Receita Federal do Brasil: Uma Realidade


No dia dois de maio de 2007 começou a funcionar a Receita Federal do Brasil, fruto da união da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária.  Este novo órgão passa a ser um instrumento que, ao mesmo tempo, fortalece a administração tributária e cria condições para a sua simplificação, um dos maiores pedidos da sociedade brasileira.


A Receita Federal do Brasil começa a funcionar com cerca de trinta mil servidores, sendo que desde total cerca de sete mil e oitocentos são analistas-tributários (ex-técnicos da Receita Federal, agora com nova denominação), que serão responsáveis por boa parte do atendimento ao público.  Espera-se alguns problemas em sua implantação, mas nada que  não possa ser resolvido rapidamente pelos servidores.


Para que a Receita Federal do Brasil dê resultados para o governo e para a sociedade alguns desafios encontram-se pela frente:


a) o atendimento ao público: embora se tratem de serviços com similaridade, existem algumas diferenças que devem ser equalizadas, tais como horário de funcionamento e esclarecimento à população quanto ao local onde será efetuado o atendimento.  Resolvido isto, o simples fato do contribuinte não ter que ir a dois lugares para resolver pendências com o Fisco, já significará simplificação e diminuição de custos;


b) tecnologia: os bancos de dados da Secretaria da Receita Federal e da Secretaria da Receita Previdenciária são diferentes e administrados por empresas distintas (Serpro e Dataprev). Portanto, será exigido um bom tempo e recursos para promover sua unificação.  Num primeiro momento, os sistemas deverão funcionar paralelamente;


c) fiscalização: os setores de fiscalização dos dois órgãos – agora unificados – trabalham com sistemáticas e culturas divergentes.  Soma-se a isto o fato das duas entidades que representam os fiscais de cada órgão terem posturas divergentes quanto à f usão, a favor e contra, e tem-se ali o local de maiores conflitos funcionais.


Superados estes desafios iniciais a Receita Federal do Brasil terá condições de prestar um excelente serviço, com diminuição de custos e aumento da eficiência, com disponibilização de mais recursos para o INSS e com diminuição da burocracia para os contribuintes.  Para que este sucesso seja alcançado, os analistas-tributários da Receita Federal do Brasil se empenharão, pois acreditam que está se tomando um caminho sem volta rumo a um melhor relacionamento entre o fisco e o contribuinte, bem como a diminuição de burocracia e da carga tributária.


E já podemos comemorar uma boa notícia para os contribuintes:  O Decreto nº 6.102 de 30 de abril de 2007, que aprovou a nova estrutura regimental do Ministério da Fazenda,  criou, dentro da Receita Federal do Brasil, a Coordenação-Geral de Interação com o Cidadão, com o objetivo de dar um novo tratamento nas relações entre a administração tributária e os contribuintes. Há cerca de três anos que o Sindireceita vem reivindicando mudanças nestas relações e agora, finalmente, podemos comemorar um ato concreto do governo neste sentido. Além dessa coordenação, ainda estão sendo criadas a Coordenação-Geral de Contencioso Administrativo e Judicial, a Coordenação Especial de Acompanhamento dos Maiores Contribuintes e a Coordenação Especial de Gestão de Cadastros.


O Sindireceita entende que essa estrutura adotada é pertinente e permitirá que a Receita Federal do Brasil dê ao contribuinte um tratamento mais adequado. O Sindireceita trabalhará para que isto aconteça.



Informações Sobre o Autor

Paulo Antenor de Oliveira

Presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal – Sindireceita.


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