nos autores acima o desenvolvimento sustentável esta integrado dentro da educação ambiental, através dela esse desenvolvimento terá um eixo, onde a educação ambiental será suporte para o verdadeiro sentido do desenvolvimento sustentável.

3 Interdisciplinaridade: Uma Análise Crítica do Conceito e Aplicação na Educação Ambiental

O movimento relacionado à interdisciplinaridade surgiu na Europa, sobretudo na França e na Itália na metade da década de 1996, mesma época que surgiram os movimentos estudantes que lutavam um projeto diferente para a educação, escola e vida. Iniciando em 1961 quando Gusdorf levou à UNESCO uma pesquisa relacionada á ciências humanas, com o intuito de diminuir a distância teórica entre ela. (FAZENDA, 2000).

Surge então a interdisciplinaridade que em seu conceito semântico não possui um sentido unificado podendo variar no próprio nome e em seu significado. Trata-se de um tema ainda discutido e depende do entendimento e vivência de forma individualizada no que se refere às experiências educacionais. (FORTES, s.d).

A primeira produção significativa sobre o tema no Brasil foi elaborada por H. Japiassú, no ano de 1997, onde mostra questões que envolvem a interdisciplinaridade e hipóteses de metodologia interdisciplinar. (FAZENDA 2000).

Izabel Carvalho (1998, p.9) define a interdisciplinaridade como sendo:

“[…] uma maneira de organizar e produzir conhecimento, buscando integraras diferentes dimensões dos fenômenos estudados. Com isso, pretende superar uma visão especializada e fragmentada do conhecimento em direção à compreensão da complexidade e da interdependência dos fenômenos da natureza e da vida. Por isso é que podemos também nos referir à interdisciplinaridade como postura, como nova atitude diante do ato de conhecer”.

Para que aconteça a interdisciplinaridade é necessário que as disciplinas comuniquem entre si, uma maneira de trabalhar em sala de aula, onde se expõe um tema que pode ser trabalhado em diferentes disciplinas. (FORTES, sd).

Para Juarez (2008), não importa qual seja a definição que cada autor assume no que diz respeito à interdisciplinaridade, ela está situada sempre onde há vontade de superar dificuldades nas ciências e nos conhecimentos produzidos por ela.

Assim, a interdisciplinaridade traduz o desejo de superar as formas de atingir e de transformar o mundo marcadas pela fragmentação do conhecimento organizado das chamadas disciplinas. (CARVALHO, 1998)

“O interdisciplinar consiste num tema, objeto ou abordagem em que duas ou mais disciplinas intencionalmente estabelecem nexos e vínculos entre si para alcançar um conhecimento mais abrangente, ao mesmo tempo diversificado e unificado. Verifica-se, nesses casos, a busca de um entendimento comum (ou simplesmente partilhado) e o envolvimento direto dos interlocutores. Cada disciplina, ciência ou técnica mantém a sua própria identidade, conserva sua metodologia e observa os limites dos seus respectivos campos. É essencial na interdisciplinaridade que a ciência e o cientista continuem a ser o que são, porém intercambiando hipóteses, elaborações e conclusões”. (COIMBRA, 2000 p.58)

Carvalho (1998) diz ainda que a interdisciplinaridade pode ser definida como uma forma de organizar e produzir conhecimento, buscando integrar as diferentes dimensões dos fenômenos que são estudados. Com isso, pretende superar uma visão individualizada e dividida do conhecimento em direção à compreensão da complexidade e da interdependência dos fenômenos da natureza e da vida. Por essa fato é que podemos também nos referir à interdisciplinaridade como caráter, como nova atitude diante do ato de conhecer.

Neste mesmo aspecto é importante mencionar o que relata Fazenda (2000, p.91) que aponta que a interdisciplinaridade refere-se a uma exigência inerente a ciência, veja:

“Interdisciplinaridade é uma exigência natural e interna das ciências, no sentido de uma melhor compreensão da realidade que ela nos fazem conhecer. Impõe-se tanto á formação do homem como ás necessidades de ação, principalmente do educador”.

Assim, na sala de aula ou em qualquer lugar onde há aprendizagem deve ocorre o processo de organização e produção do conhecimento, uma aproximação entre professor, aluno e objeto de estudo, nessa zona de trabalho o enfoque interdisciplinar de uma realidade mais ampla, auxilia o estudante a ter uma visão maior, e melhor significado do conteúdo estudado, possibilitando um aprendizado consciente e eficaz. (JUAREZ, 2008).

Fazenda (2000) acredita que, em uma sala interdisciplinar a autoridade é conquistada, o que é obrigação se torna satisfação, arrogância em humildade, a reprodução pela própria produção de conhecimentos, em uma sala interdisciplinar há quatro elementos fundamentais, espaço, tempo, disciplina e avaliação.

O autor supracitado diz ainda que, o “ensino universitário deveria se exigir uma atitude interdisciplinar que se caracteriza pelo respeito ao ensino organizado por disciplinas e por uma revisão das relações existentes entre as disciplinas e entre os problemas da sociedade” (FAZENDA, 2000, p.21-22).

Carvalho (1998) diz que na prática educativa, a utilização de uma proposta interdisciplinar sugere uma profunda mudança nos modos de ensinar e aprender, assim como na organização formal das instituições de ensino. Então, uma atitude interdisciplinar em educação exigirá aberturas para mudanças que podem ocorrer, por exemplo, pela construção de novas metodologias, pela reestruturação dos temas e dos conteúdos curriculares, pela organização dos professores que formem diferentes áreas do saber e pelas instituições de ensino que tenham abertura para experimentar novas formas de organizar os profissionais, os currículos e os conteúdos e a estrutura formal das séries.

Leff (2000) afirma que a interdisciplinaridade é um processo de inter-relação de processos, conhecimentos e práticas que ultrapassa o campo da pesquisa e do ensino no que se refere às disciplinas científicas e a suas possíveis articulações.

Dessa maneira, interdisciplinaridade vem sendo usado como sinônimo e símbolo de toda colaboração entre diferentes campos do conhecimento e do saber dentro de projetos que envolvem tanto as diferentes disciplinas acadêmicas, como as práticas não científicas que incluem as instituições, veja entendimento nesse sentido:

“Nesse contexto de importantes transformações sociais e culturais, o debate sobre educação ambiental e interdisciplinaridade vem ganhando cada vez mais espaço no universo educacional brasileiro. Interdisciplinaridade e educação ambiental são temáticas emergentes que se têm constituído como possíveis caminhos de abertura e renovação do ensino, tanto formal quanto não formal, em direção a uma inserção mais plena do ato educativo no que chamei de “o mundo da vida”. (CARVALHO, 1998, p.05)

Lima (1999) acredita que na questão educacional comporta uma dualidade e pode ser conduzida de uma forma libertadora ou opressora, a depender da luta entre concepções, valores e práticas sociais das pessoas que dividem e disputam o mesmo meio. Assim, tanto a educação quanto a questão ambiental, apesar das diversas dimensões que envolvem são questões essencialmente políticas que comportam visões de mundo e interesses diferenciado.

Leff (2000) acredita que as formações pelas quais se desenvolvem os métodos da interdisciplinaridade ambiental tendem a tornar natural os processos políticos de dominação e a ocultar os processos de assimilação da natureza, assim, pretende-se explicar e resolver a problemática ambiental através de uma visão funcional da sociedade.

Para Lima (1999) as propostas educacionais voltadas para o meio ambiente têm, em geral, o foco para os aspectos técnicos e biológicos da educação e da questão ambiental em detrimento de suas dimensões políticas e éticas. Há então compreensão redutora e equivocada do problema que merece ser debatida e explicitada, já que interfere na formação e na ação dos indivíduos e grupos envolvidos com o tema e com toda a realidade socioambiental.

Leff (2000, p. 34) acredita que:

“A interdisciplinaridade ambiental implica a reconstrução dos objetos de conhecimento pela internalização dos campos ônticos desconhecidos e desalojados, dos saberes subjugados e postos à margem, mas que intervêm na determinação dos processos que estuda uma ciência”.

Knechtel (2001) ressalta que o fato de não existir uma disciplina única para mostrar as questões ambientais, faz com que uma sugestão interdisciplinar ocorra ao encontro das necessidades da educação que leva em conta o ambiente. As práticas educativas ambientais se desenvolvem no âmbito universitário, ligadas a modelos disciplinares de todas as áreas.

Leff (2000) afirma que a interdisciplinaridade ambiental estende o campo científico, acadêmico e disciplinar do conhecimento formal, e se abre a um diálogo de saberes, onde ocorre o encontro do conhecimento das ciências com os saberes culturais.

Portanto, a interdisciplinaridade é importante no que diz respeito a ensinar e aprender. Serve para auxiliar os educadores e as escolas na ressignificação do trabalho pedagógico em termos de currículo, de métodos, de conteúdos, de avaliação e nas formas de organização dos ambientes físicos onde ocorre aprendizagem.

Segundo a visão dos autores a cima interdisciplinaridade seria introduzir um assunto dentro de diferentes disciplinas, trabalhar o mesmo assunto em diferentes contextos, utilizar o conhecimento prévio dentro dos conhecimentos científicos, juntar a teoria com a prática. Tudo como o objetivo de formar cidadãos conscientes o que será detalhado a seguir.

4 Educação Ambiental no Ensino Superior e a Importância para a Formação do Aluno Cidadão

A interdisciplinaridade no ensino superior ganhou perspectiva quando se iniciou o debate sobre o meio ambiente no mundo nas décadas de 1960 e 1970. Antes desse período ocorreu uma pequena comunicação entre as disciplinas, porém a problemática socioambiental requer uma atitude inovadora de cooperação sistemática entre diversas áreas do conhecimento (ROCHA, 2003).

No Brasil instituições de pesquisa de cunho ambiental vêm se desenvolvendo mais ou menos nos últimos 10 anos, onde a questão tem mobilizado profissionais das mais diversas ciências, Biologia, Economia, Geografia, Engenharia, Antropologia, dentre outros (ROCHA, 2003).

Araújo (2004) acredita ser importante os saberes que os profissionais adquirem durante sua formação, a universidade é ideal para a instrução de nível superior, tem que se sensibilizar para a preparação do estudante para educação ambiental, em cursos regulares e multidisciplinares ainda na graduação, cujo principal intuito é perseguir a construção do campo da educação ambiental. Não se espera da universidade a introdução nos currículos de uma nova disciplina com conteúdos e metodologias de educação ambiental. Isso feriria os princípios dessa educação, mas a criação de um espaço que discuta o assunto e a finalidade da educação ambiental.

Moradillo e Oki (2004, p. 333/334) diziam que:

“A base conceitual da Educação Ambiental tem sido objeto de muita discussão pelos pesquisadores e/ou educadores em função do caráter interdisciplinar que a caracteriza. Inicialmente, predominava na fundamentação teórica que a orientava uma visão romântica, preservacionista e ecológica. Nas últimas décadas, a educação ambiental passou a ser vista como capaz de prover novos valores, condutas sociais ambientalmente corretas tendo como princípio norteador a ética nas relações sociais”.

Assim, o objetivo da universidade é não apenas avaliar o passado, mas contribuir para o planejamento do futuro com o objetivo de ter formas que possam solucionar problemas, com isso, uma dimensão política é indispensável no trabalho interdisciplinar, desenvolvendo o componente crítico junto os diferentes tipos de alunos que procuram programas socioambientais (ROCHA, 2003).

Para Moradillo e Oki (2004) a Educação Ambiental tem como objetivo proporcionar experiências que possa possibilitar que as pessoas entrem em contato direto com o mundo e se sensibilize com tudo que o envolve, discuta a importância do ambiente para a saúde e o bem estar das pessoas e para o exercício da cidadania, avalie o desenvolvimento econômico aliado à degradação do ambiente e à qualidade de vida e desenvolva no educando o sentido ético-social diante dos problemas ambientais.

Jacobi (2003) afirma que se deve falar a respeito de educação ambiental, situar em contexto mais amplo, o da educação para a cidadania, colocando-a como elemento determinante para a consolidação de sujeitos cidadãos. O desafio é o da cidadania para a população em sua totalidade, e não para um grupo restrito, consolida-se pela possibilidade de cada pessoa ser portadora de direitos e deveres, ator principal na defesa da qualidade de vida.

Segundo Guimarães e Tomazello (s.d.) a introdução da Educação Ambiental no ensino superior seja disciplina no currículo como tema transversal ou como uma disciplina única, foi com o intuito de trabalhar valores e conceitos, além de desenvolver atitudes e posicionamento crítico e participativo em relação aos problemas enfrentados pelo meio ambiente, visando uma vida de qualidade para todos.

Rocha (2003) confirma isso quando diz que a participação das universidades se aconteceria com o desenvolvimento de uma consciência crítica, sugerindo também estratégias adequadas ao planejamento, há necessidade do governo federal destinar recursos para formar grupos de pesquisa, que incentive os projetos interdisciplinares e interuniversitários. Nas recomendações às instituições de ensino superior a necessidade de se incentivar projetos integrados, realizar seminários interdisciplinares e criar unidades como centros ou núcleos com integração de docentes, com o intuito de ministrar aulas complementares e cursos de capacitação; promover debates e palestras; incentivar pesquisas de educação ambiental; garantir participação comunitária e acordos interinstitucionais.

Nesta feita, a Cidadania tem a ver com a identidade e o pertencer coletivo, a educação ambiental como formação e exercício de cidadania diz respeito a uma nova forma de ver a relação do homem com a natureza, baseada numa nova ética, que rodeada de outros valores morais e uma forma diferente de ver o mundo e os homens, a educação ambiental deve ser vista como um processo permanente de aprendizagem que valoriza as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos com consciência local e geral (JACOBI, 2003).

Já Santos (2011) acreditava que a Educação Ambiental como forma de cidadania liga-se a uma relação homem/natureza, é considerada um processo continuo de aprendizagem e tem como finalidade formar cidadãos capazes de preservar por seu espaço no ambiente.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais PCN’s (1997) o trabalho com o tema Meio Ambiente tem como finalidade contribuir para formação de cidadãos conscientes, com capacidade de atuarem no meio socioambiental comprometendo-se com o bem estar de cada um e da sociedade local e global, desenvolver no homem uma visão crítica perante a realidade referente ao meio ambiente na atualidade.

Para Jacobi (2003, p.199) acredita que:

“A educação para a cidadania representa a possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas para transformar as diversas formas de participação em potenciais caminhos de dinamização da sociedade e de concretização de uma proposta de sociabilidade baseada na educação para a participação”.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1997) defendem a ideia de que haja uma comparação entre o que se trás de conhecimento adquirido na sociedade, com o convívio familiar, e experiências próprias, para o que ocorre na realidade, assim há junção da teoria com o conhecimento prévio que se tem ocorrendo o melhor entendimento do tema Meio Ambiente.

Jacobi (2003) diz que a educação para a cidadania mostra a possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas para transformar a participação em fatores de dinamização da sociedade e de ampliação do controle social trata-se de criar as condições para a derrubada da cultura política dominante e para uma nova proposta de sociabilidade baseada na educação onde haja a participação. Esta ocorrerá pela presença crescente de atores que, pela sua participação, terão cada vez mais condições de modificar consistentemente os processos decisórios de interesse público, concretizando propostas baseadas na garantia do acesso à informação e na consolidação para a participação.

Assim, é plenamente visível que, a Educação Ambiental tem como princípios básicos a formação de cidadãos conscientes capazes de tomar atitude que modifique a realidade do mundo em sua totalidade, além de preservar o Meio visando o bem-estar das atuais e das futuras gerações, faz-se hoje para se colher amanhã.

5 Metodologia

Método segundo Ruiz (2002) é o conjunto de etapas e processos que têm que ser vencidos sistematicamente na investigação de fatos ou na procura de uma verdade. Significa o ato de traçar etapas de uma pesquisa.

Realizou-se uma pesquisa de cunho bibliográfico que, conforme aponta Lakatos e Marconi (1991) referem-se a fontes secundárias que abrange toda bibliografia que já é publica desde livros, revistas, jornais, teses etc. até meios de comunicação orais, rádio, gravações e audiovisuais, televisão, filmes, etc.

Com o objetivo de responder a problemática apontada e com foco em um estudo de caso na Instituição de Ensino Superior onde à acadêmica está inserida realizou-se uma pesquisa de campo, que segundo Ruiz (2002, p.50) “consiste na observação de fatos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente relevantes para ulteriores analises”.

Os dados serão coletados através de um questionário com o assunto citado no referencial teórico, para Lakatos e Marconi (1991, p.201) representa “um instrumento de coleta de dados, construído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondida por escrito e sem a presença do entrevistador”. 

De forma qualitativa por amostragem que é definida por Garcia (1998, p. 189) como:

“A maioria das pesquisas socioeconômicas, um conjunto relativamente pequeno de dados (amostra ou subconjunto da população) é estudado para estimar as características da população. Essa amostra não tem interesse por si próprio, mas pelo modo como pode representar o conjunto muito mais amplo (população) onde se localiza o problema de pesquisa.”

O público entrevistado será os alunos da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí (FACTU), em específico os alunos que cursaram ou cursam disciplinas que possuem em sua ementa o estudo sobre a sustentabilidade e a educação ambiental, o que possibilitará o alcançar dos resultados pretendidos com a problemática, qual seja: a importância da sustentabilidade e da educação ambiental apresentada de forma interdisciplinar para a formação do aluno cidadão inserido no Ensino Superior.

Portanto, o presente trabalho pesquisou disciplinas ligadas à questão ambiental e ao desenvolvimento sustentável, com uma abordagem quantitativa para identificar se essas disciplinas fizeram diferença ou não no seu comportamento dos alunos em relação perante aos problemas ambientais, sendo os resultados apontados no próximo capítulo.

6 Resultados: Discussão e Análise

Entre os dias 07 e 10 de outubro de 2013, realizaram-se um questionário com os alunos da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí – FACTU, o que contribuiu para verificação de vários aspectos referentes à educação ambiental e desenvolvimento sustentável sua aplicação interdisciplinar no ensino superior na formação de alunos conscientes e cidadão

As questões que compuseram o roteiro da entrevista se prestaram para a definição das categorias a serem abordadas, quais sejam:

O primeiro questionamento refere-se aos cursos existentes na instituição Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí – Factu. Em referida Instituição de Ensino Superior atualmente possui os seguintes cursos em funcionamento: Administração, Agronomia, Ciências Contábeis, Direito, Educação Física, Enfermagem e Pedagogia.

Visando pesquisar alunos que estudam ou já estudaram disciplinas voltadas para a questão ambiental e desenvolvimento sustentável, realizou-se a pesquisa com um total de entrevistados 24 alunos, sendo 02 (dois) alunos por disciplina lecionada em cada curso.

A amostra abrangeu a seguinte amostragem:

Ressaltando que, em virtude da ausência de oferta das disciplinas em todos os semestres foram pesquisados alunos que já cursaram as disciplinas em outros semestres.

Cabe registrar que, existindo disciplina lecionada em mais de um curso, optou-se por considerá-la como disciplina diversa, tendo em vista a natureza da abordagem em cada curso.

Diante da amostragem definida acima, buscou-se definir qual o curso que possui

Nota-se com o gráfico acima que o curso de Agronomia é o curso que mais estuda disciplinas voltadas para o desenvolvimento sustentável e meio ambiente, ficando acima de Administração, Direito, e Pedagogia que estudam a mesma quantidade de disciplinas com o assunto, sendo que Ciências Contábeis e Educação Física estudam menos disciplinas do assunto.

Isso ocorre por serem cursos de conteúdos específicos, cada um com disciplinas voltadas para sua formação final, agronomia estuda maior quantidade de disciplinas com o assunto, pois representa um curso diretamente ligado ao meio ambiente e com aplicação prática de seus conteúdos.

O segundo item a ser abordado buscou definir a faixa etária dos entrevistados, o que se pode constatar que a maioria dos entrevistados possui a faixa etária entorno dos 17 aos 22 anos de idade, alunos jovens, sendo que 29% dos entrevistados estão entre 23 à 28 anos, apenas 8% entre 29 e 34, e 0% acima de 35 anos. Veja os dados no gráfico abaixo:

Isso pode decorrer da facilidade no acesso à universalidade e à oferta de cursos por instituições de ensino, já que nos dias atuais se tornou muito fácil esse acesso que antes era direcionado à minoria da sociedade por causas financeiras.

A terceira questão abordada refere-se ao sexo do entrevistado, que conforme o gráfico a cima os homens foram a maioria a ser entrevistados atingindo 58%, mais da metade dos que responderam o questionário.

O quarto questionamento visa constatar quantos entrevistados estudou, está estudando, não está estudando mas, possui na grade curricular ou não irá estudar disciplinas que envolvam assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável e educação ambiental.

Dos entrevistados pode-se constatar que 50% já estudou tais disciplinas, 37% está estudando e 13% não estudou, porém, está ciente de que elas existem na grade curricular e 0% acredita que não irá estudar.

Isso acontece pelo fato de que as disciplinas com foco ambiental estão disponíveis em todos os períodos dos cursos pesquisados, tendo em vista o fato de que a Instituição de Ensino Superior ora pesquisada tem em seu Projeto Político Pedagógico o desenvolvimento sustentável como ponto foco para atuação de seus cursos. Ademais, cabe mencionar que a missão da Instituição também aponta para essa questão ambiental, veja: Produzir e definir conhecimentos, articular saberes a partir da iniciação á pesquisa, promovendo a formação integral, humanista e técnico profissional nas várias áreas do conhecimento com o intuito de contribuir para a melhoria de vida, formação de uma consciência crítica, empreendedora e de cidadania, colaborando com o desenvolvimento sustentável da região em que está inserida.

O quinto questionamento busca compreender em qual período os entrevistados cursaram ou não as disciplinas ligadas ao desenvolvimento sustentável e a educação ambiental, sendo que esses períodos foram contados de 2 (dois) em 2 (dois) podendo ter sido em um ou outro período.

Com base nos dados coletados pode-se perceber que metade (50%) dos entrevistados encontra-se entre o 1º e 2º período, 17% entre 5º e 6º período, 12% 7º ou 8º, 0% entre 9º e 10º, e 13% não cursaram essas disciplinas.

Isso ocorre pelo fato de as disciplinas estarem disponível com maior frequência nos períodos iniciais de quase todos os cursos entrevistados. E outros cursaram mais à frente pela disponibilidade das disciplinas.

O sexto questionamento procura identificar se os entrevistados acreditam ou não que o ensino referente à educação ambiental ocorre somente no ensino superior (educação formal)

A maioria dos entrevistados ( 63%) como pode ser visto no gráfico acima acredita que não, o que concorda com o pensamento de Carvalho (2011, p. 156), “além de sua presença no ensino formal, a EA abarca amplo conjunto de práticas sociais e educativas que ocorrem fora da escola e incluem não só as crianças e jovens, mas, também adultos, agentes locais, moradores e líderes comunitários”.

Ademais, 29% acredita que sim, que essa educação é feita somente de maneira formal e 8% diz desconhecer o assunto.

A maioria que respondeu o questionário já cursou, ou está cursando as disciplinas voltadas para educação ambiental e desenvolvimento sustentável o que mostra que a disciplinas foram eficazes para a compreensão do aspecto mostrados da indagação do sexto questionamento.

O sétimo questionamento aos entrevistados buscava compreender se os mesmos acredita que a sustentabilidade pode contribuir ou não para a educação ambiental.

Como pode ser visto no gráfico a cima apenas 8% dos entrevistados acreditam que não há contribuição, 92% dos entrevistados concordaram que sim, o que mostra que estão de acordo com a visão de Jacobi (2003, p.193) quando diz que “[…} a educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora na qual a co-responsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento – o desenvolvimento sustentável”.

Jacobi (2003) diz ainda que a poderia haver instituições que facilitassem o acesso a informações referentes ao meio ambiente, que reforçassem argumentos para a construção de uma sociedade sustentável, através da educação ambiental pode-se criar condições para facilitar esse entendimento.

Pode se concluir através dos dados adquiridos que um assunto está diretamente ligado ao outro, já que a disciplina de meio ambiente sempre ressalta aspectos voltados para o desenvolvimento sustentável. E através dela pode-se obter um entendimento com clareza relacionado a esse desenvolvimento. 

O oitavo questionamento refere-se à opinião dos entrevistados no que diz respeito a importância de aspectos ambientais no ensino superior na formação do aluno como cidadão.

Como pode ser visto no gráfico acima, 92% dos entrevistados acredita ser muito importante a educação ambiental para a formação de alunos cidadãos é o que confirma Santos (2011, p.09) quando diz que: “É justamente a participação das pessoas como cidadãs que ocorre a busca de solução para os problemas ambiantais e da construção de uma realidade harmônica entre sociedade e natureza”.

E na visão de Jacobi (2003) e a educação para a cidadania é uma possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas para que elas possam transformar as diversas formas de participação do ser humano perante a sociedade e concretizar uma educação onde o homem atue de maneira participativa diante os problemas ambientais.

Conforme os dados coletados e a visão de diferentes autores, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável possuem extrema importância para a formação de cidadão conscientes e capazes de modificar a realidade do Meio Ambiente dos dias atuais.

Essas disciplinas servem como suporte, incentivo e motivação às pessoas para a construção de uma sociedade que preserve e utilize de meios naturais sem desperdício e conforme esteja disponível para consumo.

O nono questionamento visa compreender se os entrevistados acredita ou não que aspctos ambientais possa contribuir para a sua formação profissional, 71% dos entrevistados acreditam que contribui muito, 29% acredita que é mediano e 0% pouco e não contribui.

A maioria acredita que ajuda e muito confirmando assim o pensamento de Araújo (2004,p.76) quando diz que:

“A universidade tem um papel importante na formação ambiental de profissionais. Ela precisa incorporar a dimensão ambiental nos seus objetivos, conteúdos, metodologias, nas próprias carreiras que está formando. Espera-se que os profissionais, formados pela universidade, sejam capazes de trabalhar em grupos multidisciplinares e em ações interdisciplinares, de modo que essas ações sejam interativas e reflexivas, capazes de promover a participação dos diferentes agentes da sociedade, na construção individual e coletiva do conhecimento”.

É necessário segundo a visão do autor acima que as universidade formem profissionais capazes de atuar na sociedade de maneira consciente, afim de modificar a realidade relacionada ao meio ambiente e procurar possíveis soluções para problemas relacionados à ele.

Com base nos dados adquiridos pode-se concluir que as universidades assim como qualquer instituição que desenvolva aspectos voltados para a educação ambiental possui uma importância na formação de bons profissionais já que é a concretização de todos os assuntos estudados e observados antes do ensino superior.

Através de profissionais conscientes torne-se possível a conscientização de grande parte da sociedade, sendo que um profissional transforma outro e assim por diante. Um profissional com boa formação gerará vários outros com a mesma formação.

O décimo e ultimo questionamento procura compreender se as disciplinas relacionadas ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável, que foram cursadas, contribuiu ou não nas ações do dia-a-dia e na forma de analisar as condições próprias de cada entrevistado no mundo

O gráfio acima mostra que 50% a grande maioria acredita que é o suficiente o que mudou em suas vidas e sua forma de ver o mundo, o restante ficou dividido entre a opção Muito com 21% dos entrevistados, com a opção Pouco 17% dos entrevistados, ainda não cursou 12%, enquanto que 0% acredita que não mudou nada.

Estes dados demonstram um salto positivo para realidade já que significa que a maioria dos entrevistados estão cientes que a educação ambiental modifica sua vida quando tornaram informados dos problemas ambientais.

Considerações Finais

Desde os primórdios o ser humano vem provocando ao Meio Ambiente desastres e mais desastres, há o aumento da população e com isso o aumento do desperdício, poluição e desgastes com o meio.

A Educação Ambiental foi criada com o propósito de tornar os cidadãos cientes dos problemas que nos mesmos causamos ao Meio durante todo tempo, uma tentativa de juntos criarem possíveis soluções para tais problemas.

Sendo assim tendo como base o estudo realizado na Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí – Factu, o presente trabalho propôs compreender a importância de estudos ligados as disciplinas relacionadas à educação ambiental e ao desenvolvimento sustentável para a formação do profissional e aluno cidadão.

O tema foi abordado por ser algo relevante na atualidade já que a mesma se encontra em deficiência no que refere à preservação do meio ambiente, a conscientização, e consciência das pessoas perante os problemas relacionados a esse Meio.

O primeiro objetivo específico apresentado tem como finalidade conceituar o que é educação ambiental e suas formas de ensino, que pode ser formal ou não formal, ela não precisa ser exatamente introduzida e desenvolvida somente nas instituições, mas também pela sociedade e pelo próprio convívio familiar.

Que após os estudos pode-se constatar que a maioria dos entrevistados sabe que assuntos ligados à educação ambiental e desenvolvimento sustentável não se dá somente nas instituições formais, esse entendimento é fruto do ensino aplicado pelas disciplinas inseridas nas grades curriculares dos cursos.

O segundo objetivo buscou verificar a importância do desenvolvimento sustentável para a educação ambiental, sendo que um está diretamente ligado ao outro, mesmo porque, na educação ambiental tem-se a percepção do desenvolvimento sustentável e vice-versa. A grande maioria dos que participaram do questionário acreditam sim, que há essa importância o que mostra que o objetivo foi concretizado.

O terceiro objetivo propunha conceituar interdisciplinaridade e seus aspectos ligados à educação ambiental, nele é possível constatar que ela não precisa ser necessariamente uma disciplina única, ela pode ou não ser trabalhada de forma interdisciplinar, que é uma mistura de um mesmo conteúdo em diferentes disciplinas, com um único proposito estudar um assunto de diferentes formas e contextos, podendo usar conhecimentos prévios dos estudantes.

O quarto e ultimo objetivo diz respeito à importância da educação ambiental no ensino superior e seu papel na formação de alunos e profissionais cidadãos, no qual se pode observar que essa educação pode influenciar de maneira positiva nesse aspecto, já que contribui para a conscientização dos mesmos.

Sendo que a grande maioria dos entrevistados acredita que ela influência no seu comportamento perante o mundo e para a sua formação, e que após o estudo de disciplinas ligadas ao assunto houve mudanças no comportamento como o Meio Ambiente.

Assim, trabalhar com educação ambiental e desenvolvimento sustentável pode ser uma oportunidade de modificar e melhorar o modo de vida da sociedade atual visando o bem estar da mesma e das gerações futuras, evitar desperdícios, consumir menos, são ações que podem auxiliar para um mundo melhor.

Portanto, através de estudos voltados para a educação ambiental pode-se modificar os tristes dados de catástrofes relacionadas com o Meio Ambiente, com pessoas conscientizadas, com mudanças de comportamentos, bons profissionais atuando, a luta para preservação se tornará eficaz, e mais frequente, o que torna possível a prevenção de danos a esse meio.

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Informações Sobre os Autores

Michele Lucas Cardoso Balbino

Analista Educacional SRE Unaí e Professora Universitária
Coordenadora do Curso de Direito da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí (FACTU). Professora Universitária. Advogada. Mestre em Sustentabilidade Socioeconômico e Ambiental e Especialização em Direito, Impacto e Recuperação Ambiental, ambos pela Universidade Federal de Ouro Preto; Pós graduação em Direito Público pela Sociedade Universitária Gama Filho; Pós Graduação em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Laene Leticia Vieira de Oliveira

Acadêmica do Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí (FACTU)

 

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