A apatia é o novo normal

Autor: Marcos Antônio Duarte Silva – Doutorando em Ciência Criminal; Mestre em Filosofia do Direito e do Estado (PUC/SP); Especialista em Direito Penal e Processo Penal (Mackenzie/SP); Professor Universitário.

Resumo: Em meio a maior tragédia humanitária de proporções globais, começando em 2020 (oficialmente anunciada), e percorrendo todo o ano e se arrastando pelo ano seguinte, trata-se muito do chamado “novo normal”, se é que houve algum dia um “momento normal”, se busca através da divulgação de pensadores, músicos, artistas em geral, políticos e toda sorte de pessoas e setores da sociedade entender como será o “pós Covid19”, se é possível nos tempos atuais, acreditar na rápida e segura ideia de vencer tal doença, procura-se neste meio tempo, compreender como será a vida sem o distanciamento, sem o uso de máscaras, sem enfim, todos os cuidados, que nunca houveram, para se evitar o colapso vivido, visualizar mesmo como um caleidoscópio, como o ser humano, as pessoas serão, ou se comportarão, ou como se pode imaginar, como elas “mudarão”, após a volta “ao normal”, o “novo normal”, além de ser uma frase de efeito pouco convencional, esta mensagem precisa ser refletida, sem o romantismo invocado, sem a imagem apocalíptica, sem um abstracionismo para impressionar, e sem a frieza que gelifica a todos.

Palavras-chave: Normal. Novo. Apatia. Empatia. Mudança.

 

Apathy is the new normal

Abstract: In the midst of the greatest humanitarian tragedy of global proportions, starting in 2020 (officially announced), and going through the whole year and dragging on for the next year, it is very much the so-called “new normal”, if there was ever a “Normal moment”, is sought through the dissemination of thinkers, musicians, artists in general, politicians and all sorts of people and sectors of society to understand what the “post Covid19” will be like, if it is possible nowadays, to believe in the fast and safe the idea of ​​overcoming such a disease, we try in the meantime to understand what life will be like without distance, without wearing masks, kaleidoscope, like the human being, people will be, or behave, or as you can imagine, how they will “change”, after the return to “normal”, the “new normal”, in addition to being an unconventional slogan , this message needs to be reflected, without the romanticism invokes do, without the apocalyptic image, without an abstractionism to impress, and without the coldness that gels everyone.

Keyword: Normal. New. Apathy. Empathy. Change.

 

Sumário: Introdução; 1. O normal; 2.A igualdade na doença Covid 19?; 3. O novo normal; Conclusão.

 

Introdução

Sutilmente, durante a pandemia do século XXI, foi lenta, contudo, com uma impressionante força surgindo entre a população, as cidades, os estados e países, uma onda do “novo normal”, diante de um quadro de tantas mudanças sociais, de tantas reinvenções do modo de vida; normas que foram adentrando nas casas, comércios, nas ruas, enfim, em todos os lugares que existissem pessoas, numa adequação difícil, depois pelo medo das mortes que se multiplicaram, se fez tudo com receio de ser mais um fazendo parte dos óbitos que cresciam.

O que na mente de muitas pessoas, seriam meses, foi se transformando em muitos meses, até chegar ao final do ano e ver as festas tradicionais de natal, ano novo se resumir a poucas pessoas, e terminar o ano de 2020, com a sensação de o suplício ainda não ter acabado.

E antes de recuperar o fôlego, antes de observar quantas pessoas tinham deixado o convívio, surge uma nova onda (a tal segunda onda), previstas pelos pesquisadores, com um poder letal, maior e com um impacto muito maior que a primeira onda.

Para perceber esta situação em alguns meses de 2021, o número computados de óbitos, já tinha e muito passado de todo ano de 2020.

Os países começaram a tomar medidas fortes e necessárias para tentar conter esta nova cepa, porém, os cuidados não foram suficientes para impedir que mais vidas fossem ceifadas, agora atingindo a cada morte, pessoas mais próximas, atores, atrizes, cantores, pessoas da TV e do cinema, pessoas com muitos recursos financeiros para estarem nos melhores hospitais, contudo, nada disso ajudou a estancar as mortes.

O teatro de operações, ao menos aqui no Brasil, se resume a apenas anunciar as mortes e os governadores e prefeitos, se esforçando ao máximo para diminuir, este problema, que não tem fim.

Surge mais uma cepa, ainda mais mortal, mais rápida e de difícil estudo e análise para os pesquisadores brasileiros e do mundo, pois, chega com mais vigor e seu cunho fatal é desesperador.

Num quadro deste imaginara-se uma busca frenética e alucinada para descoberta de meios de conter o mais rápido possível, esse quadro.

Mas, por incrível o que parece a grande questão é saber como será o novo normal? O que irá oferecer? E principalmente, muitos creem que o ser humano sairá muito melhor?

 

  1. O normal

A palavra “normal” não é deve ser com frequência e também em qualquer contexto, afinal, o que é normal para um grupo de pessoas, pode ser totalmente anormal para outro grupo de pessoas.

Se numa análise etimológica desta palavra poderemos nos surpreender.

 

Significado de Normal

Adjetivo masculino e feminino

  1. Diz-se do que se encontra em conformidade com a norma; regular: um horário normal, o valor está normal para a idade
  2. Que é frequente ou regular; comum; banal: seguiu o trajeto normal
  3. Que pode ser usado como exemplo; modelo; padrão: aquilo não era um comportamento normal. (https://www.lexico.pt/normal/).

 

Aceitar que “normal” é “conformidade com a norma”, “regular”, “comum”, “modelo”, “padrão”, “modelo”; foge um pouco, para não dizer muito do que no consciente coletivo se classifica como normal.

Para uma análise mais profunda cumpre citar;

 

O processo de organização da normalidade conquista a cada tempo uma definição diferente. Os dispositivos de normalização funcionam como práticas descontínuas que podem tanto se cruzar como eventualmente se ignorar ou se excluir. Quando escolho os autores que pulem minhas lentes, procuro a invenção de redes discursivas, que na trama, vão contribuindo com alguns fios para constituir as referências do trabalho. Para tratar de “normalidade”, busco os conceitos de normal e anormal como sendo fios de conexão teórica, tendo em Foucault e Canguilhem […]

(http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/903/647)

 

Ao se tratar filosoficamente ou pela psicologia de “normal”, não se pode de forma alguma, se basear em conceitos separados, ou etimológicos, ao contrário, há de se buscar um espectro mais amplo até para visão não se limitar num único foco, o que atrapalharia e, muito, a possibilidade de uma conclusão, mesmo que não absoluta.

E neste pensamento, o filósofo francês deslinda sua perspicácia, de forma refletiva;

 

“(…) uma sociedade nos parece definir-se menos por suas contradições que por suas linhas de fuga, ela foge por todos os lados, e é muito interessante tentar acompanhar em tal ou qual momento as linhas de fuga que se delineiam. Seja o exemplo da Europa hoje: os políticos ocidentais tiveram muito trabalho para construí-la, os tecnocratas para uniformizar regimes e regulamentos. Mas a surpresa pode vir por parte das explosões entre os jovens, as mulheres, em função da simples ampliação dos limites (isto não é “tecnocratizável”); por outro lado, é engraçado pensar que esta Europa já está completamente ultrapassada antes mesmo de ter começado, ultrapassada pelos movimentos que vêm do leste. São linhas de fuga sérias” (Deleuze, 1998. p, 212).

 

Destarte muito distante da pandemia e seus efeitos, Deleuze se aproxima das contradições existentes, muito antes de surgir um vírus que poderia transformar toda a política, economia, tecnocracia, barreiras comerciais, entre migrações e imigrações em uma situação intolerável, e tudo que se havia feito, como o próprio autor diz “São linhas de fuga séria”. E como foi e ainda, com menos vigor, tem sido.

Se assim se pode dizer, o mundo que conhecemos entrou no que se pode dizer, um caos, primeiro, porque não havia ideia de como tratar, ficou em suspense toda a tentativa, segundo, por demorar para achar o ponto de partida e enfim, terceiro, quando foi descoberto houve diversas reações que não contribuíram em nada a descoberta. Pode-se dizer, que fosse como encontrasse uma mina de ouro, e quem se aproximasse de uma mínima “vacina”, para conter o avanço ganharia um mercado enorme.

Esse foi o normal: Ambição, poder, dominar, economia; sem buscar a ideia de que todos os pesquisadores agiram assim, seria um erro brutal, mais que as empresas que estavam financiando suas pesquisas e descobertas imaginaram tudo isso, fica difícil de não aceitar.

 

É inevitável olvidar o que se diz; É em relação a uma medida considerada válida e desejável – e, portanto, em relação a uma norma – que há excesso ou falta. Definir o anormal por meio do que é de mais ou de menos é reconhecer o caráter normativo do estado dito normal. Esse estado normal ou fisiológico deixa de ser apenas uma disposição detectável e explicável como um fato, para ser a manifestação de apego a algum valor (CANGUILHEM, 2000, p. 36). (Destaque nosso).

 

Acreditar que foi tudo por amor a humanidade é esquecer tudo que a história moderna conta, e a história em seu lastro universal trouxe para quem quisesse saber. A bondade, costuma ser acompanhada de muitos beneficiários, que não é o povo.

 

Como podemos observar há vários conceitos de normalidade, e consequentemente vários de psicopatologia. Se pensar, é claro, que o que não é normal é patológico. Esta é uma questão com várias respostas. O limite entre o normal e o patológico é impreciso. O normal não é rígido, ele se adapta e se transforma de acordo com as condições individuais. Dois corpos podem estar submetidos as mesmas influências e reagirem a estas de maneira distinta. Segundo Canguilhem é para além do corpo que se deve olhar para se julgar o normal e o patológico para este mesmo corpo (Canguilhem, 2010). O que adoece não são apenas partes do corpo ou a sua totalidade. Há um adoecimento, um mal-estar, que se estende para além dos limites do corpo, que está na sociedade. (https://www.ufrgs.br/psicopatologia/wiki/index.php?title=O_Normal_e_o_Patol%C3%B3gico).

 

Os conceitos da normalidade pode e deve ser observado por uma lente muito maior do que se está usando, afinal, uma sociedade, nunca viveu de caridade, toda vez que acontecia algo que mudasse o rumo de tudo, alguém sempre ganhava ainda mais, e outros sempre perdia muito. Isso não é nem de perto sociologia, isso aqui se chama, leitura e revisão da história que demonstre isso, sem mascaras e sem defesa deste ou daquele, apenas relata de forma natural o que veio a acontecer.

 

  1. A igualdade na doença Covid 19?

Engana-se quem acredita de forma cega, que o vírus aproximou as pessoas, ricas e pobres, famintas e abastadas, condições diferenciadas; não aconteceu neste período, nem no passado, porque a sociedade tem uma forma muito mais dinâmica de agir e pensar do que só diminuir o fosso econômico.

Há sem dúvida alguma um interesse que haja vacinas para todos, para haver uma retomada da economia.

 

As normas são relativas umas às outras em um sistema, ao menos potencialmente […]. As regras devem ser representadas, aprendidas, rememoradas, aplicadas. (CANGUILHEM, 2000, p. 222). (Destaque nosso).

 

E de qual sistema o autor está falando? Do sistema de assistência social, ou está falando que sustenta todo sistema coronário financeira?

A economia sempre esteve à frente se igualando ao poder político, sem deixar que este poder que comanda possa ser maior que o centro do universo. Para dar um exemplo sútil, se pode falar da crise de 2008, houve uma ruptura no sistema de hipotecas nos EUA. Muitos apostaram que era passageira, mais a medida que os dias foram passando, a situação ficou insustentável, e quando o Banco Lehman Brothers, uma instituição fundada em 1850, há afirmações que dizem que este banco foi responsável por próximo a 50% de toda balbúrdia que aconteceu. E no final, os bancos que sobraram receberam da receita federal americana, um valor altíssimo para que não houvesse mais quebra com alguns anos para pagar, pelo que se sabe nenhum pagou e se reergueram mais fortes, enquanto, pessoas perderam casas, e carros e dormiam em barracas de acampar e nos poucos carros que sobrou. (Há um filme excelente chamado “Grande demais para quebrar”, esclarecedor).

O exemplo embora fuja um pouco da temática, tem como objetivo, demonstrar que em qualquer situação que houver, haverá alguém ganhando muito e muitos, mais muitos outros perdendo muito.

No caso em questão, a Covid 19, trouxe muitas mortes, e sem parecer sínico, mais muitos países estão se beneficiando desta questão, para não pagar pensões, aposentadorias, para gerar empregos, para oferecer novas formas de emprego.

É absolutamente terrível numa pesquisa chegar a esta conclusão, contudo, veja isto de forma bifocal. O que estava se tratando no Congresso Nacional brasileiro e de vários países? Sobre a aposentadoria, auxílios que a previdência oferece, entre muitas coisas nesta área. Não há aqui uma acusação sobre a China (primeiro país a apresentar o vírus), nem aos demais que tiveram mortes significativas.

Porém, ao olhar para o país Brasil, parece que tudo contribuiu para racionalizar de forma indelével a situação a chegar e ultrapassar o número de mortos que caminha a passos largos a 500 mil mortos.

O povo mais simples comprou a ideia de ajudar, de combater a fome, pois, não é só de Covid 19, exerceram, junto a ONGs, Fundações, e vizinhos socorrendo outros vizinhos, uma campanha de encher os olhos.

Evidentemente, não houve como ajudar a todos, porém, a iniciativa sempre é válida de forma a demonstrar como o coração do povo é maravilhoso.

Para não perder os fios que levam este artigo, a preocupação do que está acontecendo e o que irá acontecer, vale a leitura;

 

[…] basta que um indivíduo questione as necessidades e as normas dessa sociedade e as conteste – sinal de que essas necessidades e essas normas não são as de toda a sociedade – para que se perceba até que ponto a necessidade social não é imanente, até que ponto a norma social não é interna, até que ponto, afinal de contas, a sociedade, sede de dissidência contida ou de antagonismos latentes, está de se colocar como um todo (CANGUILHEM,2000, p. 229).

 

Questionar, indagar, se posicionar de forma a não concordar como estão sendo conduzidas tudo, desde dos insumos, desde qual vacina, desde da logística, desde o órgão responsável em distribuir.

Não há mudança nos interesses, ao contrário, a cada notícia se vê que o “normal”, realmente está sendo aplicado, que não há mudanças os mesmos fazendo as mesmas bizarrices.

Não há em nenhum espaço no país para por exemplo os índios que estavam recebendo, o “kit da morte”, vacinas destinadas a eles, foram respondidas com fogo na casa da índia que estava denunciando, fora a quantidade de índios mortos por garimpeiros, liberados, porque não há um único ente governamental em protege-los.

 

  1. O novo normal

Depois de ouvir tanto e de tantos lugares que haveria de surgir “o novo normal” é de se pensar como seria este conceito?

Ao observar que não está havendo nenhuma alteração, ao contrário o sempre “normal”, está aí anunciado, publicado, falado, e principalmente praticado, como se pode surgir depois de tantas mortes, de tantos exemplos dignos de prisão, um “novo normal”.

Outrossim, é se observando o que está acontecendo, ou deixando de acontecer, que se percebe sim “um novo normal”.

O texto a seguir se refere ao século XVIII, todavia, parece que está falando dos dias atuais;

 

Por meio dessa atuação normatizadora da vida, dessa concepção biologizada do viver, a medicina assume, na nova ordem social que surge, um antigo papel. O controle social dos questionamentos, até então exercido pela religião. […] Com o estabelecimento do estatuto de ciência das ciências biológicas e, mais especificamente, da medicina, os critérios religiosos passaram a ser substituídos por critérios oriundos da área médica. No início, foi no campo da psiquiatria, logo secundada pela neurologia, que surgiram os diagnósticos, que legitimavam e até mesmo prescreviam a segregação. (MOYSÉS, 2008, p. 5).

 

O pior é presenciar uma simbiose estranha e catética entre religião versus ciência (medicina), campos que não há afinidade, que não tem amabilidade, e principalmente como serem harmoniosos.

Para ainda complicar, se percebe uma ligeira, para não dizer domínio do religioso, afinal, se transformaram num nicho de grande interesse para os políticos. E ainda neste tópico, não estão se saindo bem, discursos recheados de ódio, de preconceito, de brutalidade, de ufanismo; debelando o que se prega nas igrejas.

E neste liame Foucault, aponta de forma lúcida o que tem acontecia e se mantém acontecendo;

 

A divisão constante do normal e do anormal, a que todo indivíduo é submetido, leva até nós, e aplicando-os a objetos totalmente diversos, a marcação binária […]; a existência de todo um conjunto de técnicas e de instituições que assumem como tarefa medir, controlar e corrigir os anormais faz funcionar os dispositivos disciplinares que o medo da peste chamava. Todos os mecanismos de poder que, ainda em nossos dias, são dispostos em torno do anormal, para marcá-lo como para modifica-lo, compõem essas duas formas que longinquamente derivam (FOUCAULT, 1991, p. 165). (Destaques nossos)

 

O normal ou aquilo que chamamos de anormal, segundo o filósofo é submetido, trazendo grande confusão pelo conceito de ambas as palavras não apararem o que se entende. Há de forma translucida o que realmente pode-se chamar de “controlar”, “medir”, os chamados anormais. E continua, “todos os mecanismos de poder”, numa linha tênue, o que seria mecanismos de poder? Por exemplo, exigir que as operadoras de aparelhos celular, franqueie ao poder o GPS, podendo localizar “aglomerações”?

E neste meandro, são dispostos sobre os chamados “anormal”.

Há uma pergunta que não pode deixar de ser feita: quem são os anormais e quem são os normais?

Os anormais são aqueles que estão indo contra ordens que nem deveria ser exigida, por conta da Lei.

E os normais são os apáticos.

Não se importam com o número de mortos, não usam máscara, não se previne de forma alguma, aglomeram e ainda defendem o “kit morte”.

A indiferença é o novo normal!

 

Considerações Finais

A base de um artigo é buscar trazer a lume aquilo que não é perceptível.

Muitos ainda creem que haverá uma bondade acalentando o coração de todos, que haverá paz, e até consideração para dividir melhor as riquezas dos ricos com os pobres.

Contudo, quando aconteceu esses atos, na história? Seja antiga, seja moderna, ou até contemporânea?

A resposta todos sabem, então esta ilusão apregoada por otimistas ou por aqueles que têm segundas intenções caí por terra diante de fatos incontestáveis a história.

Numa citação em um dos seus muitos livros, Leo Buscaglia já afirmava;

Tenho uma forte sensação de que o oposto do amor não é o ódio. É a apatia. Com ela não se sente nada. Se alguém me odeia deve sentir algo a meu respeito, ou não poderia me odiar. Então, existe alguma maneira pela qual posso chegar a ela.

Em pleno século XXI chegar um novo normal, que seja a apatia, demonstra que como estamos longe de expor a humanidade de forma mais pessoal, clara, honesta e sensível.

Por isso, fica o desafio, sejamos anormais, usemos a empatia!

 

 

Referências

CANGUILHEM, Georges. O Normal e o Patológico. 6ª.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

 

CANGUILHEM, Georges. O Normal e o Patológico. Tradução de BARROCAS, Maria Thereza de Carvalho; LEITE, Luiz Octavio Ferreira Barreto. – 5ª ed.- Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.

 

DELEUZE, G. Conversações. Trad: Peter Pál Pelbart, São Paulo: Editora 34, 1998.

 

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis, Ed. Vozes, 8ª ed.1991.

 

________________. Os Anormais. Curso no Collège de France (1974-1975). São Paulo: Martins Fontes, 2002.

 

MOYSÉS, Maria Aparecida Affonso. A medicalização na educação infantil e no ensino fundamental e as políticas de formação docente. A medicalização do não-aprender-na-escola e a invenção da infância anormal. – UNICAMP – trabalho apresentado na Anped 2008.

 

https://citacoes.in/citacoes/103595-leo-buscaglia-tenho-uma-forte-sensacao-de-que-o-oposto-do-amor-n/

https://www.lexico.pt/normal/

http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/903/647

https://www.ufrgs.br/psicopatologia/wiki/index.php?title=O_Normal_e_o_Patol%C3%B3gico

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