Sociedade indefesa e pena de morte

Não é possível que a sociedade fique
inerte ante a violência desenfreada, a licenciosidade e a impunidade que, sem
dúvida, geram  mais violência e crimes.

Não nos esqueçamos de Sodoma e Gomorra.

Os crimes que
abalaram Brasília, qual a morte de um advogado, dos mais cultos e estimados,
GALBA MENEGALE, o sequestro de uma mãe e de seu
filho, em São Paulo,
e tantos outros crimes  hediondos e tristemente célebres, aqui e
acolá,  exigem uma tomada de posição, enérgica e urgente, da sociedade,
não com alterações legislativas, mas com a pronta  aplicação de leis já
existentes, nem sempre cumpridas. Este é o grande desafio. Tornar a lei efetiva e não mero
apanágio.

A verdadeira justiça reside na punição
exemplar dos que se voltam contra a própria sociedade,
não como instrumento de vingança, o que é inadmissível, senão como forma de,
tal qual erva daninha, extirpá-los do meio social, como proteção aos membros
dessa mesma sociedade, até com a pena de morte, para os crimes hediondos que
abalam a consciência dos homens de bem e projetam a animalidade desses
desertores da lei.

Não pode e não deve haver
contemporização com certos crimes e criminosos, sob pena de a sociedade
sucumbir, como nos ensina a história dos povos e países que simplesmente desmoronaram, tal o nível de podridão a que chegaram!

Quando a vida humana,
bem mais precioso entre todos os demais, nada mais vale, é sinal de que
os homens devem parar e fazer profunda reflexão, porque se chegou ao fundo do
abismo e há que se repensar o sentido de todas as coisas!

Nem se fale de direitos humanos desses
criminosos, porque, modernamente, há que se lembrar da nova ciência – a vitimologia, em  favor da vítima e de sua família.
Pugnar pelos direitos humanos desses malfeitores, olvidando-se  as vítimas, significa apostar, cada vez mais, no massacre de pessoas
indefesas, que não mais têm em quem confiar.

Estas pessoas, deserdadas por aquelas,
realmente, merecem o conforto e a proteção da sociedade!

Cabe, assim,  à boa imprensa, como
veículo de massas, e uma das colunas da própria democracia e da liberdade,
exaltar e exigir essa postura da sociedade.

Que o Grande Arquiteto do Universo
ilumine os homens neste fim de século e de milênio, para que, realmente, a
humanidade não venha a sucumbir, em face de seu desvario!


Informações Sobre o Autor

Leon Frejda Szklarowsky

escritor, poeta, jornalista, advogado, subprocurador-geral da Fazenda Nacional aposentado, especialista em Direito do Estado e metodologia do ensino superior, conselheiro e presidente da Comissão de Arbitragem da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Distrito Federal, juiz arbitral da American Arbitration Association, Nova York, USA, juiz arbitral e presidente do Conselho de Ética e Gestão do Centro de Excelência de Mediação e Arbitragem do Brasil, vice-presidente do Instituto Jurídico Consulex, acadêmico do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (diretor-tesoureiro), da Academia de Letras e Música do Brasil, da Academia Maçônica de Letras do Distrito Federal, da Academia de Letras do Distrito Federal, da Associação Nacional dos Escritores, da Academia Brasileira de Direito Tributário e membro dos Institutos dos Advogados Brasileiros, de São Paulo e do Distrito Federal, Entre suas obras, destacam-se: LITERÁRIAS: Hebreus – História de um povo, Orquestra das cigarras, ensaios, contos, poesias e crônicas. Crônicas e poesias premiadas. JURÍDICAS: Responsabilidade Tributária, Execução Fiscal, Medidas Provisórias (esgotadas), Medidas Provisórias – Instrumento de Governabilidade. Ensaios sobre Crimes de Racismo, Contratos Administrativos, arbitragem, religião. Condecorações e medalhas de várias instituições oficiais e privadas.


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