Direito, Cabeça e Corpo

O direito nasce…

… na sua cabeça,

na minha e de uns poucos,

mas é apenas idéia,

e direito só será

se, de cabeça em cabeça,

ganhar corpo.

É da criatividade

que vem da cabeça

que a linguagem

se utilizará

para, com bom argumento, transmitir

a certeza de que aquele direito

deve existir.

Mas, para ele não sucumbir

Do corpo, se deve nutrir

Com o alimento da perseverança

De que…

quem labora sempre alcança.

E, saciado o corpo,

Os pés com energia

Fazem caminhar, por entre muitos,

A ideologia do direito proposto.

E, com muito gosto,

Verá o direito erigir

Ideal – Reconhecido na Justiça

Genial – Defendido na doutrina

Legal – Impresso na lei.

O que importa não é o

Orgulho da criação,

Mas de que servirá

a toda uma nação.

A paternidade será incerta,

A notoriedade ficará com o obstetra.

O direito poderá ser seu filho,

Mas dele você não será pai,

E o verá crescer,

Embalado por tantos outros,

E, quando maduro,

Verá frutificar seus netos,

dos quais você não será avô.

Em algum momento pensará…

…De que vale tanto empenho,

se reconhecimento não tenho?

Após maturar, sereno,

Perceberá…

Meu esforço criador

não foi para ser pai do Direito,

Mas para zelar

pela minha filha

JUSTIÇA!

E ela evidenciará

alguns traços do seu DNA.

Assim, entenderá

que, para cuidar da Justiça

sobre o Direito, deverá pensar

e, muitas vezes, criar, transformar,

evoluir…

porque o Direito deve servir

como fiel escudeiro da JUSTIÇA.

 


 

Informações Sobre o Autor

 

Asdrubal Junior

 

Advogado, sócio da Asdrubal Júnior Advocacia e Consultoria S/C, pós-graduado em Direito Público pelo ICAT/UniDF, Mestre em Direito Privado pela UFPE, Professor Universitário, Presidente do IINAJUR, organizador do Novo Código Civil da Editora Debates, Coordenador do Curso de Direito da UniDF, Diretor da Faculdade de Ciências Jurídicas da UniDF, Consultor das Nações Unidas – PNUD, Editor da Revista Justilex, integrante da BRALAW – Aliança Brasil de Advogados.

 


 

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