Como provar que tem Burnout?

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A síndrome de burnout é um transtorno emocional relacionado ao estresse crônico no ambiente de trabalho. Caracteriza-se por exaustão emocional, distanciamento das atividades profissionais e redução do desempenho. Esse distúrbio pode gerar impactos significativos na saúde mental e física, podendo levar ao afastamento do trabalho e até à aposentadoria em casos graves.

Principais sintomas do burnout

Para comprovar a síndrome de burnout, é essencial identificar e documentar seus sintomas, que incluem:

  • Cansaço extremo e sensação de esgotamento
  • Dificuldade de concentração e memória reduzida
  • Irritabilidade, ansiedade ou depressão
  • Perda de interesse ou motivação pelo trabalho
  • Distúrbios do sono
  • Dores físicas sem causa aparente, como dores de cabeça e musculares
  • Problemas gastrointestinais decorrentes do estresse

Documentos necessários para comprovar o burnout

Para provar a existência do burnout em processos administrativos ou judiciais, é fundamental reunir documentos que evidenciem a condição. Os principais são:

  • Atestados e laudos médicos emitidos por psiquiatras e psicólogos
  • Relatórios psicológicos detalhando sintomas e impactos no dia a dia
  • Exames complementares que afastem outras doenças
  • Prontuário médico com histórico de tratamento
  • Declarações de colegas e superiores sobre mudanças no comportamento do trabalhador
  • E-mails e mensagens que demonstrem pressão excessiva no trabalho
  • Relatório de atividades profissionais, caso haja aumento abusivo de carga horária

Como solicitar afastamento do trabalho por burnout

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Se a síndrome de burnout impedir o trabalhador de exercer suas atividades, é possível solicitar afastamento pelo INSS por meio do auxílio-doença. O processo segue estas etapas:

  1. Agendar uma perícia médica pelo site ou aplicativo Meu INSS
  2. Apresentar atestados e laudos médicos que comprovem a incapacidade
  3. Passar por avaliação do perito do INSS
  4. Caso o benefício seja concedido, acompanhar a data de revisão do afastamento

Nos casos de incapacidade permanente, o trabalhador pode solicitar a aposentadoria por invalidez.

Burnout como doença ocupacional

Se o burnout for decorrente do ambiente de trabalho, ele pode ser reconhecido como uma doença ocupacional. Para isso, é necessário demonstrar que:

  • O quadro foi causado ou agravado pelo trabalho
  • Houve excesso de cobranças e pressão psicológica
  • A carga horária era excessiva
  • O empregador não tomou medidas para evitar o problema

Caso a relação entre a doença e o trabalho seja comprovada, o trabalhador pode ter direito à estabilidade no emprego por 12 meses após o retorno e à indenização por danos morais e materiais.

Perguntas e respostas

Como comprovar burnout no INSS?

É necessário apresentar laudos médicos, atestados, relatórios psicológicos e exames complementares. A perícia médica do INSS avaliará se há incapacidade para o trabalho.

O burnout pode ser reconhecido como doença ocupacional?

Sim, desde que seja comprovado que o quadro foi causado pelo ambiente de trabalho. Isso pode garantir direitos como estabilidade e indenização.

O que fazer se o INSS negar o afastamento por burnout?

O trabalhador pode recorrer administrativamente no próprio INSS ou ingressar com ação judicial para solicitar o benefício.

Quanto tempo dura o afastamento por burnout?

Depende da gravidade do caso. Inicialmente, o afastamento pode ser concedido por 15 a 90 dias, podendo ser prorrogado caso a incapacidade persista.

Conclusão

Provar a síndrome de burnout requer documentação médica detalhada e evidências do impacto no trabalho. O reconhecimento da condição pode garantir direitos previdenciários e trabalhistas, incluindo afastamento pelo INSS e, em alguns casos, indenização por doença ocupacional. Caso haja negativa de benefício, é possível recorrer para assegurar os direitos do trabalhador.

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