Um fato que tem chamado a atenção de todos os contribuintes é a insensatez com que o governo persegue aumento de tributação.
Uma prova da veracidade fiscal são os recordes de arrecadação (e também os recordes de gastos…), bem como os desdobramentos do episódio da MP 232.
Pergunte a qualquer contribuinte médio como se sente a respeito do tratamento que vem recebendo do governo – e ele dirá: “agredido, insultado, espoliado, roubado, humilhado, massacrado…”
Nos sentimos assim porque há pouca vergonha das autoridades em tratar o contribuinte brasileiro como cidadão de quinta categoria.
Temos que continuar escrevendo, reclamando e manifestando-nos. Senão o governo vai continuar com a espoliação tributária!
Fiquei pasmo com autoridades chamando os profissionais liberais de “sonegadores”. Em entrevistas à imprensa, afirmaram também que o advogado, o contabilista e outros profissionais constituídos em empresa pagam pouco imposto! Além de ignorantes, tratam-nos agora como “privilegiados” – como se os profissionais liberais constituídos em empresas fossem culpados da desordem financeira deste governozinho!
Nós temos que protestar, porque uma mentira grosseira como esta, muito repetida, pode fazer com que o público acredite! E aí teremos espaço para novos aumentos de impostos sobre a já combalida classe média brasileira!
Lembro que as empresas de serviços de pequeno porte pagam muito mais tributos que um trabalhador com carteira assinada – pois no cálculo deve-se computar não somente o Imposto de Renda, mas a Contribuição Social sobre o Lucro, o PIS, a COFINS, o INSS (patronal e o valor retido), o ISS, a CPMF, o ICMS e IPI na aquisição de materiais de trabalho, etc. Veja o artigo “Profissional Liberal paga Muito Imposto, Sim Senhor!”, publicado em http://www.portaltributario.com.br/artigos/muitoimposto.htm, onde comprovo que uma pequena empresa de serviços paga R$ 1.610,50 mensais de tributos, contra R$ 1.128,72 de um empregado registrado, na faixa de salário ou faturamento de R$ 5.000,00.
O governo quer encontrar um vilão, para iludir o público, chantagear e buscar um “bode expiatório” para as mazelas do país. Que expie sua culpa, aprenda com o episódio da MP 232 e pare com as gastanças de juros, “jatinhos” e contratações de cumpadres!
Informações Sobre o Autor
Júlio César Zanluca
Contabilista em Curitiba/PR